Rava e os colegas Alfredo Foni e Ugo Locatelli são os únicos jogadores a vencerem a Copa do Mundo FIFA, as Olimpíadas, o Campeonato Italiano de Futebol e a Copa da Itália. Rava e Foni, curiosamente, conseguiram o campeonato uma única vez, apesar da estadia longeva no time que é justamente o maior campeão do torneio, a Juventus. Rava também foi o último dos titulares campeões da Copa de 1938 a falecer.[1]
Carreira clubística
Rava apareceu na Juventus em 1935.[1] A equipe de Turim havia acabado de completar, em meados daquele ano, uma série de cinco conquistas seguidas no Campeonato Italiano de Futebol, entre as temporadas 1930-31 e 1934-35; Rava não chegou a fazer parte da conquista derradeira de 1934-35,[carece de fontes?] mas no ano seguinte pôde fazer parte da seleção italiana que obteve a medalha de ouro no futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 1936, quando tal competição ainda era restrita a atletas amadores.[5]
Antes do pentacampeonato, então algo inédito no torneio e só superado pelo hexacampeonato do mesmo clube entre 2012 e 2017, a Juve possuía apenas dois títulos na Serie A, tendo um a mais que o rival Torino e os mesmos dois da Internazionale e Bologna, e menos que os três do Milan, que os sete do Pro Vercelli e os nove do então recordista Genoa.[carece de fontes?] A série de conquistas ajudou o clube alvinegro a tornar-se o mais popular do país.[6]
Todavia, exatamente a partir do momento em que Rava foi integrado ao clube, as conquistas na Serie A cessaram por quinze anos.[carece de fontes?] Entre 1935 e 1950, a equipe pôde ser campeã por duas vezes, mas na Copa da Itália. Foram os primeiros títulos da equipe nessa competição. A primeira foi na temporada 1937-38, imediatamente anterior à Copa do Mundo FIFA de 1938, e foi obtida em final precisamente contra o rival Torino. A outra veio na temporada 1941-42 e serviu para ultrapassar o Toro em número de conquistas no torneio.[carece de fontes?]
No campeonato italiano, por sua vez, Bologna e Internazionale (Ambrosiana) alternaram-se nos títulos segunda metade da década de 1930; e a década de 1940 foi marcada pela interrupção ocasionada pela Segunda Guerra Mundial e pelo domínio do Grande Torino, com o rival também obtendo um pentacampeonato seguido.[carece de fontes?] Após a Guerra, Rava defendeu inicialmente a Alessandria, chegando a marcar cinco gols, todos como cobrador de pênalti, na temporada 1946-47, voltando à Juventus na temporada seguinte.[carece de fontes?] Rava só conseguiu ser campeão italiano exatamente na última temporada que fez pela Juve, em 1950,[1] na edição seguinte à última conquista em série do Torino, que em 1949 voltara a ter um título a menos (seis contra sete) que a Vecchia Signora.[carece de fontes?]
O título alvinegro de 1949-50 foi o oitavo da história do clube, também isolando-o à frente do Pro Vercelli como segundo maior campeão, deixando a Juventus a uma conquista abaixo do então recordista Genoa.[carece de fontes?] Para Rava, serviu para fazer dele o único atleta a, assim como os colegas Alfredo Foni e Ugo Locatelli, vencer essa competição e também a Copa da Itália, as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Depois da conquista, ele seguiu carreira no Novara, aposentando-se em 1952.[1]
A seleção de 1938 era considerada ainda melhor que a de 1934, com a dupla de Rava e Foni sendo vista como mais segura.[7] Eles eram precisamente os dois únicos jogadores da Juventus titulares da seleção naquela Copa. Rava foi o último dos titulares campeões de 1938 a falecer, ainda estando vivo à altura de 2005.[1] Rava esteve em todas as partidas, permanecendo mesmo após uma estreia considerada decepcionante contra os noruegueses, com ele e todo o setor defensivo tendo grande desempenho sobretudo na meia hora da final, em que a Hungria esteve na maior parte do tempo perdendo por apenas 3-2 até Silvio Piola encerrar o placar em 4-2.[8]
Após a Copa, Rava jogou outras quinze vezes pela Azzurra, doze delas até 1940, outras duas em 1942 e uma última em 1 de dezembro de 1946, em vitória por 3-2 sobre a Áustria em Milão. Na última partida, Rava atuou já como jogador da Alessandria. Não houve partidas da seleção entre 1942 e 1945,[carece de fontes?] em consequência da Segunda Guerra Mundial - conflito que também impediu que Rava eventualmente disputasse as hipotéticas Copas do Mundo de 1942 e 1946, para as quais a Itália era uma das seleções mais capacitadas a ganhar.[9]
↑ abGEHRINGER, Max. Ainda melhor que em 1934 (nov. 2005). Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 3 - 1938 França". São Paulo: Editora Abril, p. 40
↑CASTRO, Robert (2014). Capítulo IV - Francia 1938. Historia de los Mundiales. Montevidéu: Editorial Fín de Siglo, pp. 56-78