Victor Horta nasceu no dia 6 de janeiro de 1861 em Gante. O pai dele, Pierre Horta era sapateiro e teve um total de 12 crianças (de dois matrimónios diferentes).[1]
Ele teve uma relação difícil com a escola e era regularmente excluído. Victor Horta tinha uma paixão pelo violino.[2]
Formação
Victor Horta estudou em 1873 na Academia de Belas Artes na seção de arquitetura de Gante. No entanto, ele continua a assistir as aulas do ensino secundário no Athénée Royal de Gante (1874-1877). Em 1878, ele vai para Paris para o estúdio do arquiteto e decorador: Jules Debuysson, onde ele descobre a sua paixão pela arquitetura. Mas tem que voltar em 1880 pela morte do pai dele na Bélgica. Em 1881, ele muda-se para Bruxelas onde vive depois do primeiro casamento. Victor Horta começou então a frequentar a aula de arquitetura da Academia Real de Belas-Artes de Bruxelas e ele entrou em estágio no estúdio do seu mestre e professor Alphonse Balat (1818-1895): arquiteto do rei Leopoldo II. Considerado como um estudante excepcional, Horta tornou-se o assistente do seu professor.[3]
Os anos Balat
Horta foi o primeiro arquiteto a ganhar o Prémio Godecharle, em 1884, quando tinha 23 anos.
Continua a tradição das construções de Bruxelas, no entanto, os seus interiores são fantásticos pela utilização ousada dos novos materiais, como ferro, vidro e madeira. Na casa Tassel uniu as artes maiores (arquitetura) com as artes menores (mosaico, vitral e carpintaria); deu grande importância à luminosidade e à decoração, que, junto à estrutura, formam um todo.
Prémio e distinções
Prémio
1884: Prémio Godecharle
Homenagens
1931: Descoberta de um asteróide que foi denominada 2913 Horta
1948: Fundação do Prémio Baron Horta, que é entregue pela Academia Real das Ciêncas, das Letras e das Belas-Artes da Bélgica (Académie royale des sciences, des lettres et des beaux-arts de Belgique)
1993: Inauguração no dia 3 de Dezembro da estação de Metropolitano de Bruxelas : estação Horta
1994: Introdução da nota de 2 mil francos belgas com o retrato de Victor Horta
1996: Fundação do Prémio Bruxelles-Horta, que é entregue pela Sociedade dos Arquitectos formados da Cidade de Bruxelas (Société des Architectes diplômés de la Ville de Bruxelles)
Classificação UNESCO
2000: Classificação pela UNESCO de 4 casas de Victor Horta
Em 1932, o Rei Alberto I conferiu o título de nobreza de "Barão Victor Horta"[6]
Obras
Em Bruxelas
1890: Casa Matyn (50 Rua de Bordeaux – Saint-Gilles)
1890-1903: transformação de duas casas neoclássicas de 1844 que pertencia à Henri Van Cutsem, depois Casa Charlier e hoje Museu Charlier), protegidas em 1993 (16 avenida des Arts et 42 rua de la Charité – Saint-Josse-ten-Noode)
1892-1893: Casa Tassel – património mundial pela UNESCO (6 Rua Paul-Émile Janson – Ixelles)
1899-1902: Casa Aubecq – destruída em 1950. Uma das fachadas foi removida em 1949 e armazenada sequencialmente em vários lugares, incluindo num quartel de Namur através do trabalho do arquiteto Jean Delhaye, ex-aluno e salvador de alguns edifícios de Victor Horta. (520 Avenida Louise – Ixelles)
1901: Grande armazém “À l'Innovation” – destruído por um incêndio em 1967 (Rua Neuve – Bruxelas-Cidade)
1901-1903: Casa-estúdio do escultor Pierre Braecke (31 Rua de l'Abdication – Bruxelas-Cidade)
1901-1903: Casa-estúdio do escultor do Fernand Dubois (80 Avenida Brugmann – Forest)
1903: Grande armazém “le Grand bazar Anspach” (Boulevard Anspach – Bruxelas-Cidade)