Desde o início de sua carreira, Jorge Ben Jor foi apresentado na imprensa como tendo nascido em 1944 (entrevista para a Revista do Rádio em 1963 que cita a data de 2 de dezembro de 1944 e o seu nome completo como sendo "Jorge Lima Menezes"[13]) ou 1943 (em entrevista para o Jornal do Brasil em 1970[14] e para a revista Manchete em 1973[15]).
Em 2012, estabeleceu-se uma controvérsia sobre a idade do cantor a partir da celebração dos seus setenta anos por diversos portais, canais de televisão e fã-clubes através de menções e especiais. Entretanto, a assessoria de imprensa do músico rapidamente divulgou que o ano correto de nascimento do compositor carioca era 1945. De um modo geral, a imprensa contestou a afirmação, apresentando tanto incongruências com entrevistas dadas no início da carreira, quanto a improbabilidade de Jorge ter lançado seu primeiro disco, Samba Esquema Novo, aos dezoito anos ou de ter feito parte da Turma do Divino com Tim Maia, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, que haviam nascido no início da década de 1940.[16][3] Assim, em 2015 houve significativamente menos lembranças pelos setenta anos do cantor, inclusive com parte da imprensa especializada ironizando a situação, escrevendo que o compositor carioca estaria completando aquele marco "segundo as suas contas".[17]
Finalmente, em novembro de 2020, foi lançado o livro África Brasil – Um dia Jorge Ben voou para toda a gente ver, que analisa o álbum África Brasil - considerado um divisor na carreira do músico. A autora, a jornalista musical Kamille Viola,[18] após extensa pesquisa nos registros civis, encontrou uma certidão de nascimento que confirma a data de 22 de março de 1939 como sendo a correta. Logo, a biógrafa e diversos jornalistas especializados consideraram extremamente provável ser este documento a prova definitiva do ano de nascimento do artista carioca devido a existência de inconsistências apenas mínimas, normais para um documento da época. Apesar disto, o cantor e compositor continua sustentando o ano de 1945 como o correto.[2][3]
Na década seguinte, Jorge Ben dedicou-se a divulgar suas músicas no exterior. Em 1989, ele mudou o nome artístico de Jorge Ben para Jorge Benjor, logo depois alterado para Jorge Ben Jor. Na época, foi especulado que a mudança teria sido provocada pela numerologia, mas o mais plausível é que tenha ocorrido para evitar confusões com o músicoamericanoGeorge Benson, pois Jorge Ben estava começando a se tornar muito conhecido nos Estados Unidos na época.[24] Nesta nova fase, sua música tornou-se mais pop, ainda que com groove. Ele afirma ter começado a usar guitarra elétrica por não conseguir ouvir o som do violão nos shows.[25] Sua música "W/Brasil (Chama o Síndico)", lançada em 1990, estourou nas pistas de dança em 1993, tornando-se uma verdadeira febre na época. A canção é também uma homenagem ao cantorTim Maia. Além disso, foi realizada devido a um pedido pessoal de Washington Olivetto, proprietário da agência de propagandaW/Brasil, que lhe pediu para criar uma música sobre a agência. Em 2004, Jorge Ben Jor lançou Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum), primeiro álbum com canções inéditas desde 1995.
Ainda na ativa, seus shows costumam durar cerca de três horas, para plateias formadas principalmente por jovens.[carece de fontes?] Fez uma participação especial no DVD1000 Trutas, 1000 Tretas de 2006, do grupo de rapRacionais MC's, onde cantou a música "Abenção Mamãe, Abenção Papai".
Em 2012, participou do Luau MTV, contudo, a gravação não foi lançada em CD ou DVD.[26]
↑ abO ano de nascimento do artista tem sido objeto de controvérsias (abordadas em seção própria abaixo), com a imprensa especializada mencionando 1939 ou 1942. A jornalista musical Kamille Viola, biógrafa de Jorge Ben Jor, para produzir o livro África Brasil: um dia Jorge Ben voou para toda a gente ver (2020), realizou uma extensa pesquisa, tendo acesso à certidão de nascimento, com "a data provável do nascimento" 22 de março de 1939. Contudo, Jorge insiste que nasceu em 1945.[2][3]
↑Outras fontes indicam que o nome de sua mãe era Sebastiana Lima de Menezes[2] ou segundo declarações de Jorge, Sílvia Duílio Saint Bem Zabella Lima de Menezes.[8]
Referências
↑Janaína Medeiros. Editora Terceiro Nome, ed. Funk carioca: crime ou cultura? : o som dá medo e prazer. 2006. [S.l.: s.n.] ISBN9788587556745
↑«Jorge Ben agita o mundo artístico». Revista do Rádio, ano XVI, edição 732, página 24/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 28 de setembro de 1963. Consultado em 2 de janeiro de 2022
↑Míriam Alencar (23 de março de 1970). «O mundo (nem sempre) alegre do Pá-tropi». Jornal do Brasil, ano LXXIX, edição 295, Caderno B, página 1/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 2 de janeiro de 2022
↑José Maria dos Santos (10 de novembro de 1973). «Jorge Ben:"sou um operário da música"». Manchete, ano 21, edição, 1125, página 52/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 2 de janeiro de 2022
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