Ricardo Eletro

Ricardo Eletro
Ricardo Eletro
Razão social RN Comércio Varejista S.A
Empresa de capital fechado
Atividade Varejista
Gênero Privada
Fundação 1989 (35 anos) em Divinópolis  Minas Gerais
Fundador(es) Ricardo Nunes
Sede São Paulo, Brasil
Área(s) servida(s) Todo o Brasil
Proprietário(s) MV Participações
Presidente Pedro Bianchi
Produtos
Empresa-mãe Máquina de Vendas
Faturamento R$ 10 bilhões (2015)[1]
Website oficial www.ricardoeletro.com.br
Filial no Centro de Coronel Fabriciano, em Minas Gerais.

Ricardo Eletro é uma rede brasileira de varejo especializada em eletrodomésticos sediada em São Paulo, pertencente a Máquina de Vendas,[2] que é controlada pela MV Participações.[3] A primeira loja foi fundada por Ricardo Nunes em 1989 na cidade de Divinópolis, Minas Gerais.[4] Em 2017, a Ricardo Eletro tinha 701 lojas, e fechou o ano de 2019 com 290 lojas.[5] Estava presente em 17 estados brasileiros, e é líder de vendas em Minas Gerais, estado onde está seu principal Centro de Distribuição. Possuia cinco grandes centros de distribuição localizados estrategicamente para garantir a entrega de produtos em todo o Brasil.[6]

Em 2020, a empresa fechou todas as suas lojas presenciais, atualmente só funcionando como e-commerce.[7]

História

Antecedentes e primeira loja

Ricardo Nunes abriu, em 1989, sua primeira Ricardo Eletro, aos 18 anos, na cidade de Divinópolis, tendo apenas 20m². Em seus primórdios, a loja vendia somente aparelhos eletrônicos e bichos de pelúcia. Segundo Nunes,[8] ele abria seus pontos de venda em locais onde já havia concorrentes, para buscar clientes destes. Seu foco principal era a venda de produtos cobrindo qualquer oferta do Brasil, ferramenta usada até hoje.[4]

O projeto de expansão teve início em 2007, com a compra da rede de lojas Mig. Com isso, a Ricardo abriu novas lojas no estado de São Paulo e Goiás.[9]

Fusão com a Insinuante e criação da Máquina de Vendas

No dia 29 de março de 2010, a rede Ricardo Eletro juntou-se a rede de varejo Insinuante,[10] empresa fundada em Vitória da ConquistaBahia, que começou a operar em 1959, sob o comando da Máquina de Vendas.[11] Atualmente, a Ricardo Eletro é uma rede com 350 lojas, 6.000 funcionários diretos, em todos os estados do Nordeste, além de Rio de Janeiro e Espírito Santo.[2][12] Em 2016 a Máquina de Vendas anunciou que uniria todas as marcas do grupo em uma, Ricardo Eletro. Assim, gradativamente desapareceram as bandeiras Lojas Insinuante, City Lar, Eletro Shopping, Clique Eletro, Salfer.[13]

Em agosto de 2018, a Ricardo Eletro entrou com uma ação na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais. Em janeiro de 2019, o pedido foi aceito e foi concedido à empresa um valor de 1,9 bilhão para recuperação.[14] A Máquina de Vendas, dona da Ricardo Eletro, é controlada pela MV Participações que, por sua vez, está sob o comando do Fundo de Investimentos em Participações (FIP).[3][15]

Devido à reestruturação da empresa, Ricardo Nunes, fundador da varejista especializada em eletrodomésticos, e familiares deixaram de fazer parte do quadro de acionistas do grupo, e também de sua administração.[15][16]

Sob nova direção

Em julho de 2020, o fundador da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes, e sua filha Laura Nunes foram presos sob a acusação de terem sonegados mais de R$ 400 milhões de impostos no estado de Minas Gerais ao longo de mais de cinco anos. Houve um mandado de prisão em aberto para o diretor superintendente da Ricardo Eletro, Pedro Daniel Magalhães, em Santo André (SP), porém teve o mandado revogado, assim como Laura Nunes[17]. De acordo com as investigações, o fundador Ricardo Nunes cobrava normalmente o imposto dos consumidores, embutido no preço dos produtos, mas não fazia o repasse ao estado.[18][19] Em nota oficial publicada no próprio site da empresa, a Ricardo Eletro informou que os problemas envolvidos nesse processo não possuem vínculo nenhum com a atual gestão da empresa, sendo todos referentes a gestão de Ricardo Nunes e anteriores ao ano de 2019[20].

Atualmente

Atualmente está com 5 lojas físicas no estado de Minas Gerais, onde foi fundada, em pleno funcionamento e atendendo a todos os demais estados pelo e-commerce, e tem plano de expansão para atingir 25 lojas físicas no Sudeste até o final de 2023.

Referências

  1. Line, A. TARDE On. «Máquina de Vendas vai unificar marcas». Portal A TARDE. Consultado em 20 de julho de 2020 
  2. a b Line, A. TARDE On. «Máquina de Vendas vai unificar marcas». Portal A TARDE. Consultado em 20 de julho de 2020 
  3. a b Minas, Estado de; Minas, Estado de (8 de julho de 2020). «Correção: Lojas Ricardo Eletro afirma que Ricardo Nunes não é mais acionista». Estado de Minas. Consultado em 20 de julho de 2020 
  4. a b Mateus, Leopoldo (1 de abril de 2010). «Ricardo Nunes: "Aprendi vendendo mexerica"». Época. Globo.com. Consultado em 13 de fevereiro de 2014 
  5. FERREIRA, Rosenildo Gomes (21 de abril de 2017). «Gigante do varejo brasileiro renegocia dívidas com bancos». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de abril de 2017. Cópia arquivada em 21 de abril de 2017 
  6. «Ricardo Eletro e Insinuante criam nova gigante do varejo». G1. Globo.com. 29 de março de 2010. Consultado em 13 de dezembro de 2014 
  7. «Como rede Ricardo Eletro foi de 1.200 lojas e 28 mil empregados à falência». economia.uol.com.br. Consultado em 13 de janeiro de 2023 
  8. «Lojas Ricardo Eletro afirma que Ricardo Nunes não é mais acionista». Portal GMC Online. 8 de julho de 2020. Consultado em 20 de julho de 2020 
  9. Sobral, Isabel (10 de outubro de 2007). «Cade aprova compra das Lojas Mig pela Ricardo Eletro». Estadão. Grupo Estado. Consultado em 1 de abril de 2015 
  10. «Fusão de Ricardo Eletro e Insinuante é bem recebida, mas analistas dizem que gestão será um ...». O Globo. 29 de março de 2010. Consultado em 20 de julho de 2020 
  11. «Máquina de Vendas compra rede Eletro Shopping e retoma 2ºlugar no varejo». Estadão. 2 de julho de 2011. Consultado em 12 de dezembro de 2014 
  12. «Pedro Bianchi (Ricardo Eletro): É melhor menos direitos do que desemprego» 
  13. 3, Editora. «Máquina de Vendas será apenas Ricardo Eletro - ISTOÉ DINHEIRO». istoedinheiro.com.br. Consultado em 1 de janeiro de 2017 
  14. «Justiça homologa plano de recuperação extrajudicial da Máquina de Vendas». G1. Globo.com. 10 de janeiro de 2019. Consultado em 16 de maio de 2019 
  15. a b «Correção: Lojas Ricardo Eletro afirma que Ricardo Nunes não é mais acionista». economia.uol.com.br. Consultado em 20 de julho de 2020 
  16. Padrão, Consumidor Moderno-Grupo (4 de dezembro de 2018). «Máquina de Vendas se prepara para trocar de presidente e iniciar reestruturação - Novarejo». Consumidor Moderno. Consultado em 20 de julho de 2020 
  17. «Fundador da Ricardo Eletro e a filha são presos acusados de sonegação de imposto». G1. Consultado em 9 de julho de 2020 
  18. «Fundador da Ricardo Eletro é preso em SP em operação contra sonegação fiscal em MG». G1. Consultado em 8 de julho de 2020 
  19. «Dono da Ricardo Eletro é alvo de operação contra sonegação de R$ 400 mi em impostos em MG». Época Negócios. Consultado em 9 de julho de 2020 
  20. «Comunicado». www.ricardoeletro.com.br. Consultado em 9 de julho de 2020 

Ligações externas

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