Nota: Se procura outros significados de Araguaia, veja Araguaia. Se procura outros significados de Tocantins, veja Tocantins (desambiguação).
A bacia hidrográfica Araguaia-Tocantins, ou simplesmente bacia do Tocantins, é uma bacia hidrográficabrasileira, quase inteiramente localizada entre os paralelos 2ºS e 18ºS e os meridianos 46ºW e 56ºW. O principal rio da bacia é o Tocantins, e seu principal afluente é o Araguaia.[1]
Sua extensão é de aproximadamente 2.500 km, desde a sua origem, na confluência do rio Maranhão com o rio das Almas (Goiás), até a foz, na baía do Marajó (Pará). Tem uma configuração alongada no sentido longitudinal, que segue os dois eixos fluviais – o Tocantins e o Araguaia – que se unem no extremo norte da bacia hidrográfica. O Tocantins desemboca no Golfão Marajoara (ou baía do Marajó),[3] logo após o rio Pará, que corre ao sul da ilha de Marajó, sendo um dos formadores do Grande Estuário da Amazônia. Considera-se o rio Pará como um canal-paraná, isto é, um braço de ligação do rio Tocantins com o delta do rio Amazonas.[4]
O relevo é considerado monótopo, com altitudes variando entre 350m e 500m, exceto nas nascentes, onde chega a mais de 1.000m. Na região de Tucuruí, as altitudes são inferiores a 10m.[5]
A bacia do Tocantins-Araguaia é a segunda em produção de energia do Brasil. A descarga média da bacia hidrográfica, em Tucuruí, é estimada em 12.000 m³/s, sendo a contribuição dos rios Araguaia e Tocantins similares, e a do rio Itacaiúnas, bastante inferior (600m³/s).[6][7]
A bacia abrange de aproximadamente 767.000km² (cerca de 7,5% do território nacional)[8][9] distribuída, principalmente entre os rios Araguaia
(382.000 km²), Tocantins (343.000 km²) e Itacaiúnas (42.000 km²), o maior contribuinte do curso inferior do Tocantins.[10]
Maior das sub-bacias, a nascente do seu tronco, o rio Tocantins, localiza-se na nascente no estado de Goiás, ao norte de Brasília. Os formadores do Tocantins são os rios Paranã e Maranhão.
O Tocantins compõe a paisagem do Planalto Central do Brasil. A vegetação de cerrado recobre 76% da sub-bacia. A área correspondente ao curso inferior do Tocantins, assim como a bacia do Itacaiúnas, é coberta pela floresta amazônica.
Após receber as águas da sub-bacia do Araguaia, a maior drenagem recebida vem da sub-bacia do Itacaiúnas.
Sub-Bacia Araguaia
A sub-bacia do rio Araguaia, com área de 86.109 km², está situada a noroeste de Goiás e abrange 49 municípios do Estado, entre eles, São Miguel do Araguaia, Crixás e Goiás Velho.
O rio Araguaia nasce na serra do Caiapó, na zona rural do município de Mineiros (GO), em um ponto situado bem próximo à tríplice divisa entre os estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e também aos limites do Parque Nacional das Emas. A nascente do rio Araguaia possui uma altitude de 850 m, sendo que o rio percorre uma extensão total de 2.115 km até desaguar no rio Tocantins, entre os municípios de Esperantina (TO) e São João do Araguaia (PA). A sua bacia de captação e drenagem totaliza 382.000 km², e os seus principais afluentes dentro do território goiano são: rio Água Limpa, rio Babilônia, rio Caiapó, rio Claro, rio Crixás Açu, rio Crixás Mirim, rio do Peixe I, rio do Peixe II, rio Pintado, rio Matrixã, rio Vermelho.
O Araguaia é navegável por cerca de 1.160 km, entre São João do Araguaia e Beleza, porém não há centro urbano importante, nesse trecho.
O clima é de natureza continental tropical, devido à sua posição continental, não sofrendo o efeito direto da confluência intertropical. Apresenta-se semiúmido com tendência a úmido caracterizando-se, segundo Köppen, no tipo Aw, de savanas tropicais, com quatro a cinco meses secos.
As características climatológicas predominantes da região são:
Precipitação média anual se situa em cerca de 1.600 mm;
Período chuvoso é de outubro a abril, com maio sendo o mês de transição para o período seco que vai de junho a setembro.
As temperaturas médias anuais na região diminuem à medida que aumenta a latitude, situando-se, para as bacias dos rios Javaés e Formoso, entre os valores de 24 e 25°C. As baixas amplitudes térmicas verificadas são devido às características topográficas da região, tipicamente de planície.
É um projeto lançado pelo governo federal, em parceria com os governos dos estados de Goiás e Mato Grosso, que visa à promoção de ações de reflorestamento e recomposição florestal, além de proteção e preservação de nascentes e do solo para que a água da bacia do Araguaia não seja contaminada. Para isso o projeto foca em atos como implantação de saneamento em cidades da região. Ainda se prevê implatação de bacias de contenção de águas de chuvas e sedimentos, terraceamento de pastagens.[11][12][13]