Criada em princípio como forma de impedir o depósito de lixo nuclear provindo do funcionamento da Usina Nuclear de Angra dos Reis, foi uma das primeiras Reservas Biológicas do Brasil.[3] Habitada por índios, a região pertenceu à Casa da Torre. Posteriormente foi adquirida pelo capitão João Rodrigues de Moraes, no final do século XVIII. Em 1849, a serra foi o refúgio dos rebeldes da Revolta Praieira.
Características
A reserva localiza-se às margens da PE-360 entre Ibimirim e Floresta, e a 16 km da BR-110/316 (Reta do Mirim) entre as cidades de Ibimirim e Petrolândia. Segundo a lei que rege as reservas biológicas, a visitação ao local não é permitida, só é autorizada para fins educativos e de pesquisa científica. Seu território encontra-se totalmente demarcado.
A fiscalização precária permite acesso à Reserva sem o devido controle necessário, possibilitando a ação de caçadores dentro da área de preservação, o que deveria ser objeto de preocupação dos órgãos competentes.
O lixo depositado pelos visitantes, a extração de mel, a captura de aves silvestres para comércio ilegal, entre outros pontos críticos, ameaçam seriamente à preservação desta reserva.
O desmatamento no entorno da reserva para prática da agricultura, a extração da caatinga e o uso abusivo de agrotóxicos também representam ameaças à fauna e flora não só da reserva, mas de toda a sua área de influência direta.
A falta de uma fiscalização ostensiva também propicia a prática de outras atividades ilegais, como o uso da área de preservação para o plantio de maconha, conforme já foi constatado em uma dada ocasião pela Polícia Federal.
↑Marcos Antônio Reis Araujo, Cleani Paraíso Marques, Rogério Fábio Bittencourt (2012). NEXUCS (organização), ed. Unidades de Conservação no Brasil: O caminho da Gestão Para Resultados. São Carlos, SP: RIMA. 536 páginas. ISBN978-85-7656-236-8 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)