Segundo Império Mexicano (em castelhano: Segundo Imperio Mexicano) foi o período da história do México em que o país esteve sob uma monarquia hereditária limitada declarada pela Assembleia dos Notáveis em 10 de julho de 1863 durante a segunda intervenção francesa no México. Foi criada com o apoio de Napoleão III da França, que tentou estabelecer um aliado monárquico na América. Um referendo confirmou o arquiduque austríaco Ferdinando Maximiliano, da Casa de Habsburgo-Lorena, como o Imperador Maximiliano I do México.
Promovido pela poderosa e conservadora elite dos "hacendados" do México, com o apoio dos franceses, bem como das coroas austríaca e belga, a intervenção tentou criar um sistema monárquico no México, como existiu durante os 300 anos do vice-reinado da Nova Espanha e o reinado independente de curto prazo do imperador Agustín I do México. O apoio veio principalmente de católicos conservadores.[1] O Império chegou ao fim em 19 de junho de 1867, com a execução do imperador Maximiliano I.
O Segundo Império Mexicano teve uma duração maior que o Primeiro Império (três anos entre 1864 e 1867), no entanto também teve apenas um imperador, Maximiliano de Habsburgo, que foi colocado no trono por realistas mexicanos (Assembleia de Notáveis) a aceitar a coroa do recém-fundado Império Mexicano e persuadido pelo imperador francês Napoleão III.
A aventura de Maximiliano de Habsburgo não passou de um triste episódio de interesses criados, ingenuidade e desespero. Os conservadores viram em sua pessoa a possibilidade de manter um sistema político que lhes era cômodo e que lhes parecia seguro por contar com o apoio da França, da Inglaterra e da Santa Sé. O arquiduque austríaco, por sua vez, de certo modo condenado a ser sempre o irmão do imperador da Áustria, aceitou o papel que lhe era oferecido desempenhar em um país completamente desconhecido para ele e submerso numa profunda crise política. Devido a suas tendências liberais, logo perdeu o apoio dos conservadores. Foi alvo da hostilidade dos seguidores de Benito Juárez, os republicanos, ao ordenar a execução sumária de seus líderes (1865). A única proteção de Maximiliano era a presença de tropas francesas; quando estas se retiraram (1866-1867), ele assumiu pessoalmente o comando de seus soldados. Após um cerco em Santiago de Querétaro, foi capturado, aprisionado, julgado por uma corte marcial e fuzilado juntamente com Tomás Mejía e Miguel Miramón (general e Presidente do México). Com sua morte, a pretensão ao trono mexicano foi reivindicada por os Habsburgo-Itúrbide, por adoção dos netos do primeiro imperador do México Agustín de Itúrbide.