A Sicasal-Acral é uma ex-equipa de ciclismo Portugal, criada sob a designação Torreense-Sicasal em 1986 e extinta em 1995. É a única equipa portuguesa a ter participado na Volta à Itália e era uma das equipas melhor preparadas da época, nas palavras de Joaquim Gomes "(…) A Sicasal era a única equipa em Portugal que me dava as melhores condições. Até hoje, nenhuma equipa teve o que aquela empresa nos proporcionou (...)"
"(…) Éramos bem pagos, tínhamos um centro de estágio como ainda hoje ninguém tem e sempre tivemos possibilidades de correr lá fora, em provas de nível internacional. Ao abandonar, perdi a oportunidade de fazer da Sicasal um grande projecto. Tinha todas as condições para ser uma grande equipa de ciclismo.(…)" [1]
Historial
A equipa Sicasal nasceu em 1986 em Portugal . Durante seus primeiros dois anos, a equipa foi composta por um pequeno número de corredores e competia em Portugal. A Sicasal patrocinador principal (ligado à indústria de transformação de carne), tinha elaborado um plano ambicioso e pretendia participar no Tour de France no final da década de 1980. De acordo com o projecto, foi em 1988 foi recrutado o ciclista Eduardo Correia, que havia participado no Tour de France em 1984. No ano seguinte, a equipe recrutou a maior esperança do ciclismo português da época, Joaquim Andrade, que viria participar em 21 edições da Volta a Portugal.
A equipe participa da primeira Volta a Espanha em 1988 contando com jovens ciclistas inexperientes em grandes voltas já que apenas Correia e José Joaquim Poeira havia participado numa grande volta. O melhor corredor, António Pinto, terminou em 62º e Paulo Pinto conseguiu terminar em segundo lugar na 21ª etapa. As primeiras grandes voltas são decepcionantes para o patrocinador que decide recrutar para a temporada de 1990 vários ciclistas experientes e, pela primeira vez dois ciclistas estrangeiros a correr por equipas portuguesas: o brasileiro Cássio Freitas e angolano César Araújo, que se tornou o primeiro ciclista Africano Lusófono a se tornar profissional na Europa.
Em 1990 a equipe participa na Volta a Espanha, pelo terceiro ano consecutivo, com Cássio Freitas a terminar em segundo lugar na 17ª etapa, tornando-se no primeiro brasileiro a terminar uma grande volta[2]. Já com um novo co-patrocinador, Acral, destaca-se na Volta ao Luxemburgo, terminando entre as melhores equipas. A contribuição do novo co-patrocinador permite alimentar novas ambições para 1991. Assim, pela primeira vez desde a sua criação, a equipa contrata um verdadeiro líder, o colombiano Edgar Corredor que era então um dos melhores trepadores do pelotão.
O ano de 1992 marcou outro ponto de viragem com o aumento da internacionalização, e a contratação de um ciclista polaco, Andrzej Dulas. A equipa viria a conquistar título de Campeão de Portugal por Manuel dos Santos que conquistava a seu segundo campeonato nacional. No final do ano, a equipa fundiu-se com a equipa Tensai.
Os anos seguintes, seriam parecidos com 1992, sem os resultados pretendidos na Volta a Espanha, com a saída de Edgar Corredor no final de 1992. No entanto, a equipa participa de seu último ano no Giro d'Itália. A equipa é extinta no final de 1995.[3]
Palmarés
Corridas por Etapas - Vitórias à Geral
Grandes Voltas
Campeonatos Nacionais
- Campeonato Nacional de Estrada - 2: 1992 e 1995
Referências