Lemos estudou em escola estadual de Araguari até os dezesseis anos, quando se mudou para Uberlândia. Logo depois foi para São Paulo, onde morou por dez anos e cursou direito na USP[7].
Lemos criou o Centro de Tecnologia e Sociedade (CTS-FGV) em 2003. Foi diretor do CTS-FGV até 2013[8]. Está à frente das atividades da Creative Commons no Brasil desde a adaptação da licença ao país em 2004. Fez mestrado em Harvard (EUA) sobre o tema e doutorado na USP. É o único latino-americano entre os nove integrantes da cúpula do Creative Commons - o conjunto de licenças que permite a um artista licenciar parte de seus direitos autorais. Participa de uma pesquisa internacional chamada Open Business. Integrou o corpo de fundadores da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro em 2002.
Autor, dentre outros, do livro Direito, Tecnologia e Cultura, do livro Tecnobrega: O Pará Reinventando o Negócio da Música, e de diversos outros artigos em publicações nacionais e internacionais. Membro da Comissão de Comércio Eletrônico indicada pelo Ministério da Justiça. Foi também professor convidado no Centre for Brazilian Studies, em Oxford. Apontado pela revista Superinteressante como um dos novos pensadores do século 21[9].
Foi curador do TIM Festival entre 2005 e 2008. Fez parte do júri do Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia em 2009. É curador da Enciclopédia de Arte & Tecnologia do Itaú Cultural. Escreve semanalmente para a Folha de S.Paulo e mensalmente para a Revista Trip, além de contribuir para outras publicações como a revista Foreign Affairs, Bravo! e Harper´s Bazaar.
Lemos foi um dos principais criadores do Marco Civil da Internet[6], projeto de lei para regular a internet brasileira protegendo direitos civis, privacidade e a neutralidade da rede.[10] O processo de redação do projeto de lei foi coordenado pelo Ministério da Justiça em parceria com o Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV, à época dirigido por Lemos.
Em janeiro de 2011 Lemos tornou-se professor visitante da Universidade de Princeton, afiliado ao Center for Information Technology Policy (Centro para Políticas da Sociedade da Informação).[11]
Foi nomeado em 1 de fevereiro de 2012 conselheiro membro do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, coordenado pelo Ministério da Justiça. Foi nomeado pela Câmara dos Deputados em junho de 2012 como um dos membros titulares do Conselho Nacional de Comunicação, órgão criado pelo artigo 224 da Constituição Federal, com atribuição de elaborar estudos, pareceres e recomendações, entre outras solicitações dos parlamentares, sobre temas relacionados à comunicação, mídia e liberdade de expressão. Sua nomeação aconteceu como representante da sociedade civil, tendo como suplente o ex-ministro da cultura Juca Ferreira.
Lemos foi um dos co-autores do Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT) comissionado pelo BNDES e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).[12] O plano foi elaborado pelo escritório de advocacia PNM Advogados (do qual Lemos era sócio à época), a consultoria McKinsey e o CPQD. Lemos foi responsável pelo capítulo tratando de aspectos regulatórios do plano, inlcuindo telecomunicações, proteção de dados e outros temas pertinentes a IoT. O plano foi publicado em maio de 2018 no 'site do BNDES.[13]
É professor visitante na Universidade Columbia, nomeado em janeiro de 2017.[14] Foi pesquisador visitante nas universidades de Princeton e Oxford. Foi professor titular e coordenador da área de propriedade intelectual da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro. Em julho de 2013 tornou-se pesquisador visitante do MIT Media Lab e representante da diretoria do MIT Media Lab para o Brasil. Fundador do Overmundo, pelo qual recebeu o Golden Nica do Prix Ars Electronica na categoria Comunidades Digitais. Foi presidente do iCommons de 2006 a 2008, organização voltada ao compartilhamento de conteúdo on-line.
Apresenta semanalmente na GloboNews o programa Navegador, focado em inovação, junto com Hermano Vianna e outros. Ronaldo apresentou na MTV Brasil um programa chamado Mod MTV, focando em tecnologia e tendências, que estreou no dia 25 de abril de 2011.[15]
Foi um dos 13 membros do Conselho de Comunicação Social, criado pelo artigo 224 da Constituição Federal, tendo por atribuição elaborar estudos, pareceres e recomendações, entre outras solicitações dos parlamentares, sobre temas relacionados à comunicação, mídia e liberdade de expressão. No dia 15 de julho de 2015 foi reconduzido ao Conselho de Comunicação Social para seu segundo mandato e eleito Vice-Presidente do órgão.[17] Foi também membro do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, coordenado pelo Ministério da Justiça. É curador da Enciclopédia de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural. Foi membro do Conselho de Administração de várias organizações, incluindo a Mozilla[18], Access Now[19], Stellar.org[20], Hospital Alemão Oswaldo Cruz[21], dentre outras.
Foi nomeado em 2015 um dos Jovens Líderes Globais - Young Global Leaders - pelo Fórum Econômico Mundial.[22] Ronaldo Lemos foi nomeado em novembro de 2015 como um membro (fellow) da Ashoka, organização da sociedade civil global que reconhece e apoia o trabalho de empreendedores sociais.[23]
Ronaldo Lemos é o apresentador e roteirista da série de documentários sobre tecnologia chamada Expresso Futuro, exibida pelo Canal Futura[24], Fantástico[25], Youtube e Globoplay. As duas primeiras temporadas da série foram gravadas em Nova York. A terceira temporada da série foi gravada na China, visitando mais de 10 cidades do país. A 4a temporada da série foi gravada pela internet em 2020, durante a pandemia de Covid-19. A série ganhou em 2019 o prêmio de melhor documentário pelo Festival Internacional de Televisão de Sichuan na China, o maior da Ásia.[26]
Em maio de 2020 Lemos tornou-se um dos 20 membros inaugurais do Conselho de Supervisão do Facebook (Facebook Oversight Board). Em junho de 2020 Lemos foi apontado como Professor Titular de Tecnologia do Schwarzman College da Universidade Tsinghua em Pequim, oferecendo o curso "Tecnologia e Políticas Públicas em Países em Desenvolvimento".[27]
Em 3 de janeiro de 2022 assumiu a presidência da Comissão de Tecnologia e Inovação da Ordem dos Advogados do Brasil (seccional de São Paulo).[28] Em junho de 2022 tornou-se membro do conselho de segurança do Spotify, o Spotify Safety Advisory Council, sendo o único latino-americano a integrar o corpo da equipe.[29]
↑Universidade de Princeton, Sanish & Portuguese Department (3 de janeiro de 2018). «Spanish & Portuguese Department». Princeton University Spanish & Portuguese Department