As Unidades de Proteção Popular (em curdo: Yekîneyên Parastina Gel; Árabe: وحدات حماية شعبية Wihdat Himayah Sha'abiyah), também conhecido como YPG, são uma organização armada curda da região do Curdistão sírio. O grupo foi fundado como braço armado do Partido de União Democrática sírio (PYD) e também tem ligações com o Conselho Nacional Curdo, e atualmente controla militarmente boa parte do nordeste da Síria.[2][3]
O YPG é composto por alas ligados a movimentos nacionalistas na região Curda da Síria. O YPG se considera uma "milícia popular democrática" e seus oficiais são apontados via eleição.[4] Apesar de atuar primordialmente na região do Curdistão, o grupo também tem operado em vários Estados árabes.[5]
Em julho de 2012, as Unidades de Proteção Popular expulsaram as forças do governo sírio da cidade de Kobanê e também assumiram o controle de Amuda e Efrîn.[3][6] Em dezembro, forças rebeldes da oposição síria, apoiadas por militantes curdos, tomaram a cidade de Ras al-Ayn, no noroeste da Síria.[7] Mas em 17 de janeiro, foram reportados pesados tiroteios entre mujahidins e guerrilheiros curdos pelo controle do centro da cidade.[8] Em 19 de fevereiro, ambos os lados acertaram um cessar-fogo.[9] Este foi um dos maiores combates entre curdos e rebeldes da oposição, algo que se multiplicou, especialmente devido a acentuação do racha entre milícias jihadistas e grupos de guerrilheiros curdos da Síria.[10][11]
Em janeiro de 2013, o YPG tinha oito brigadas armadas ativas. Suas principais áreas de operação estão nas cidades de Efrin, Qamishli, Kobane e Sere Kanye.[12]
Desde 2014, as Unidades de Proteção Popular expandiram seu papel no contexto da Guerra Civil Síria. Firmando as pazes com grupos moderados da Oposição Síria e recebendo apoio externo (principalmente dos Estados Unidos e da Europa), os combatentes deste grupo tem sido uma das principais forças de resistência contra os avanços da organização que se autoproclama Estado Islâmico (EI).[13] Estas cooperações foram importantes, por exemplo, para deter os extremistas do EI na intensa batalha pela cidade de Kobane, em março de 2015.[14]