Victor Berbara (Rio de Janeiro, 10 de junho de 1928 – Rio de Janeiro, 7 de março de 2021)[1] foi um diretor de teatro, cinema, rádio e televisão, publicitário, psicologo e advogado brasileiro.[2]
Produtor responsável por implementar os musicais americanos da Broadway no Brasil, tais como: Minha Querida Dama – 1962 (My Fair Lady), Alô, Dolly! – 1965 (Hello, Dolly!) Promisses, Promisses – 1970, Evita – 1983.[2][3]
Careira e biografia
O teatro não foi a primeira opção profissional de Victor Berbara. Para atender a um desejo da família, ele estudou um ano de Medicina para, em seguida, trocar o curso pelo de Psicologia da Columbia University, de Nova York, formando-se em 1949. No Brasil, já formado em psicologia, cursou uma segunda faculdade, a de Direito, concluída em 1952 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em 1954, concluiu o curso de mestrado de direito, na mesma universidade.[1] Chegou a trabalhar como advogado, mas teve sucesso mesmo quando tornou-se publicitário.[3]
Para a Rádio Nacional, fez versões de sucessos americanos para o "Um milhão de Melodias"; considerado o mais famoso programa musical do rádio brasileiro, estreando em janeiro de 1943 e ficando no ar até 1953,[3] atração dirigida por Victor Costa.[1][4] Logo após passou a escrever novelas para a Rádio Globo.[3] Em 1962, encerrou sua participação na Rádio Nacional e produziu sua versão do musical "My Fair Lady", que ficou cinco anos em cartaz, em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.[1]
Posteriormente, na televisão, em 1953, dirigiu o primeiro programa semanal da TV Record, “Repto aos Universitários”.[1] Ainda criou o primeiro programa humorístico da TV carioca “Aí vem dona Isaura”, na TV Rio, com o humorista Chico Anysio, no ano de 1958.[3][1] Ainda produziu teleteatros que ganhavam em audiência do programa concorrente “Grande Teatro Tupi”, da TV Tupi.[3][5]
Compôs diversas canções com diferentes compositores, cantadas por vários interpretes tais como: Cauby Peixoto, Dóris Monteiro, Ivan de Alencar, Rosita Gonzales e Dick Farney.[6]
Como publicitário, em 1956, fundou a agência Century Publicidade, e conquistou clientes importantes, como: Toddy, Piraquê, Casas José Silva, Lojas Cássio Muniz, Ciga Geigy-Laboratório de Medicamentos e outros.[1] Entre 1966 e 1967 dirigiu a TV Tupi-Rio, sendo também foi presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade.[1]
Foi dono do estúdio de dublagem VTI Rio, criado em 1987.[3][1]
Em 2008, foi lançado o livro Victor Berbara: o homem das mil faces, sua biografia escrita por Tânia Carvalho; o título da obra é uma referência aos diferentes campos profissionais nos quais Berbara trabalhou.[1][7]
Prêmio
Em 2014 Victor Berbara, pelos serviços prestados ao teatro musical no Brasil, recebeu a Medalha Arthur Azevedo do Prêmio Bibi Ferreira, a mais importante premiação do teatro musical do Brasil; ocorrida na cidade de São Paulo, no dia 13 de outubro de 2014.[8][9]
Referências