Umo dos mais fieis magnatas do primeiro monarca de Portugal, Vasco Fernandes aparece pela primeira vez na documentação regia em 1167 como o tenente de Basto, terra que estava vinculada à família de sua esposa.[1] Depois, no ano 1176 foi mordomo-mo do infante Sancho, futuro Sancho I e a partir de 1179 figura como maiordomus curie áte a morte do rei Afonso Henriques em 1185.[2][3]
Confirmou o primeiro documento do rei Sancho I como regie curie dapnifer. No mesmo mes, confirmou um diploma do rei Fernando II estando na corte de Leão. Nesse mesmo ano, o novo monarca portuguès nombrou como seu mordomo-mo ao cunhado de Vasco, Mendo de Sousa[3] e a partir dessa data, Vasco aparece constantemente na corte do rei de Leão.[4]
Em Leão
Governou, por mandato do rei Fernando II as tenências de Zamora, Astorga e O Bierzo a partir de 1186. O rei leőes, para recompensar-lhe por as perdas no reino de Portugal, dono-le em 1187 várias casas em Astorga e em Junho desse ano, muitos bens em San Esteban de Valdeorras pro bono seruicio quod mihi facietis, et in recompensationem hereditatis uestre de Portugalia, quam pro amore perdidistis.[5]
Vasco viveu na região d'O Bierzo é possivelmente foi padrono do Mosteiro de Santa Maria de Carracedo. Depois da morte do rei Fernando II, ficou em Leão e durante o reinado de Afonso IX continuou governando O Bierzo mais otras praças importantes como Salamanca em 1188 e depois em Sancto Stephano de Riba de Sil, a única tenéncia em terras galegas.[5]
Depois de Maio de 1189 não aparece mais na documentação portuguesa ou leõesa e provavelmente morreu pouco depois.[5]
[a]^ Os genealogistas Sotto Mayor Pizarro e Salazar e Acha são da opinião de que Fernando Perez Furtado, filho ilegítimo da rainha Urraca I e do conde Pedro Gonçalves de Lara, é o mesmo personagem que Fernão Peres Cativo. José Mattoso, no entanto, afirma que o Cativo é filho bastardo de Pedro Froilaz de Trava e, possivelmente, a sua opinião é mais acertada, devido a que em Junho de 1140 ambos os personagens confirmam um documento no Convento de São João de Tarouca, um como Fernandus Petris Furtatus e o outro como Fernandus Captivus, o que indica que são dois personagens diferentes.[11][12][13][14]
Alegria Marques, Maria (2008). Estudos sobre a Ordem de Cister em Portugal. Coímbra: Estudos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. ISBN972-772-019-6