No episódio, Liz Lemon (interpretada por Tina Fey) e Jenna Maroney (Jane Krakowski) brigam como resultado de um comportamento egoísta da última no seu papel de membro do painel de jurados do programa de televisão America's Kidz Got Singing. Entretanto, Jack Donaghy (Alec Baldwin) elimina o programa de estagiários da NBC de modo a impressionar o seu chefe Hank Hooper (Howard), no entanto, as consequências deste acto acabam por sair pela culatra. Não obstante, Tracy Jordan (Tracy Morgan) encontra-se a contemplar a sua própria mortalidade após um mal-entendido causar com que não receba presentes de aniversário.
Em geral, embora não universalmente, "The Ballad of Kenneth Parcell" foi recebido com opiniões positivas pelos críticos especialistas em televisão do horário nobre, que elogiaram o trailer de Martin Luther King Day assim como o desempenho de Krakowski, considerado a melhor parte do episódio. Todavia, houve analistas de televisão que acharam as piadas poucas e fracas, com críticas sendo direccionadas à paródia de Sex and the City. De acordo com os dados publicados pelo sistema de mediação de audiências Nielsen Ratings, "The Ballad of Kenneth Parcell" foi assistido por 3,98 milhões de telespectadores ao longo da sua transmissão original norte-americana, e foi-lhe atribuída a classificação de 1,9 e cinco de share no perfil demográfico dos telespectadores entre os dezoito aos 49 anos de idade.
Produção e desenvolvimento
"The Ballad of Kenneth Parcell" é o quarto episódio da sexta temporada de 30 Rock. Teve o seu argumento escrito por Matt Hubbard e foi realizado por Jeff Richmond, sonoplasta e esposo de Tina Fey, criadora da série.[1] Ambos Hubbard e Matthew são produtores executivos no programa, e esta foi a 14.ª vez que Hubbard recebeu crédito pelo argumento de um episódio da série, assim como a terceira que Richmond assumiu a realização de um episódio.[2][3] A cena na qual é atirado um balde de tinta vermelha à Liz foi filmada no Upper West Side em Nova Iorque a 5 de Outubro de 2011.[4] Embora o seu nome tenha sido listado na sequência de créditos de abertura, Scott Adsit não desempenhou a sua personagem Pete Hornberger em "The Ballad of Kenneth Parcell."[1]
Esquerda-direita: Andy Samberg, Emma Stone e Nick Cannon participaram de "The Ballad of Kenneth Parcell" como membros do elenco de Martin Luther King Day.
Rachel Dratch, parceira de longa data e companheira de comédia de Fey no SNL, foi originalmente escolhida para interpretar a personagem Jenna Maroney. Dratch interpretou o papel no episódio piloto original do seriado, nunca transmitido na televisão. No entanto, em Agosto de 2006, foi anunciado que a actriz Jane Krakowski iria substituir Dratch neste papel, com esta última interpretando várias personagens diferentes ao longo da série.[5][6] Segundo Fey, Dratch era "melhor adaptada para interpretar uma variedade de personagens secundárias excêntricas,"[7] e o papel de Jenna era para ser desempenhado em "linha recta." "Ambos Tina e eu obviamente adoramos Rachel, e nós queríamos encontrar uma maneira na qual pudéssemos explorar a sua força," afirmou o produtor Lorne Michaels em entrevista à revista Variety.[8] Em "The Ballad of Kenneth Parcell," sua 16.ª participação em 30 Rock, Dratch deu voz à máquina Not Kenneth, mas não recebeu crédito pela participação.[9]
MLK Day é também estrelado por Emma Stone, Nick Cannon, Liam Neeson, Amy Adams, Hugh Grant, Vince Vaughn, John Krasinski, Kristen Bell, e Jenna Maroney. Outros membros do elenco incluem Matthew McConaughey, Ian McKellen, Lynndie England, Plinko do The Price Is Right, Homem de Tubo Insuflável, os Nordiques de Québec de 1995, R2-D2, o atendente de bordo que enloqueceu, e Mankind. Apenas os três primeiros actores supramencionados é que realmente gravaram cenas para este episódio". Para os restantes quinze, foram compiladas e transmitidas imagens suas em filmes e séries de televisão nas quais participaram no passado.[16]
O actor e comediante Judah Friedlander, intérprete da personagem Frank Rossitano em 30 Rock, é conhecido pelos seus bonés de camioneiro de marca registada que usa dentro e fora da personagem Frank. Os chapéus normalmente apresentam palavras ou frases curtas estampadas neles. Friedlander afirmou que ele próprio é quem faz os acessórios. Revelou também que "alguns deles são brincadeiras íntimas, e alguns são simplesmente piadas."[17] A ideia veio do persona de Friedlander nas suas apresentações de comédia stand-up, nas quais os objectos de adorno estão todos estampados com a escrita "campeão mundial" em línguas e aparências diferentes.[18] Em "The Ballad of Kenneth Parcell", Frank usa um boné que lê "Partial Foods."[9]
Enredo
A fama de Jenna, consequência do seu emprego no America's Kidz Got Singing e do seu papel no filme festivo Martin Luther King Day, sobe-lhe à cabeça. Num almoço com Liz Lemon (Tina Fey) em um restaurante do Upper West Side, elas são incomodadas por paparazzi. Então, Jenna convence Liz a fazer-se passar por ela para afugentá-los, enquanto Jenna sai do restaurante pela porta dos fundos. Porém, um protestante da Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais atira um balde de tinta vermelha à Liz na saída do restaurante, e ela apercebe-se que Jenna usou-a como chamariz para evitar o ataque a si. Elas discutem e decidem procurar novas melhores amigas. Jenna começa a andar com os seus amigos famosos de classe-D: Charlie (David Baker) do Charlie Bit My Finger, Knob Kardashian (Violet Krumbein), e Mankind (Mick Foley). Liz encontra a sua doppelgänger e futura melhor amiga Amy (Julie Dretzin) na casa-de-banho do Barnes & Noble após ser aconselhada por quatro moças sentadas a beber num bar. Após Jenna descobrir que os seus amigos são tão egoístas quanto ela e não lhe prestam atenção alguma, bem como Liz também descobrir que tem demasiadas coisas em comum com Amy, as duas reatam e voltam a ser melhores amigas.[9]
Entretanto, Jack Donaghy (Alec Baldwin) elimina o programa de estagiários da NBC para impressionar o seu chefe Hank Hooper (Ken Howard), que acha que para poupar dinheiro, todas as tarefas dos estagiários pode ser simplesmente desempenhadas por uma máquina electrónica baptizada como Not Kenneth. No entanto, o plano de Jack acaba saindo pela culatra quando um presente de "negócianiversário" de um ano para Hank é acidentalmente enviado para o estúdio do TGS após Jack ter instruído Not Kenneth para que o mandasse ao sexto piso ao invés do sexagésimo. Ao descobrir isto, e após ser fortemente gozado pela equipa do TGS, o executivo apercebe-se que afinal precisa de Kenneth Parcell (Jack McBrayer) e dos outros estagiários para poder culpá-los pelos seus próprios erros. Este acto acaba por deixar Hank impressionado.[9]
Finalmente, após um mal-entendido, Tracy Jordan (Tracy Morgan) descobre que não irá receber presentes no seu aniversário. Porém, quando os amigos Grizz Griswold (Grizz Chapman) e Dot Com Slattery (Kevin Brown) explicam que ele já tem tudo o que poderia desejar receber, inclusive os ossos de Kareem Abdul-Jabbar, Tracy começa a contemplar a sua própria mortalidade e, consequentemente, acredita que embora tenha três filhos e uma esposa, não tem nada por que viver, como tem tudo o que já desejou ter. Para o animar, Dot Com compra uma parte da pastelaria que Tracy adorava quando era criança. Após isto, o astro admite que fez tudo isso para que Grizz e Dot Com se sentissem mal por terem cometido um erro de escrita nos convites da festa de aniversário. Então, os dois compram vários presentes para Tracy, e à medida que este abre cada um deles, vai deitando-os fora pois já os tem.[9]
Durante a exibição dos créditos finais, o músico Steve Earle canta "The Ballad of Kenneth Parcell," uma canção composta por si como uma homenagem a Kenneth.[9]
Referências culturais
A franquia Star Wars, uma space opera norte-americana, é frequentemente referenciada em 30 Rock. Tracy já parou o trânsito em uma auto-estrada nova-iorquina a declarar em voz alta ser um cavaleiro espacial Jedi e já assumiu também a identidade da personagem Chewbacca.[19] Liz admite ser obcecada pela Princesa Leia, tendo se fantasiado dela por inúmeras vezes, inclusive por quatro Dia das bruxas e em tentativas de se livrar do serviço do júri tanto em Chicago quanto em Nova Iorque, e ainda no seu próprio casamento.[20] A actriz Carrie Fisher, intérprete da Princesa Leia na trilogia original da franquia, já participou de um episódio de 30 Rock.[19] Liz tem muitas vezes usado metáforas de Star Wars para descrever a sua vida, admitindo necessitar mais DVDs da saga, e apontando o filme Ataque dos Clones (2002) como o seu menos favorito.[21] Em "The Ballad of Kenneth Parcell" é revelado que MLK Day é estrelado pelo robô R2-D2, personagem regular dos filmes Star Wars.[9] Fey, uma fã ávida de Star Wars, disse que a piada ou referência à saga "começou a acontecer organicamente" quando a equipa apercebeu-se que tinha uma referência de Star Wars "em quase todos episódios." A argumentista disse que a partir de então "tornou-se uma coisa que [eles] tentaram manter no programa," e que mesmo que não pudessem incluir uma em cada episódio, ainda tinham uma "média muito alta de piadas," atribuindo a maioria das referências ao produtor executivo e argumentista Robert Carlock, a quem descreveu como "o especialista residente."[22]
Quando Kenneth pergunta "Why, Jack, why?", Not Kenneth responde que esse é o título de um episódio de Will & Grace transmitido em 2003.[23] O criador de MLK Day é identificado como o director de Valentine's Day (2010) e New Year's Eve (2011), Garry Marshall.[16]MLK Day é uma sátira dos dois filmes, que focaram-se em agrupar o maior número de atores independentemente dos seus enredos.[16] O jogo Plinko, do programa de televisão The Price Is Right, também aparece como membro do elenco de MLK Day.[9] Quando Liz fala com Jack sobre a sua briga com Jenna, ele diz que Jenna é uma estrela da NBC maior que Maulik Pancholy em Whitney. Pancholy foi membro do elenco de 30 Rock durante todas as cinco temporadas, mas abandonou o seriado para integrar o elenco de Whitney.[24] As quatro mulheres com quem Liz se depara no bar foram comparadas às quatro personagens principais de Sex and the City.[25] Liz mais tarde menciona o filme The Hunger Games (2012) quando comenta com Jack: "Ugh! Eu odeio quando colocam o cartaz do filme na capa do livro no qual o filme é baseado em. Deixe-me imaginar como Peeta Mellark se parece, e como os seus braços cheiram a pão!" Mellark é uma personagem do filme interpretada por Josh Hutcherson.[26] Quando Jack apercebe-se que a NBC realmente precisa do serviço de estagiários, diz a Kenneth: "I was wrong; I do need you," ao que Kenneth responde, "You had me at hello," referindo-se à uma frase do filme Jerry Maguire (1996).[9]
Nos Estados Unidos, "The Ballad of Kenneth Parcell" foi transmitido pela primeira vez como o 107.° episódio de 30 Rock pela NBC a 26 de Janeiro de 2012 num horário não-habitual das 21 horas depois da transmissão de "Idiots Are People Three!."[27] Conforme as estatísticas publicadas pelo serviço de mediação de audiências Nielsen Ratings, o episódio foi assistido em uma média de 3,98 milhões de domicílios norte-americanos naquela noite e foi-lhe atribuída a classificação de 1,9 e cinco de share no perfil demográfico dos telespectadores entre os dezoito aos 49 anos de idade, o que significa que foi visto por 1,9 por cento de todas as pessoas dos dezoito a 49 anos de idade, e por cinco por cento de todas as pessoas de dezoito a 49 anos de idade dentre as que estavam a assistir televisão no momento da transmissão.[28] Naquela noite, 30 Rock foi o quarto (de quatro) programa mais assistido de todos os outros transmitidos em simultâneo por outras emissoras, assim como o mais visto pelos adultos entre os dezoito aos 49 anos de idade dos outros cinco programas transmitidos no horário nobre da NBC. No perfil demográfico dos telespectadores masculinos entre os dezoito aos 34 anos de idade, a série foi a mais vista da semana nas três grandes emissoras dos Estados Unidos, e a primeira mais vista entre as outras trasmitidas em simultâneo por outras emissoras.[29]
Para Alan Sepinwall, colunista de televisão do portal Upprox, "The Ballad of Kenneth Parcell" foi bem melhor que "Idiots Are People Three!" pois as piadas não paravam de vir fortes a todo tempo, com "as diferenças notáveis entre os dois episódios" focando-se "em como cada um deles explorou Jenna e Kenneth — as duas personagens mais problemáticas do seriado. [...] 'The Ballad of Kenneth Parcell' usou Kenneth principalmente para mostrar o que a sua ausência causava em Jack, e pôs Jenna numa história que finalmente deu uma resposta plausível para o porquê de ela e Liz continuarem amigas."[30] Na sua análise para o jornal de entretenimento A.V. Club, Meredith Blake destacou Martin Luther King Day como o ponto mais alto e a eliminação do programa de estagiários, assim como a inclusão de Not Kenneth, como a mais agradável. Outros aspectos que na sua opinião "salvaram" o episódio foram as participações de Steve Earle nos créditos finais e a de Hank Hooper, "que se tornou numa das minhas personagens recorrentes favoritas do seriado; sabe bem rir de uma personagem tão boa e tão não-complicada, não?" Contanto, Blake criticou a referência "desactualizada" a Sex and the City.[25]
Por outro lado, Breia Brissey, para a revista eléctrónica Entertainment Weekly, foi mais positiva em relação às referências culturais e atribuiu elogios a todas as partes do episódio, destacando MLK Day.[32] Igualmente, na sua resenha para a página digital de entretenimento Examiner.com, Kelsey Rude também fez comentários positivos a MLK Day e expressou agrado pela transmissão de dois episódios de 30 Rock na mesma noite, desejando que todas as noites de quinta-feira fossem assim.[33] Jason Hughes, para o portal norte-americano HuffPost, louvou o conceito de MLK Day por "capturar perfeitamente a previsibilidade desse tipo de filmes [New Year's Day e Valentine's Day], bem como os enredos e diálogos derivativos."[16] Para Izzy Grinspan, do portal nova-iorquino Vulture, "The Ballad of Kenneth Parcell" foi "como um cupcake para sobremesa — leve, fofo, e de alguma maneira ainda afiliado com Sex and the City, apesar do seriado ter terminado há seis anos. [O episódio] começou com o que poderia ter sido a melhor piada de toda a meia-hora, uma paródia dos filmes festivos de Garry Marshall intitulada Martin Luther King Day, apresentando uma matriz vertiginosa de participações especiais, incluindo [...] Jenna Maroney, que finalmente é famosa o suficiente para ser perseguida pela PETA." A participação especial de Violet Krumbein tamvém foi destacada por Grinspan pela sua "fantástica representação de alguém que pertence à família Kardashian."[23]
No entanto, nem todas as opiniões foram positivas. Dorothy Snarker, para o portal LGBT AfterEllen.com, criticou o episódio por ter-se apoiado inteiramente no desenvolvimento da amizade entre Liz e Jenna e ter consequentemente ignorado os enredos secundários,[31] enquanto Kelsea Stahler, da página Hollywood.com, embora não o tenha odiado, "acho que deveria ter gostado mais dele. Os conceitos foram hilariantes, mas eu simplesmente os apreciei e sorri ocasionalmente, em vez de rir bem alto como normalmente faço."[34]
↑«Matt Hubbard credits» (em inglês). Yahoo! TV (Yahoo!, Inc.). Consultado em 20 de Junho de 2012. Arquivado do original em 28 de Abril de 2013
↑«Jeff Richmond credits» (em inglês). Yahoo! TV (Yahoo!, Inc.). p. 2. 2 páginas. Consultado em 20 de Junho de 2012. Arquivado do original em 28 de Abril de 2013
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