A ocupação europeia de Porto de Pedras aglutinou-se em torno da sede da missão franciscana na chamada "Alagoas Boreal", estabelecimento dedicado à catequese dos Potiguares. Essa missão contava com o apoio de Christoffer Linz e seu irmão Sibad Linz que combatiam os indígenas da região. Mortos os guerreiros indígenas em combate, as suas mulheres e crianças eram conduzidas para a missão de Porto de Pedras.
Posteriormente, no contexto da segunda das Invasões holandesas do Brasil, as tropas luso-espanholas ergueram um pequeno forte destinado à defesa de Porto Calvo, visando dificultar o acesso de embarcações inimigas através do lagamar da Rateia penetrar e da ria de Porto de Pedras, e daí subir o rio até defrontar a colina fortificada de Porto Calvo, a cerca de quarenta e dois quilômetros de distância, rio acima.
Durante o conflito, a posse de Porto de Pedras alternou-se entre luso-espanhóis e neerlandeses. A primeira ocupação neerlandesa de Porto de Pedras registrou-se a 14 de maio de 1633, quando a partir do lagamar da Rateia a artilharia da esquadra fez fogo sobre a povoação e destruiu várias embarcações portuguesas ali ancoradas. Tendo oferecido resistência ao desembarque inimigo, a povoação foi incendiada pelos defensores, que se refugiaram em seguida pelos engenhos do interior ou em povoados vizinhos. Com a reconquista definitiva de Porto Calvo pelos portugueses, Porto de Pedras foi reconstruída.
Por alvará–régio datado de 5 de dezembro de 1815, Porto de Pedras foi elevada à categoria de vila, desmembrada de Porto Calvo. Em 14 de abril de 1817, durante a Revolução Pernambucana, as forças governamentais vindas da Bahia sob o comando do capitão Manuel Duarte Coelho, atacaram as posições rebeldes em Porto das Pedras. Os revoltosos eram comandados por José Mariano, que tinha sido designado governador civil e militar de Alagoas. O combate durou 4 horas até que as forças de Mariano debandaram, sendo perseguidas tenazmente pelas tropas governamentais. Com mais esta vitória as forças legalistas prosseguiram a sua avançada em direção ao Recife. Em 1864 Porto de Pedras perdeu a sua autonomia ao ser anexada a Passo de Camaragibe. Readquiriu a sua emancipação em 1868, mas apenas pela Lei 903 em 1921, tornou-se município.
Clima
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1963, 1977 a 1980, 1986 a 1989 e a partir de 1993, a temperatura mínima recorde registrada em Porto de Pedras foi de 15,8 °C em 30 de agosto de 1963,[5] e a maior atingiu 33,6 °C em 6 de março de 2013.[6] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 188,9 milímetros (mm) em 1° de agosto de 2000. Outros acumulados iguais ou superiores a 150 mm foram: 177,3 mm em 5 de março de 2002, 169,8 mm em 21 de maio de 2017, 169,4 mm em 30 de março de 2016 e 159,3 mm em 10 de junho de 1980.[7] Junho de 2004, com 641,1 mm, foi o mês de maior precipitação, seguido por maio de 2017 (585,3 mm).[8]
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[9] recordes de temperatura: 01/01/1961 a 10/11/1963, 01/01/1977 a 31/12/1980, 01/01/1986 a 31/03/1989 e 01/01/1993-presente)[5][6]
↑IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
↑«Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
↑«Ranking IDHM Municípios 2010». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 14 de janeiro de 2020