Primeiro Concílio de Braga

Primeiro Concílio de Braga
Primeiro Concílio de Braga
Ilustração do Primeiro Concílio de Braga no Codex Vigilanus
Data 1 de Maio de 561 - 563
Aceite por Catolicismo
Concílio seguinte Segundo Concílio de Braga
Convocado por Papa Paulo III
Presidido por Martinho de Dume
Afluência 255
Tópicos de discussão Condenação de doutrinas maniqueísta.
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O I Concílio de Braga (em latim, Concilium Bracarense Primum, "Primo Concílio de Braga") foi um concílio plenário católico, calcedoniano, que teve lugar na cidade homónima do Norte de Portugal (então capital do reino dos Suevos), entre 1 de Maio de 561 e 563, onde esteve presente o rei Ariamiro, tendo sido presidido por Lucrécio[1], bispo titular de Braga. A ele acudiram os bispos do então Reino da Galécia, que havia incorporado partes da antiga Lusitânia:

Teve o apoio do Papa João III, e declarou anátema todos aqueles que acreditassem em doutrinas de tipo maniqueísta, como os priscilianistas.

Ligações externas

Ver também

Notas

  1. À semelhança de muita da antroponímia que encontraríamos comum na Galécia, aparenta ser nome de origem celta. É inicialmente referenciado como "Coitus", e "Scottus", o que são tidos como erros, já que no fim da ata surge mencionado em seu lugar "Cottus", antroponímico que encontramos, por exemplo, previamente registrado por Júlio César em "Commentarii de Bello Gallico" atribuído a um político gaulês, celta, cujo oponente eleitoral seria apoiado por César, contra o qual se voltaria. Encontramos outro Cottus da tribo dos Bastarnas,[2] que são frequentemente identificados como celtas. Também encontrado na mitologia grega, civilização em frequente contacto com os celtas. Outras variações são encontradas, por exemplo, no Regnum Cottius, reino celta alpino. Já Scottus, seria também ele um nome celto-romano, primeiro registrado no século IV, inicialmente um gentílico referente sobretudo aos celtas da actual Grã-Bretanha, como os que migraram para a Britónia galécia [3] e vindo a ser nome de vários celto-cristãos como Clemente Escoto (séc. VIII), Sedúlio Escoto e João Escoto Erígena (séc. IX), Mariano Escoto (séc. XI), etcétera.

Referências

  1. Os limites das dioceses suevas de Bracara e de Portucal, Jorge Alarcão, Professor Catedrático Aposentado da Faculdade de Letras de Coimbra. Membro do Centro de Estudos de Arqueologia, Artes e Ciências do Património. Portvgalia, Nova Série, vol. 36, Porto, DCTP-FLUP, 2015, pp. 35-48
  2. «Titus Livius (Livy), The History of Rome, Book 40, chapter 57». www.perseus.tufts.edu (em inglês). Consultado em 7 de novembro de 2024 
  3. «Scot | Etymology of the name Scot by etymonline». www.etymonline.com (em inglês). Consultado em 29 de outubro de 2024 
  4. Costa, Miguel. «De realezas gallegas y monarcas suevos (y III)». www.celtiberia.net (em espanhol). Consultado em 10 de outubro de 2024 
  5. «Historial». www.bensculturais.com. Consultado em 10 de outubro de 2024 
  6. Borges, Nelson Correia (1984). «Lucêncio, Bispo de Conimbriga, e as origens do mosteiro de Lorvão». ISSN 0084-9189. doi:10.14195/1647-8657_23_10. Consultado em 10 de outubro de 2024 
  7. Livermore, Harold. «Reis suevos e a Igreja de São Martinho na formação de Portugal» (PDF). Os Reinos Ibéricos na Idade Média. [S.l.: s.n.] p. 454 
  8. Koch, John T. (2006). «Britonia». Celtic Culture: A Historical Encyclopedia. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 291 
  9. Synodus Bracarensis prima, Ata do primeiro concílio de Braga em Latim
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