O povoamento de Vicência começou com a construção de uma capela próxima à residência de Vicência Barbosa de Melo,[6] constituindo assim o povoado que viria a ser elevado, por força da Lei Provincial n° 1.448 de 5 de junho de 1879, à categoria de freguesia.[7]
Em 1891, o decreto estadual n° 142, de 30 de maio de 1891, circunscreveu os distritos de paz de Vicência, Angélicas e Aliança e os elevou à condição de vila, sob a denominação de Vicência.[6]
Em 15 de junho de 1891 a Intendência de Vicência enviou Ofício ao governador do Estado de Pernambuco informando haver sido instalado o município nessa data.[7]
A Lei Estadual número 72, de 16 de maio de 1895, tornou sem efeito o Decreto de 30 de maio de 1891.[7]
Em 11 de setembro de 1928 a localidade foi elevada à categoria de cidade, através da Lei Estadual 1931.[6] Ficou constituído o município de Vicência com os distritos de Vicência e Angélicas, desmembrado do município de Nazaré. Sua emancipação ficou determinada, na mesma Lei, em seu artigo 15, parágrafo único, para o dia 1 de janeiro de 1929.[7][nota 1] Seu primeiro prefeito foi o negociante local Júlio Moura, tendo como Secretário Raul Verissimo Camelo de Almeida,[8] jovem datilógrafo da cidade de Paudalho, convidado para o cargo, por indicação do professor Jorge Camello Pessoa, de Lagoa do Carro, então distrito do município de Nazaré que naquela data passava para o também recém-criado município de Floresta dos Leões, atualmente Carpina.[9]
Em 4 de outubro de 1930, o seu primeiro prefeito foi destituído, por intervenção da Revolução de 1930, permanecendo assim enquanto durou a intervenção federal no Estado de Pernambuco.[10]
Data comemorativa
Anualmente, no dia 11 de setembro Vicência comemora sua emancipação política. A padroeira da cidade é Santa Ana e comemora-se a festa no dia 26 de julho.[11][12]
Vicência conta, em sua topografia, com um relevo relativamente acidentado na região metropolitana, mas com uma bela serra em sua área rural, a Serra da Mascarenha, onde impera o pico pertencente ao belo e histórico Engenho Jundiá.[6][13][14]
Muitas pessoas sobem ao pico apenas para olhar, de lá de cima, a linda paisagem que se estende até onde a vista alcança. Para completar, ali no pico há a estrutura básica para se passar o dia, dispondo de sanitário masculino e feminino, e alguns quiosques rústicos para a realização de refeições. A temperatura amena proporcionada pela altitude completa a adequação do local para se passar o dia com a família. Quem resolver ficar ali até o final da tarde deve levar agasalho, pois chega a esfriar bastante.
Ali há uma capela e duas rampas de decolagem de voo livre, a partir das quais decolam os pilotos do estado e visitantes para um dos voos mais bonitos e agradáveis do país, segundo eles.[14]
Além desse importante ponto turístico, há vários engenhos históricos, como o próprio Engenho Jundiá, e o Engenho Poço Comprido,[14] remanescente do século XVIII, entre outros, que têm contribuição indubitável na construção da história de Pernambuco.
Vicência também conta com muitos pontos de intensa beleza natural, inclusive com várias cachoeiras e lindas matas, especialmente ao longo do cimo da serra, sendo local muito apropriado para a prática do ecoturismo, tanto que várias empresas e entidades educacionais têm nesta cidade um de seus pontos mais procurados.
Acesso
A estrada que leva da capital pernambucana, Recife, até Vicência é bem pavimentada. Deve-se sair do Recife em direção a Carpina; no trevo da entrada de Carpina, toma-se a saída da direita; alguns quilômetros após a cidade de Nazaré da Mata toma-se a saída à esquerda no trevo com placa indicativa de Vicência; após 9 quilômetros, chega-se a Vicência.
Já a estrada que leva ao pico da Serra da Mascarenha, no Engenho Jundiá, é de terra, mas com boa manutenção, especialmente após o tempo das chuvas, por volta do mês de setembro, quando a prefeitura sempre faz o serviço de restauração. Em Vicência deve-se seguir as placas de “Rampa de Voo Livre”, e também se utilizar a informação do povo, muito hospitaleiro e prestativo.
Volteando a sede do engenho está a estrada de 4 km que leva ao pico, com cerca de 370 metros de desnível para o solo abaixo, a 550 metros de altitude.
↑IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
↑«Estimativa Populacional 2014». Estimativa Populacional 2014. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agosto de 2014. Consultado em 29 de agosto de 2014
↑ abcdAssembleia Legislativa de Pernambuco (16 de setembro de 2015). «Proposições». Consultado em 26 de maio de 2022
↑ abcdCEHM-FIAM. Calendário Oficial de Datas Históricas dos Municípios do Interior de Pernambuco. Recife: Centro de Estudos de História Municipal,1994.
↑CAMELO, Paulo. Quem eras tu?. Recife: Paulo Camelo, 2012.
↑ abALMEIDA, Maria Madalena de Andrade. Meus noventa anos. Recife:Ed. da autora, 2003