Os plátanos são árvores do gênero Platanus, da famíliaPlatanaceae, as quais são nativas da Eurásia e da América do Norte. São típicas dos climas subtropical e temperado. No geral, são árvores de interesse ornamental, podendo atingir entre 40 e 50 metros de altura. Elas são comuns em florestas temperadas e subtropicais. Possuem folhas lobadas semelhantes às do bordo, que ficam avermelhadas no outono antes de caírem no inverno, diferenciando-se, porém, dos bordos pelas flores reunidas em inflorescências globosas, em contraste com os amentos presentes nos bordos, e também pela ausência de resina nos plátanos, entre outras diferenças estruturais menores.
O género Platanus compreende dez espécies e vários híbridos, cultivados para fins ornamentais. Os exemplares mais antigos deste grupo datam do Cretácico (ca. 115 milhões de anos).
Muitas vezes, crê-se que a folha do plátano é a que está simbolizada na bandeira do Canadá. No entanto, a folha ilustrada é a de bordo vermelho; a confusão ocorre devido à semelhança física entre elas. As duas árvores pertencem a gêneros diferentes: plátano (Platanus) e bordo (Acer).
As mudas são feitas por sementes que passam todo o inverno na árvore só estão maduras quando começam a se dispersar, soltar do ouriço ou por estaquia, galhos cortados da árvore no inverno com cerca de 20 cm, antes de colocar na terra (substrato arenoso) aconselha-se deixar uma noite numa solução com enraizador.
O mês de Julho é propício à propagação do plátano por estaquia.
Detalhe: o plátano desenvolve-se muito rápido.
Etimologia
"Plátano" originou-se do gregoplátanos, pelo latimplatanu.[1]
História cultural
Mitologia grega
Em lendas e tradições gregas, o plátano era associado às ninfas, em particular à personificação de Helena e a eventos da Guerra de Troia. Platanê era uma palavra que no dialeto espartano significava "ninfa", e na ilha de Lesbos uma inscrição denomina uma ninfa de Plataneis. Segundo Pausânias, um culto dórico na ilha de Rodes adorava a Helena Dendritis (Helena das Árvores). No poema de TeócritoEpitalâmio a Helena, são-lhe feitas oferendas sob um plátano:[2]
"E uma redação dórica seja escrita na casca para aquele que passa notar,
“Eu sou a árvore de Helena; adora-me.”"
A Academia, fundada por Platão em Atenas, foi estabelecida nos campos dedicados a Academo, herói grego que teve participação em um resgate de Helena. Os relatos indicam que abundavam plátanos no local. Devido a isso, Tímon de Flios realizou um trocadilho com o nome de Platão em seus versos:[2]
"Um peixe-plano liderava todos eles, mas este era um que falava,
e que voz doce nisso! Em seus escritos, ele combina com as cigarras,
derramando suas músicas liriais da árvore de Academo."
Platão teria feito recurso poético ao mito de Helena e referência à própria Academia em seu diálogo Fedro, quando põe Sócrates sentado sob essa árvore na introdução. Segundo Andrea Capra, Sócrates considerou-a uma deusa que figura a própria presença física da Helena: "Juro a você - mas por quem, por quem entre os deuses? Que tal este plátano aqui?". Segundo Capra, referências à estátua erigida a Sócrates na Academia após sua morte e, posteriormente, à de Platão, indicam que elas teriam sido postas sob um plátano.[2]
Por causa de Platão, a árvore também desempenhou um papel importante no cenário do De Oratore de Cícero. Além da Academia de Platão, as árvores também forneceriam a sombra sob a qual a escola de Aristóteles era mantida.[3]
Um relato de Heródoto indica que Xerxes, a caminho de Sardis em sua marcha à invasão da Grécia, pousou sob um plátano e ofereceu-lhe ornamentos de ouro de presente, além de designar um guardião para nela ficar de posto para sempre. Isso posteriormente inspirou a composição de HandelOmbra mai fu.[6]
↑Naumann, Helmut (2007). "Die Platane von Gortyna". In Kämmerer., Thomas Richard (ed.). Studien zu Ritual und Sozialgeschichte im Alten [Orient / Studies on Ritual and Society in the Ancient Near East. Tartuer Symposien 1998–2004]. De Gruyter: Berlin. p. 207–226.