A Seleção Brasileira de Rugby é uma equipe de rugby union que representa o Brasil em jogos internacionais e é gerida pela Confederação Brasileira de Rugby (CBRu). Apesar de ser praticado no Brasil desde o início dos anos 1950, o rugby é um esporte pouco difundido no país, sendo que a equipe nacional masculina encontra-se no terceiro grupo do rugby mundial.
Até a edição de 2019 da Copa do Mundo, o país não conseguiu a classificação para o principal torneio da modalidade. Nos últimos anos, no entanto, os resultados vêm melhorando consistentemente na medida em que a popularidade do rugby no Brasil aumenta de maneira exponencial.
O primeiro título de peso do Brasil ocorreu no Campeonato Sul-Americano de Rugby de 2018, sendo este o torneio inaugural do formato Seis Nações da elite deste esporte no continente.[4][5] Antes deste, o vice-campeonato no sul-americano de 1964, quando sediou o evento pela primeira vez, despontava como a melhor campanha da seleção brasileira deste esporte.[6][7]
Assim como todas as equipes têm o seu símbolo, o Brasil buscou sua identidade e se apelidou de "Vitória Régia", uma escolha que nunca ganhou popularidade. Em 2010, a CBRu deu início a um processo de seleção de um novo símbolo para a equipe nacional em substituição deste. Depois de analisadas cerca de duzentas propostas, através de um júri da confederação, os três conceitos finalistas, colocados para votação popular através da internet, foram "as araras", "os tupis" e "as sucuris". "Tupi" acabou sendo o nome vitorioso, com 47,16% dos 9.302 votos.[8]
História
Início
O Brasil começou a participar de jogos internacionais de rugby no início dos anos 1950, ocasião em que montou uma equipe para a disputa da primeira edição dos Jogos Pan-Americanos. O primeiro jogo foi contra o Uruguai de quem perdeu por 8 a 6. O Brasil continuou a se envolver em jogos contra o Chile, Argentina e Uruguai nos anos 1950 e 1960. Em 1964 foi vice-campeão do Campeonato Sul-Americano, o melhor resultado já obtido até hoje.
Em 1974, a Seleção enfrentou os pesados franceses, de quem perdeu de 99 a 7. No final dos anos 1990, o Brasil passou a fazer menos jogos.[9]
Com os bons resultados e evolução constante,[12] entre 2008 e 2010, o Brasil subiu consideravelmente no ranking da International Rugby Board (IRB) na categoria, da 45ª para a 27ª posição, e seu planejamento passou a ter como objetivo classificar-se para a Copa do Mundo pela primeira vez na história.[11] Em 2011, consegue feito histórico: Na disputa do torneio Cross Border Norte, disputado em Encarnación, no Paraguai, derrota, pela primeira vez, uma equipe de uma província argentina, quando, na disputa pela terceira colocação, venceu a Unión de Rugby de Misiones por 27 a 11.[12]
Em maio, no Chile, no Campeonato Sul-Americano, o Brasil enfrentou novamente a Argentina, sem precisar passar por Uruguai e Chile para isso.[13] Os Tupis não enfrentava a seleção "A" da Argentina (apelidada de "Pumas") desde 1993. Como parte do planejamento de preparação da seleção para elevação da qualidade técnica e tática, a CBRu fechou um acordo com a Federação de Rugby de Canterbury (região da Nova Zelândia) e com o time profissional neozelandês Crusaders e o Brasil será treinado por Tabai Matson, fijiano-neozelandês em busca de uma grande evolução na modalidade. O resultado foi que nos jogos contra Uruguai e Chile, apesar de derrota para ambos, as partidas tiveram os placares mais apertados das últimas décadas.
Visando o Campeonato Sul-Americano, que valeria vaga tanto para a Copa do Mundo, quanto para o Americas Championship, o Brasil organizou uma preparação que incluiu jogos contra equipes argentinas, em La Plata, onde conseguiu bons resultados, e contra o México, na capital paulista, obtendo vitórias expressivas. Apesar de muita expectativa para o Sul-Americano, o Brasil não resistiu ao Chile em Temuco e perdeu por 38 a 22. Emocionalmente abalado pelo resultado, os brasileiros ainda perderam por uma diferença considerável contra o Uruguai (58 a 7) e para a Argentina (83 a 0), ambas as partidas em Montevidéu. Para o segundo semestre, o Brasil novamente disputa a repescagem contra o vencedor do CONSUR B.
2014
A temporada 2014 começou na noite do dia 15 de Fevereiro quando a equipe Brasileira jogou contra a Seleção da União de Rugby da Província de Misiones, Argentina. A partida foi disputada sob forte chuva no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Rugby em São José dos Campos e terminou com vitória de 22 a 14 para o Brasil. O segundo amistoso do ano se deu no dia 22 de março, em São José dos Campos, contra a seleção do Nordeste da Argentina, que terminou com derrota dos Tupis por 28 x 15.
O Campeonato Sul-Americano de 2014 apresentou fórmula nova de disputa, com Uruguai, Chile, Paraguai e Brasil se enfrentando sem uma sede fixa. Brasileiros e paraguaios tiveram duas partidas em casa e uma fora, ao passo que uruguaios e chilenos jogaram apenas uma partida cada em casa. Os uruguaios terminaram com o título, tendo derrotado o Brasil em Bento Gonçalves, que recebeu uma partida oficial da seleção brasileira de XV pela primeira vez na história. O placar na Serra Gaúcha foi 34 x 9 para os Teros, pela segunda rodada, no dia 3 de maio. A abertura do torneio marcou um resultado histórico para o Brasil: pela primeira vez em uma partida oficial de XV, o Brasil derrotou o Chile. A partida foi na Arena Barueri, no dia 26 de abril, terminando em 24 x 16 para os Tupis. Os chilenos ainda venceriam na segunda rodada os paraguaios, mas perderiam para os uruguaios na terceira rodada. No dia 10 de maio, o Brasil foi a Assunção enfrentar o Paraguai, valendo o vice-campeonato. Os paraguaios venceram a partida por 31 x 24 assegurando a segunda posição pelo saldo de pontos, com apenas 3 pontos de saldo acima do Brasil.
Uniforme
A partir de dezembro de 2009, a Topper passou a patrocinar as seleções de rugby do Brasil. Durante o SPAC Lions deste ano, a empresa apresentou os novos uniformes.
Primeiro Uniforme: Camisa amarela com detalhes verdes; calção verde e meias brancas
Segundo Uniforme: Camisa Verde com detalhes amarelos; calção branco e meias verdes
Terceiro Uniforme: Camisa branca com detalhes verde e amarelo; calção branco e meias brancas
Uniforme de treino: Camisa azul com detalhes amarelos, calção branco e meias brancas
Em novembro de 2018, os vinte e três jogadores então convocados para atuar no amistoso contra os Maori All Blacks foram os atletas abaixo listados.[15]
Em 2009 se formou a seleção feminina de rugby union, para um amistoso contra a seleção holandesa em Amsterdã, partida essa em que as brasileiras foram derrotadas por 10 a 0.[16] Logo depois, as equipes reservas de ambos os times duelaram, desta vez com triunfo brasileiro. O último jogo do time de 15 jogadoras foi contra a seleção de rugby de Utrecht, com uma vitória de 35 a 6. Após isso, a seleção não realizou mais jogos internacionais em competições de XV.