Sérgio Augusto Farias Galvão, mais conhecido como, Sérgio Galvão (Brasília, 1965) é um saxofonista brasileiro.
Biografia
Filho caçula de uma família de mestres da música é irmão caçula do professor, compositor, maestro e etnomusicólogo Carlos Galvão que dirigiu a Escola de Música de Brasília por vários períodos e também coordenou o Curso Internacional de Verão da EMB por dez anos e morreu em 2019 vítima de câncer no pulmão; do baterista Zequinha Galvão (falecido em 2009) e de Lula Galvão.
Na pré-adolescência, Sérgio tentou a carreira de atleta jogando basquete por um time de Brasília. Porém, na adolescência, apaixonou-se pelo clarinete, saxofone e flauta. Na Escola de Música de Brasília, onde obteve sua iniciação musical foram seus mestres: Manoel de Carvalho, Hugo Leuterung e Luiz Gonzaga Carneiro.
Lecionou saxofone e improvisação em algumas escolas de ensino musical no Rio de Janeiro, como o CIGAM (Centro Ian Guest de Aperfeiçoamento Musical) e o Instituto Antônio Adolfo de Aprendizado Musical. Além de Saxofone Popular no Curso Internacional de Verão da Escola de Música de Brasília, na qual teve ele o início de seus estudos.[1]
Com mais de trinta anos de carreira, gravou (2014) e lançou seu primeiro CD, nos Estados Unidos intitulado Phantom Fish, em 2015. O CD teve início com parcerias do músico com Amanda Ruzza (baixista e compositora), David Feldman (piano), Bruno Aguilar (baixo elétrico) e Felipe Alves (bateria). O trabalho ainda conta com as participações especiais de Gilson Peranzzetta (piano) e Daniel D´Alcantara (trompete).[5] No trabalho constam composições próprias e releituras de Moacyr Santos e Baden Poewll. O álbum entrou para a programação de mais de 160 rádios estadunidenses e atingiu o 118º lugar nas paradas.[6] Com isso o músico fez uma turnê de cerca de três meses em que percorreu as costas leste e oeste dos Estados Unidos e se apresentou, inclusive, no Blue Note, casa de jazz no coração do Greenwich Village. Todos os grandes nomes do jazz se apresentaram no local desde o ano de sua fundação, em1981, incluindo Dave Brubeck, Oscar Peterson e Dizzy Gillespie.[7]
O crítico Bill Milkowski publicou resenha mencionando que o trabalho vai “na veia do jazz contemporâneo, de som vibrante e complexidade rítmica, acústico em boa parte, mas com sacadas elétricas”.[8]
Phantom Fish foi indicado ao Grammy na categoria de Melhor Álbum-Latin Jazz e Melhor Jazz Solo.[9]
"A música brasileira é muito tocada em outros países. É uma música que já foi lá com a Bossa Nova e vai indo e voltando. Tive muita sorte com o disco gravado em 2014, pois ele teve muita repercussão e me abriu muitas portas para esse mercado."[10]
Morando na França desde 2015, Sérgio voltou ao Brasil em 2018 e realizou o sonho de se apresentar no Clube do Choro de Brasília e também de dividir o palco com o sobrinho neto Renato Galvão, na bateria. No show foram tocadas músicas dos CDs 2X2 e Phanton Fish. O CD 2 X 2 foi gravado na França em 2017 pelo grupo formado por Franck Enouff e Clement Ladais (músicos franceses) e Lupa Santiago (brasileiro), além de Sérgio Galvão.[10]