A floresta subtropical é uma floresta mista formada por latifoliadas e coníferas. O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), o qual não se vê em agrupamentos puros, representa essas últimas. A floresta mista ou mata dos pinheiros revestia as partes de maior elevação do estado, ou seja, a porção mais extensa do planalto cristalino, o extremo leste do planalto basáltico e uma pequena porção do planalto paleozoico. Essa formação abrangia 44% do território do Paraná e ainda a porção dos estados paulista, catarinense e gaúcho. Hoje em dia, é a floresta mais economicamente explorada do Brasil, por ser a única que possui muitos indivíduos da mesma espécie (pinheiros) em conjuntos com densidade suficiente (apesar de sua impureza) para possibilitar que sejam facilmente extraídos.[1]
Os campos limpos aparecem sob o formato de manchas que se espalham por meio dos planaltos paranaenses. A maior extensão dessas manchas é a dos denominados campos gerais, cobertura da parte leste inteira do planalto paleozoico e forma de uma gigantesca meia-lua no mapa estadual de biomas. Demais manchas de campo limpo são as de Curitiba e Castro, no planalto cristalino, as de Guarapuava, Palmas e demais, pequenas, no planalto basáltico. Os campos limpos abrangem mais de nove por cento do território do Paraná. Os campos cerrados são pouco expressivos no Paraná, onde abrangem maior redução de área — inferior a um por cento da superfície do estado. Constituem pequenas manchas no planalto paleozoico e no planalto basáltico.[1]
O Paraná continuou historicamente famoso no Brasil porque suas florestas eram ricas e exuberantes, especialmente, devido ao pinheiro, que é o símbolo do estado por tradição. Mas a desflorestação desordenada, ou porque a madeira é extraída, ou porque os agricultores e pecuaristas cortam a lenha de árvores da maior parte das florestas para formar campos de pastoreio e de cultivo, prejudicou irrecuperavelmente a floresta típica estadual, como é exposto na tabela abaixo que Reinhard Maack mostrou em 1965:[2]
A segunda, mais empobrecida de espécies vegetais, abrangia a região formada pelo arenito Caiuá, localizada nas margens dos rios Pirapó, Paranapanema, baixo Ivaí e foz do rio Piquiri.
Nos campos limpos são predominantes as gramíneas. As gramíneas, com frequência, se misturam com matas ciliares e capões de matos afastados. Solos mais empobrecidos são representados pelos campos limpos e, por isso, nessa formação vegetal, o terreno não é propício para o crescimento de plantas de média e alta estatura. Eles ocorrem em uma grande diversidade de lugares por todo o Paraná: Campos Gerais, Campos de Guarapuava, Campos de Palmas, Campos de Curitiba, Campos de Castro, Campos de Campo Mourão, entre outros.[3][7]
A vegetação das restingas completa os solos que consolidaram-se de velhos balneários.[3][8] Possui agrupamentos espessos de vegetais, em uma grande quantidade de vezes com árvores que medem entre seis e oito metros de altura.[3][8]
A vegetação paranaense na ciência, na história e na sociologia humana
Imagem da região dos Campos Gerais, quando da visita de Jean-Baptiste Debret, em 1827.
Trabalhadores do setor florestal na Fazenda Monte Alegre, em Telêmaco Borba.
A araucária ou pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) requer solos mais frios e mais altos, por estes serem mais propícios ao seu crescimento como planta.[4] Esta espécie vegetal convive com outras plantas como a imbuia, o cedro e a erva-mate, esta última muito utilizada na preparação de chás e do chimarrão.[1]
A Mata Atlântica é descrita por viajantes e biólogos como algo "belo, exuberante, rico em espécies vegetais e animais encontrados também na Floresta Amazônica, como anfíbios, anuros, mamíferos e aves, além de mais da metade das espécies arbóreas endêmicas e menos da metade das não-arbóreas endêmicas". No Brasil, mais de 30% dos mamíferos dessa mata são endêmicos, incluindo cerca de 10% dos primatas, tais como o mico-leão dourado e aproximadamente 100 anfíbios presentes no bioma.[10]