Assim como no ano anterior, as agremiações se dividiram entre entidades representativas diferentes. Com isso, foram realizados três desfiles de escolas de samba. Em seu terceiro ano no carnaval, o Império Serrano conquistou o tricampeonato do Desfile Oficial, organizado pela Federação Brasileira de Escolas de Samba (FBES). A escola realizou um desfile sobre a Batalha Naval do Riachuelo.[1]
Os Lenhadores ganharam a disputa dos frevos. Decididos de Quintino foi o campeão dos ranchos. Tenentes do Diabo conquistou o título do concurso das grandes sociedades. O Bloco Arsenal da Marinha venceu o concurso das repartições públicas.[3]
No carnaval de 1950, foram realizados três desfiles de escolas de samba. Agremiações tradicionais como Portela e Mangueira não aceitavam se filiar à Federação Brasileira de Escolas de Samba (FBES) enquanto a mesma fosse presidida por Irênio Delgado, torcedor declarado do Império Serrano. A União Geral das Escolas de Samba do Brasil (UGESB) não recebia verba da Prefeitura, por ter ligação com o Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que dificultava a realização dos desfiles das escolas filiadas. A solução encontrada foi fundar uma nova entidade, a União Cívica de Escolas de Samba (UCES). Numa tentativa de esvaziar a UGESB, o poder público apoiou a criação da UCES, garantindo a subvenção oficial para as escolas filiadas à nova entidade.[4][5]
Federação Brasileira de Escolas de Samba
O concurso organizado pela FBES ficou conhecido como "Oficial" por obter apoio e subvenção pública da Prefeitura do Distrito Federal do Brasil. O desfile foi realizado a partir das 20 horas do domingo, dia 19 de fevereiro de 1950, na Avenida Presidente Vargas.[6][7]
O Império Serrano foi tricampeão do "Desfile Oficial", atingindo a marca de três títulos conquistados nos seus três primeiros carnavais. A escola realizou um desfile sobre a Batalha Naval do Riachuelo. Presidente da FBES, Irênio Delgado participou do desfile como componente.[8]
O concurso organizado pela UCES também ficou conhecido como "Oficial" por obter apoio e subvenção pública da Prefeitura do Distrito Federal do Brasil. O desfile foi realizado no domingo, dia 19 de fevereiro de 1950, na Praça Mauá.[6]
Julgadores
A comissão julgadora foi formada por Bernardo Cruz; Claudionor Rocha; Craveiro Júnior; Cristóvão Freire; Luiz Augusto; e Pires da Silva.[9]
Classificação
Estação Primeira de Mangueira foi a campeã, conquistando seu sexto título no carnaval carioca. A escola apresentou o enredo "Plano Salte - Saúde, Lavoura, Transporte e Educação", sobre o programa econômico lançado pelo governo brasileiro do presidente Eurico Gaspar Dutra com o objetivo de estimular e melhorar o desenvolvimento dos setores de saúde, alimentação, transporte e energia por todo o Brasil. Assim como no ano anterior, a Portela ficou com o vice-campeonato.[10][1][2]
O concurso organizado pela UGESB ficou conhecido como "Não-Oficial" por não obter o apoio e a subvenção pública da Prefeitura do Distrito Federal do Brasil. O desfile foi realizado no domingo, dia 19 de fevereiro de 1950, na Praça Onze.[11][6]
Classificação
Pela primeira vez, Prazer da Serrinha e Unidos da Capela foram campeãs do carnaval carioca. As duas escolas empataram em primeiro lugar. Outras cinco escolas empataram na segunda colocação.[1][2]
Araujo, Bernardo (2015). O Prazer da Serrinha: Histórias do Império Serrano 1.ª ed. Rio de Janeiro: Verso Brasil. 206 páginas. ISBN978-85-62767-17-3
Bastos, João (2010). Acadêmicos, unidos e tantas mais - Entendendo os desfiles e como tudo começou 1.ª ed. Rio de Janeiro: Folha Seca. 248 páginas. ISBN978-85-87199-17-1
Cabral, Sérgio (2011). Escolas de Samba do Rio de Janeiro 3.ª ed. São Paulo: Lazuli; Companhia Editora Nacional. 495 páginas. ISBN978-85-7865-039-1