A ocupação do atual município de Moreno provém da faixa de terra comprada, em torno do ano 1616, por dois irmãos portugueses de sobrenome Moreno. A intenção era a instalação de um engenho. Um deles morreu antes da concretização deste projeto. O segundo, Baltazar Gonçalves Moreno, faleceu no dia do funcionamento do engenho. A propriedade foi vendida pelos seus herdeiros a Antônio de Souza Leão. O engenho foi visitado por Dom Pedro II em 18 de dezembro de 1859, quando o proprietário foi agraciado com o título de Barão de Moreno e sua esposa, Maria Amélia de Sousa Leão, com o título de Baronesa.
O desenvolvimento do município ganhou impulso com a instalação da indústria têxtil Societé Cotonière Belge Brésilienne, no início do século XX. O distrito foi criado pela lei municipal nº 126, de 8 de março de 1920, subordinado ao município de Jaboatão dos Guararapes. A emancipação veio através da Lei 1.931 de 11 de setembro de 1928. O município foi instalado em 1 de janeiro de 1929.
A história do município está registrada em suas construções seculares: são 39 engenhos, alguns ainda em atividade, com destaque para o Casarão do Engenho Moreno, onde Dom Pedro II se hospedou. O período da indústria têxtil está registrado nos prédios da Vila Operária, Estação Ferroviária, Mercado Público, Prefeitura, obras que identificam o período da industrialização.
Geografia
Localiza-se a uma latitude 08º07'07" sul e a uma longitude 35º05'32" oeste, estando a uma altitude de 96 metros. Divide-se em dois distritos, Bonança e Moreno.
Possui uma área de 192,14 km², o que corresponde a uma densidade de 283 hab/km², em dados de 2004.
Economia
As principais atividades econômicas do município são a agropecuária, setor que mais emprega na cidade, com destaques para as culturas de cana de açúcar, coco, banana, inhame, maracujá e acerola. O comércio e a prestação de serviços também têm bastante representatividade na economia local.
Transportes
Por fazer parte da Região Metropolitana do Recife, o município é servido de linhas de ônibus integradas aos terminais de Jaboatão[4] e TIP, que permitem o acesso a outros municípios e ao Metrô do Recife com o pagamento de uma única passagem. Além das linhas integradas, há o transporte municipal realizado por kombis e vans entre os bairros próximos aos centro da cidade e ao distrito de Bonança[5], além de linhas de ônibus operadas por pequenas empresas, que trafegam para os bairros e engenhos mais distantes, circulando por estradas vicinais com horários reduzidos, especialmente nos dias de feira.