A altitude da sede é de 160 metros, e o ponto culminante do município é a Pedra Bonita, com 797 metros de altitude. O clima é do tipo tropical com chuvas durante o verão e temperatura média anual em torno de 23,5 graus Celsius, com variações entre 18°C (média das mínimas) e 31°C (média das máximas).[7]
"Pirapetinga" deriva do tupi antigopirápitinga, que significa "peixes pintados" (pirá, "peixes" + piting, "pintados" + a, sufixo substantivador).[8] Em alusão à etimologia, o brasão da cidade apresenta, como um de seus elementos, um peixe pintado.
História
Supõe-se que os primeiros habitantes da região onde localiza-se hoje Pirapetinga foram os índiospuris. A colonização de origem europeia da área onde hoje se encontra Pirapetinga iniciou-se em 1850 com a chegada de dona Ana Luíza de Assis Silveira, viúva de Manoel João da Silveira, que tomou posse, através de herança deixada pelo seu marido, de parte das terras que formavam a antiga Sesmaria Solidão. Estas posses iam dos contrafortes da Serra Bonita (no Estado do Rio de Janeiro) às terras além do Rio Pirapetinga. À margem oposta do rio Pirapetinga, dona Ana Luíza fixou moradia, mandando construir, em seguida, uma capela dedicada a Santa Ana, onde foi rezada a primeira missa por ocasião de seu aniversário.
Pouco depois, formou-se um núcleo de doze casas próximo à sua residência chamado depois de Sant'Anna do Pirapetinga, onde vieram morar alguns dos seus familiares. Em 1860, chegaram os primeiros posseiros que requereram sesmarias, entre os quais o alferes Gabriel Ferreira de Souza e Antônio Vieira de Souza, que adquiriram terras na Fazenda do Engenho, montando a primeira máquina de beneficiar arroz e café e a primeira serraria. Durante todo o século XIX, a economia da zona da mata mineira girou em torno da produção de café, movida por mão de obra escrava.[9] Mais tarde, uma das herdeiras de Antônio Vieira, dona Pulcena, doou um terreno para a construção da Estrada de Ferro Leopoldina. Nesta época, o então Arraial de Sant'Anna do Pirapetinga deu impulso ao seu desenvolvimento com a instalação de um ramal ferroviário, o Ramal de Pirapetinga, provocando o surgimento de um grande movimento comercial no arraial, concentrando, inclusive, atividades comerciais das localidades adjacentes.
Em função disto, em 1864, Sant'Anna do Pirapetinga foi elevado à condição de distrito do município de Leopoldina. Em 1877, houve uma tentativa frustrada, por questões políticas, de promover a emancipação do distrito. Tempos depois, com a construção de vários ramais ferroviários às cidades vizinhas, Sant'Anna do Pirapetinga deixou de ser o centro comercial e de escoamento da produção, tendo, então, o seu progresso quase que paralisado. O transporte ferroviário entrou definitivamente em declínio com a construção da Rodovia BR-393, que absorveu, praticamente, toda a demanda produtiva da região a qual esta servia, contribuindo para a desativação e extinção do ramal que cortava a cidade nos anos 1960. [10] Em 1938, pelo Decreto-Lei nº 148 de 17 de dezembro, Sant'Anna do Pirapetinga foi elevado à condição de município com a denominação de Pirapetinga. Em 1949, houve a criação do distrito de Caiapó, por ocasião da revisão governamental para o quinquênio 1949/1953. Em 1993, pela Lei Municipal nº 845 de 21 de maio, foi criado o distrito de Valão Quente, também pertencente ao município de Pirapetinga.[11]
↑Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019
↑IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
↑«Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010