O turismo em Marrocos é consideravelmente bem desenvolvido. O país tem um forte setor turístico, que tem como foco principal a cultura e história da região. O Marrocos é um dos países politicamente mais estáveis do Norte da África, o que permitiu o desenvolvimento do turismo no local. Em 1985, o governo marroquino criou um Ministério do Turismo, o que fortaleceu ainda mais o setor. O turismo é considerado uma das principais fontes de renda do povo marroquino. A partir de 2013, o país começou a registrar desde então o maior número de visitantes em toda a África. Em 2018, 12,3 milhões de turistas teriam visitado o Marrocos.[1][2][3]
Na segunda metade da década de 1980 e no início da década de 1990, entre 1 e 1,5 milhão de europeus vindos da Grã-Bretanha, Itália, Alemanha, Holanda e principalmente da Espanha e da França, visitaram o Marrocos. Os turistas visitavam principalmente grandes resorts litorâneos ao longo da costa atlântica, principalmente na cidade de Agadir.[4]
Indústria turística
O setor turístico gerou em 2007, um total de US$7,55 bilhões; o mesmo é a segunda maior fonte de lucro em Marrocos, logo após a indústria de fosfato. O governo marroquino investe pesadamente no desenvolvimento do turismo; são também patrocinadas tanto pelo poder público quanto pela iniciativa privada, campanhas de marketing para atrair turistas; as mesmas descrevem o Marrocos como um lugar barato e exótico, e além de tudo seguro para os turistas estrangeiros.[5][6]
A boa localização (próxima a Europa), as atrações turísticas e os custos relativamente baixos, ajudam Marrocos a conseguir em comparação, um número tanto quanto alto de turistas anuais. Por conta de sua proximidade com a Espanha, os turistas que visitam as áreas costeiras do sul espanhol, gozam da proximidade entre os países, e fazem assim viagens ou passeios rápidos de um a três dias ao Marrocos; Marrakesh e Agadir são um dos dois principais destinos desses turistas. Marrocos é relativamente barato por conta da desvalorização do dirrã (unidade monetária local) e do aumento dos preços dos hotéis espanhóis. O país também possui uma excelente infraestrutura rodoviária e ferroviária que liga as principais cidades e destinos turísticos. As companhias aéreas de baixo custo oferecem voos baratos para o país.[2]
Plano Azur
O Plano Azur, um projeto de grande envergadura iniciado pelo rei Mohammed VI, tinha como objetivo internacionalizar Marrocos. O plano previa a criação de seis resorts costeiros para proprietários de casas de férias e turistas (cinco na costa atlântica e um no Mediterrâneo), o mesmo, segundo o governo de Marrocos tem como objetivo criar uma série de albergues de qualidade respeitando os princípios do desenvolvimento sustentável. O plano também incluia outros projetos de desenvolvimento de grande escala, como a modernização dos aeroportos regionais e a construção de novas ligações ferroviárias e rodoviárias nacionais e internacionais. O plano fazia parte de um programa iniciado pelo Departamento de Turismo de Marrocos para superar deficiências quantitativas e qualitativas nas estruturas hoteleiras.[7]
Atrações turísticas
Os principais pontos de interesse turístico no país podem ser divididos em sete regiões:[8]
- As quatro cidades imperiais - as quatro capitais históricas de Marrocos: Fez, Marrakesh, Meknes e Rabat;
- Marrakech;
- Casablanca - a maior cidade do Marrocos; casa da Mesquita Haçane II, que tem o segundo minarete mais alto do mundo com 210 metros de altura;[9][10]
- Tânger e arredores;
- Ouarzazate - local famoso por ser usado em diversas produções cinematográficas; a vila fortificada de Aït-Ben-Haddou;[11][12]
- Agadir e seus resorts litorâneos;
- Tarfaya e seus resorts litorâneos;
- Fez - a segunda maior cidade do Marrocos e capital científica e espiritual do país; casa de Al Qarawyien, a universidade mais antiga do mundo.[13]
Embora Marrocos fosse no passado um protetorado francês, o turismo sempre concentrou-se em áreas urbanas, como nas cidades de Tânger e Casablanca. Nas décadas de 1970 e 1980, houve um período de desenvolvimento de resorts litoranêos em locais como Agadir, na costa do Atlântico.[14]
O litoral marroquino sempre foi muito procurado por turistas estrangeiros, porém o turismo está cada vez mais focado na cultura do Marrocos, como em suas cidades antigas. A indústria turística moderna tira proveito dos antigos sítios romanos e islâmicos do Marrocos e de suas paisagens históricas e culturais. 60% dos turistas de Marrocos visitam o país por conta de sua cultura e seus patrimônios.[14]
Agadir é uma importante cidade, sede de grotescos resorts costeiros; tem cerca de um terço de todos os hotéis marroquinos. É uma referência para excursões às Montanhas Atlas. Outros resorts no norte de Marrocos também são muito populares. Casablanca é o principal porto de cruzeiros de Marrocos e tem o mercado mais desenvolvido para turistas no país.[15]
Referências
- ↑ «The Most Visited Countries in Africa»
- ↑ a b Bazza, Tarek (23 de janeiro de 2019). «Over 12 Million Tourists Visited Morocco in 2018, Up 8% from 2017». Morocco World News (em inglês). Consultado em 21 de março de 2019
- ↑ Hudman, Lloyd E.; Jackson, Richard H. (2003). Geography of Travel & Tourism (em inglês). [S.l.]: Cengage Learning. ISBN 0766832562
- ↑ «Tourism in Marrakech Breaks All Records in 2017». 2 de janeiro de 2018
- ↑ «Inspiring a tourism revolution in Morocco». www.worldfinance.com (em inglês). Consultado em 21 de março de 2019
- ↑ John Omer, A Guide to the Perfect Adventure.
- ↑ «Plan Azur». Ministério da Cultura; Departamento de Comunicações do Reino de Marrocos. Consultado em 22 de janeiro de 2021
- ↑ Hudman, Lloyd E. (2002). Geography of Travel & Tourism. [S.l.]: Thomson Delmar Learning. 367 páginas. ISBN 0-7668-3256-2
- ↑ Museyon (1 de junho de 2009). Film + Travel Asia, Oceania, Africa: Traveling the World Through Your Favorite Movies (em inglês). [S.l.]: Museyon. ISBN 9781938450341
- ↑ «Mesquita de Haçane II». Wikipédia, a enciclopédia livre. 6 de agosto de 2020. Consultado em 23 de janeiro de 2021
- ↑ Places, Pure Morocco. «Places in Morocco». Puremorocco Tours and Travel (em inglês). Consultado em 22 de abril de 2019
- ↑ «You're Not a World Traveler Until You Visit these UNESCO sites». pastemagazine.com (em inglês). Consultado em 22 de novembro de 2017
- ↑ Gilbert, Sarah (25 de julho de 2017). «Fez's medina gets new riads, restaurants and restored monuments». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 22 de novembro de 2017
- ↑ a b Shackley, Myra (2006). Atlas of Travel And Tourism Development. [S.l.]: Butterworth-Heinemann. pp. 43–44. ISBN 0-7506-6348-0
- ↑ The Middle East and North Africa 2003. [S.l.]: Europa Publications, Routledge. 2002. 863 páginas. ISBN 1-85743-132-4
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