A Sociedade de Geografia de LisboaGCC • MHSE • GOIC • GCI • MHIH • GCIP (SGL) é uma sociedade científica criada em Lisboa no ano de 1875 com o objectivo de em Portugalpromover e auxiliar o estudo e progresso das ciências geográficas e correlativas. A Sociedade foi criada no contexto do movimento europeu de exploração e colonização, dando na sua actividade, desde o início, particular ênfase à exploração do continente africano.[1]
História institucional
A 10 de Novembro de 1875, um grupo de 74 subscritores requereu ao rei D. Luís, a criação de uma sociedade, a designar por Real Sociedade de Geografia de Lisboa, tendo como objectivo promover e auxiliar o estudo e progresso das ciências geográficas e correlativas, no país.
A Sociedade propunha-se realizar sessões, conferências, prelecções, cursos livres, concursos e congressos científicos e conceder subsídios de investigação destinados a viagens de exploração e investigação científica. As informações obtidas seriam publicadas e disseminadas em arquivos, bibliotecas e museus. Propunha-se ainda estabelecer relações permanentes com outras instituições europeias com as quais pudesse trocar informações e colaborações.
Embora a actuação da Sociedade não tivesse como escopo exclusivo o continente africano, nos primeiros anos da sua existência foi criada a Comissão Nacional Portuguesa de Exploração e Civilização da África, mais conhecida por Comissão de África, com o objectivo de apoiar cientificamente o esforço colonial português em África, particularmente no contexto da crescente competição europeia na apropriação de territórios naquele continente.
A partir de Dezembro de 1876 a Sociedade iniciou a publicação do Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, que ainda subsiste.
Museu Etnográfico
O Museu Etnográfico possui um importante acervo nas áreas da Etnologia e História, com relevância para as antigas colónias portuguesas em África e na Ásia.
O Museu é composto por várias salas:
Sala Portugal onde se encontra a maior parte do espólio museológico, tem 50m de comprimento, rodeada por duas ordens de galerias;
Sala Algarve destaca-se um grande planisfério com as rotas dos Descobrimentos dos navegadores portugueses entre os séculos XV e XVII;
Sala da Índia onde estão expostas bandeiras de várias expedições a África e dois grandes Globos de Coronelli bem como portulanos, manuscritos e gravuras;
Sala dos Padrões, o acervo é composto por peças ligadas aos Descobrimentos Portugueses, com destaque para os padrões de Pedra colocados pelos portugueses na costa africana.
A Bilblioteca da Sociedade de Geografia de Lisboa tem reconhecimento nacional e internacional como essencial para o estudo da História dos Descobrimentos e Expansão Portuguesa.
O acervo bibliográfico é constituído por 62.000 obras, várias revistas e cerca de 6.000 documentos manuscritos, num total de 230.000 títulos, entre os quais, os diários de viagem de Hermenegildo Capelo, Roberto Ivens, Silva Porto e Gago Coutinho bem como a coleção de desenhos de George Chinnery.
Na Mapoteca onde se encontra o espólio cartográfico, existem importantíssimos exemplares de atlas, mapas e plantas portugueses e estrangeiros de várias épocas.[3]
Referências
↑ abJosé Timoteo Montalvão Machado (1981). «Luciano Cordeiro»(PDF). Cm-mirandela.pt. Consultado em 22 de setembro de 2010. Arquivado do original(PDF) em 8 de agosto de 2010