José Abelardo Guimarães Camarinha (Santa Cruz do Rio Pardo, 22 de março de 1952), mais conhecido como Abelardo Camarinha, é um advogado e político brasileiro, filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Formado em direito pelo Centro Universitário Eurípedes de Marília (UNIVEM), filho de Maria do Carmo Guimarães e de Josué Francisco Camarinha, (seu pai foi por duas vezes vereador em Marília).[1] Teve dois filhos, Vinícius Camarinha, atualmente deputado estadual em seu quarto mandato e que também foi prefeito de Marília, e Rafael Camarinha, assassinado em março de 2006. Casou-se com Fabiana Camarinha com quem tem o filho Gabriel Camarinha.
Trajetória
Abelardo, iniciou sua carreira política em 1976, incentivado por seu pai o ex-vereador Josué Camarinha, saiu candidato á vereador em Marília, sendo eleito com 2.681 votos. Logo em sua eleição seguinte alcança, seu "voô," mais alto, a prefeitura de Marília, filiado ao PMDB, é eleito para comandar a cidade pelos próximos seis anos. Após o fim de seu mandato como prefeito de Marília, Abelardo, se lança candidato a deputado estadual em São Paulo, nas eleições de 1990, e é eleito, recebendo 41.220 votos. Durante o mandato do governador Luiz Antonio Fleury Filho, Camarinha se tornou líder do governo, na Assembléia Legislativa. Nas eleições de 1994, é novamente eleito deputado estadual, recebendo 58.024 votos.[2]
Prefeito: eleito e reeleito
Nas eleições municipais de 1996, Abelardo, retorna a prefeitura de Marília, sendo eleito em primeiro turno com 56.225 votos.[3] Com a aprovação da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da república em junho de 1997[4], pelo Senado Federal, Camarinha se lança candidato á reeleição, e é reeleito, com 68,75% dos válidos. Em suas três gestões como prefeito de Marília, foi considerado pelo Ibope e pelo Instituto Gallup um dos melhores prefeitos do Estado. Recebeu os prêmios de Prefeito Empreendedor e Prefeito Amigo da Criança (concedido pela Unicef); o Prêmio Cidade Modelo (Instituto Airton Senna); e o Prêmio Modelo em Ensino Básico (Fundação Banco do Brasil).
Deputado Federal
Encerrando seu mandato em 2004, Camarinha apóia e elege Mário Bulgarelli, do PSDB, como seu sucessor. Nas eleições de 2006, filiado ao PSB, é eleito deputado federal por São Paulo, sendo reeleito nas eleições de 2010.[5] Após as eleições de 2006[6] o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reverteu a decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo de negar a Camarinha o registro da candidatura com base em um pedido de impugnação feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que afirmava não ter o candidato apresentado certidões dos processos criminais a que respondia, bem como documentos referentes a oito ações de improbidade administrativa em que figurava como réu, Camarinha argumentou que, no processo em que fora condenado por improbidade administrativa, a decisão final não mencionava suspensão dos direitos políticos. O então ministro do TSE César Peluso considerou que, para que se configurasse uma situação em que o candidato fosse considerado inelegível, o ato de improbidade deveria ter fins eleitorais, o que não ocorrera. Abelardo Camarinha tomou posse na Câmara dos Deputados em fevereiro de 2007. Na câmara dos deputados, participou de comissões importantes como: Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Comissão de Ciência e Tecnologia, Defesa do Consumidor, entre outras.[6]
Retorno á ALESP
Deixou a Câmara dos Deputados em fevereiro de 2015, quando tomou posse como deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo, após ser eleito, nas eleições de 2014, com 79.325 votos.[7]
Cassação de mandato
O político foi condenado por irregularidades no uso de verbas federais destinadas à construção de barragem, quando ocupava o cargo de prefeito de Marília.[8]
O seu mandato de deputado estadual foi cassado em janeiro de 2016 pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) pela utilização indevida de veículos de meios de comunicação em benefício do candidato. Os jornais "Diário de Marília" e "Correio Mariliense" publicaram material de divulgação e promoção do então candidato a deputado estadual.[9] Camarinha declarou que vai permanecer na função até o julgamento final de todos os recursos sem precisar de ser afastado pela decisão judicial.[9]
Precedido por José Salomão Aukar Theobaldo de Oliveira Lyrio |
Prefeito de Marília 1997-2004 1983-1988 |
Sucedido por Mário Bulgarelli Domingos Alcalde |
Referências