Depois de participar de uma corrida de motocicleta, o fundador da empresa, Johann Abt, iniciou sua carreira profissional e a carreira de esportes a motor da empresa em geral. A equipe está sediada em Kempten, Alemanha e seu chefe de equipe é Hans-Jürgen Abt.[2] Com a equipe de corrida e suas operações sendo gerenciadas pelo diretor geral da Abt Sportsline, Thomas Biermaier, e pelo diretor da Abt Motorsport, Martin Tomczyk.[3][4] A Abt Sportsline tem uma longa e bem sucedida história no automobilismo. Entre 2004 e 2020, sob o nome Audi Sport Team Abt Sportsline, foi uma das equipes oficiais da fábrica da Audi e competiu sob a bandeira Audi Sport no DTM de 2004 até 2020,[5] desde 2021, a companhia compete no DTM como Team Abt Sportsline ou apenas Abt Sportsline. A Abt já ganhou vários campeonatos nas mais importantes categorias de corridas da Alemanha, como o Super Touring Car Cup (1999), Deutsche Tourenwagen Masters (2002, 2004, 2007, 2008 e 2009) e ADAC GT Masters (títulos em 2009 e 2010). O ano mais bem sucedido da Abt Sportsline no automobilismo foi 2009, recebendo honras em três categorias de corridas de uma só vez: o DTM com Timo Scheider, o ADAC GT Masters com Christian Abt e o ADAC Formel Masters com Daniel Abt.
A partir de 2014, a equipe também passou a participar da Fórmula E com a equipe ABT Schaeffler Audi Sport, seu chefe de equipe também era Hans-Jürgen Abt. Em outubro de 2016, todas as atividades de Fórmula E foram terceirizadas para a recém-fundada "Abt Formel E GmbH", que era uma subsidiária integral da Abt Sportsline.[6] Esta empresa foi totalmente adquirida pela Audi em julho de 2017, com a equipe sendo renomeada para Audi Sport ABT Schaeffler, mas as operações de corrida continuaram sendo supervisionadas pelo Abt Sportsline. Após passar uma temporada longe da categoria, devida a retirada da Audi no final da temporada de 2020–21, a Abt anunciou seu retorno a disputa da Fórmula E a partir da temporada de 2022–23 com sua equipe sendo denominada ABT CUPRA Formula E Team.[7][8] Porém, após a Abt formar uma parceria para utilizar trens de força fabricados pela Lola Cars e Yamaha a partir da temporada de 2024–25,[9][10] em novembro de 2024, foi divulgado que a Lola havia adquirido a propriedade da licença de entrada da Fórmula E da equipe, que foi rebatizada como Lola Yamaha ABT Formula E Team, mas com a Abt permanecendo como o operador da mesma.[11]
A Abt Sportsline participa da Fórmula E como proprietário, ou operador de equipe, desde a sua temporada inaugural, quando a companhia de tuning fundou uma equipe em 2014 para participar da categoria sob a bandeira Audi Sport e sendo denominada Audi Sport ABT Formula E Team, mas com a equipe sendo totalmente integrada na Team Abt Sportsline e sediada em Kempten, na Alemanha.[15] Para a disputa da primeira temporada, a equipe contratou o piloto brasileiro Lucas Di Grassi, que havia disputado a temporada de 2010 da Fórmula 1, e o filho do proprietário da Abt, vindo da GP2 Series, Daniel Abt.[16] A equipe alcançou com Di Grassi, a primeira vitória da história da categoria no ePrix de Pequim de 2014. Di Grassi conquistou seis pódios, incluindo duas vitórias e permaneceu na briga até o ePrix de Berlim, quando foi desclassificado da corrida (que havia vencido) por conta de uma irregularidade técnica. No final do campeonato, a equipe ficou em terceiro lugar atrás da Team e.dams Renault e da Dragon Racing.
Para a temporada de 2015–16, a equipe manteve os pilotos da temporada anterior.[17][18] A partir desta temporada as equipes receberam a permissão para desenvolver seus próprios trens de força, com isso, a Abt estabeleceu uma parceria com a Schaeffler para projetar e fabricar seus trens de força, com a equipe passando a se denominar ABT Schaeffler Audi Sport e levando para a pista o ABT Schaeffler FE01 de três marchas.[19][20] O monoposto provou ser a segunda força na pista, ficando atrás apenas da Renault e.dams. Com Di Grassi vencendo três corridas, além de conquistar quatro pódios e terminar em segundo no Campeonato de Pilotos, perdendo o título para o suíço Sebastien Buemi por apenas dois pontos. Daniel Abt terminou em sétimo com um total de três pódios.
Em outubro de 2016, todas as atividades de Fórmula E da Abt Sportsline que estava integrada na Team Abt Sportsline foram transferidas para uma empresa recém-fundada chamada "Abt Formel E GmbH", que era uma subsidiária integral da Abt Sportsline, e liderada por Hans-Jürgen Abt.[6]
Para a temporada de 2016–17, a ABT Schaeffler Audi Sport manteve novamente os pilotos da temporada anterior.[21] Mesmo com uma vitória a menos que na temporada anterior, a equipe voltou a terminar em segundo lugar na classificação do Campeonato de Equipes, com Di Grassi conquistando o título de pilotos contra Buemi,[22] com ele alcançando duas vitórias e sete pódios,[23] enquanto Abt terminou em oitavo sem conquistar nenhum pódio.
A equipe já era patrocinada pela Audi desde sua criação e, posteriormente, a montadora alemã intensificou a parceria com aporte financeiro e técnico, culminando com o anúncio feito pela Audi, em 7 de julho de 2017, que ela havia adquirido a Abt Formel E GmbH e, assim, assumindo o controle total da ABT Schaeffler Audi Sport a partir da temporada de 2017–18 — que começou em 2 de dezembro em Hong Kong — e, a renomeação da equipe para Audi Sport ABT Schaeffler, para refletir o maior envolvimente da Audi na equipe.[24][25][26] Com Allan McNish assumindo o cargo de chefe da equipe.[27][28] Porém, a parceria entre as duas empresas continuou para além da temporada de 2017–18, com a equipe sendo coordenado in loco nos ePrixs pelo pessoal da Abt, mas com a montadora comandando as ações do time por completo.[29][30]
Na temporada de 2017–18, a Audi faz sua entrada oficial como equipe de fábrica na categoria, com o trem de força passando a ser produzido oficialmente pela própria Audi. Após um início de temporada difícil, com Di Grassi ficando sem somar pontos nas quatro primeiras corridas, com o piloto conseguindo se recuperando nas etapas seguintes e, com sete pódios consecutivos no final da temporada (sendo duas vitórias), ele conseguiu alcançar o segundo lugar na classificação final, ficando somente atrás do campeão Jean-Éric Vergne.[31] Por outro lado, Daniel Abt alcançou as suas únicas duas vitórias na Fórmula E nesta temporada. Assim, a Audi Sport ABT Schaeffler conquistou quatro vitórias, com a equipe conquistando o seu primeiro título do Campeonato de Equipes, com uma pequena margem de dois pontos sobre a Techeetah.[32]
Em 21 de setembro de 2018, foi anunciado que a Audi passaria a fornecer trens de força para a equipe Envision Virgin Racing a partir da temporada de 2018–19.[33]
Para a temporada de 2019–20, a Audi confirmou mais uma vez sua dupla de pilotos que defendia a equipe desde a temporada inaugural da Fórmula E,[34] mas posteriormente Daniel Abt foi substituído por René Rast nas seis corridas do ePrix de Berlim de 2020 devido a um episódio polêmico envolvendo o piloto titular da equipe.[35] A Audi Sport ABT Schaeffler terminou a temporada na sexta posição na classificação do Campeonato de Equipes e com três pódios gerais, dos quais dois foram alcançados por Lucas Di Grassi, um na segunda corrida do ePrix de Daria e o outro na segunda corrida do ePrix de Berlim, e um de Rast, que, também em Berlim, terminou em terceiro na quinta corrida.
Em 30 de novembro de 2020, a Audi anunciou que iria deixar a Fórmula E após o término da temporada de 2020–21.[36] Entretanto, a montadora confirmou que honraria seu compromisso e permaneceria fornecendo trens de força para sua equipe cliente, a Envision Racing, na temporada de 2021–22.[37]
Após passar uma temporada longe da categoria, devida a retirada da Audi, em 4 de maio de 2022, a Abt Sportsline anunciou seu retorno ao grid da Fórmula E sem o apoio da montadora alemã na temporada de 2022–23.[7][38][8] No dia 9 de dezembro do mesmo ano, a ABT anunciou a colaboração com a marca espanhola Cupra (que pertence a SEAT), que se tornou o patrocinador título da equipe, com a mesma passando a se denominar ABT CUPRA Formula E Team,[39][40] a Abt Sportsline já havia feito uma parceria com a Cupra para entrar na categoria de corridas fora de estrada elétrica, a Extreme E, em 2021 com a equipe Abt Cupra XE.[41][42] Em julho de 2022, a equipe assinou um contrato de múltiplos anos para utilizar trens de força da Mahindra a partir da temporada de 2022–23.[43]
Para a disputa da temporada de 2023–24, a equipe manteve Müller e trouxe Lucas Di Grassi de volta, com o piloto brasileiro substituindo Frijns que havia retornado para a equipe Envision Racing.[46]
Em janeiro de 2024, a ABT e a Mahindra confirmaram a rescisão do contrato de fornecimento para a temporada de 2024–25 da Fórmula E.[47][48] E, em abril, foi anunciado que a equipe iria utilizar trens de força fabricados pela Lola Cars e Yamaha,[9][10] que formaram uma parceria técnica para ingressar na Fórmula E como fabricante na temporada de 2024–25.[49][50] Com a equipe sendo renomeada para Lola Yamaha ABT Formula E Team[51][14] A equipe manteve Di Grassi e substituiu Müller por Zane Maloney para a disputa da temporada de 2024-25.[13][14]
Em novembro do mesmo ano, foi divulgado que a Lola Cars havia adquirido a propriedade da licença de entrada da Fórmula E da equipe Lola Yamaha ABT Formula E Team, que era de propriedade da Abt Sportsline, mas com a Abt permanecendo como o operador da equipe.[11]
Resultados
Fórmula E
(legenda) (resultados em negrito indicam pole position; resultados em itálico indicam volta mais rápida)
* Temporada ainda em andamento. † – Não completaram a prova, mas foram classificados, pois concluíram 90% da prova. G – Volta mais rápida na fase de grupos da classificação.
Notas e referências
Notas
↑Na temporada inaugural, todas as equipes receberam um trem de força idêntico da McLaren.