Antes da conquista da Paraíba, toda região estuarina e a costa centro–norte paraibana faziam parte do território de caça e coleta dos índios Potiguaras e Tabajaras.[5]
No IV Congresso de História Nacional, de 1950, houve a seguinte menção ao rio:
Toda essa região [da capital paraibana] é densamente povoada. Entre o Jaraguá e o Paraíba ficam Paraigoera (Parueira), Buraco de Santo′Iago, rio da Garça, Iabiru (Jaburu), e rio do Portinho. Não encontrei o Sanhauá, talvez confundido com o rio das Marés.[6][nota 1]
Características
Dos vários canais naturais do rio Paraíba na região estuarina, o Paroeira é um dos principais. Atualmente, é no Paroeira que o rio Preto deságua.[nota 2]
Caudaloso, o Paroeira é composto de águas salobras de manguezal, responsáveis pelo sustento de várias famílias ribeirinhas, por ser fonte de peixes e várias espécies de crustáceos (caranguejos, camarões etc.). Tanto ele como os canais da região estuarina têm suas margens parcialmente cobertas de florestas de manguezal, o que sugere um potencial turístico (ecoturismo) ainda inexplorado, embora o desmatamento e a poluição por lixo doméstico e industrial tenham tomado proporções preocupantes, principalmente na área urbana bayeuxense.
Na margem direita do Paroeira há várias ocupações irregulares em áreas de margens, teoricamente protegidas pela legislação.[2] Mais da metade de todos os esgotos da maior parte da área urbana dessa área é jogada direto no rio.[2]
Notas e referências
Notas
↑O Jaraguá se refere ao rio Mamanguape ou, mais precisamente, a um porto que outrora houve sobre esse rio, lugar onde se situa a atual aldeia Jaraguá.
↑Segundo relatos históricos, o rio Preto (sob o nome Tibiri) desembocava suas águas mais acima no Paraíba, na mesma altura onde hoje está a prefeitura santa-ritense. Não se sabe se mudou de curso naturalmente ou se foi canalizado por obras para se juntar ao Paroeira e, assim, permitir a urbanização de Santa Rita.
Referências
↑Biblioteca Nacional (Brazil) (1908). Annaes da Bibliotheca Nacional do Rio de Janeiro, Volumes 28-30. [S.l.]: Tipográfica. G. Leuzinger & Filhos
↑Levy Pereira (2015). «Paraigoera». Coleção Levy Pereira – Histórias do Brasil Holandês. Consultado em 2 de julho de 2017
↑Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1950). IV Congreso de história nacional [21-28 abril de 1949] Anais, Volume 4. [S.l.]: Imprensa Nacional
↑AQUINO, Aécio Villar de (1988). Filipéia, Frederica, Paraíba: os cem primeiros anos de vida social de uma cidade. [S.l.]: Fundação Casa de José Américo. 119 páginas !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
↑Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1950). IV Congresso de História Nacional (21–28 de abril de 1949), volume 4. [S.l.]: Imprensa Nacional