Pode ser encontrada em pradarias secas semi-desérticas, matagais e florestas perenifólias. Apesar de se alimentar e nidificar no solo, dormem no topo das árvores. A sua alimentação é constituída essencialmente por sementes intercaladas, ocasionalmente, por alguns insetos, frutos e répteis.
Características
As fêmeas medem cerca de 86 cm de comprimento e pesam cerca de 3,4 kg, enquanto os machos medem em média 2,2 m quando incluída a sua plumagem de acasalamento (107 cm quando só o corpo) e pesam cerca de 5 kg.
Os machos possuem uma plumagem iridescente azul-esverdeada. As penas superiores da sua cobertura são alongadas e ornamentadas com um padrão semelhante a um olho na parte final formando uma cauda, sendo estas as penas de demonstração utilizadas durante a corte. A plumagem das fêmeas é uma mistura de verde esbatido, cinzento e azul iridescente, em que predominam as duas primeiras. Durante a época de acasalamento destacam-se facilmente dos machos pela ausência da longa cauda, enquanto que fora da época de acasalamento podem ser distinguidas pela cor verde do seu pescoço em oposição à cor azul dos machos.
A cauda dos pavões macho (utilizada na corte das fêmeas) é um exemplo de selecção sexual, e embora tenha o nome de cauda, esta é na realidade formada pelas penas superiores da sua cobertura. A cauda propriamente dita é castanha e curta como nas fêmeas.
A sua postura é de 4 a 8 ovos que levam 28 dias a chocar. Os ovos são castanho claros e são postos um por dia, geralmente de tarde. O macho não ajuda no cuidado dos ovos e é polígamo, podendo ter até seis fêmeas.
Alterações genéticas no pavão-azul levam a algumas variações conhecidas como pavão-branco, pavão-de-ombros-negros[1] e pavão-arlequim (resultado do cruzamento do pavão-branco e pavão-de-ombros-negros). O pavão-branco não é albino[2], uma vez que o albinismo afeta o indivíduo todo, no caso do pavão branco seus olhos são azuis e não vermelhos como o esperado de animais albinos, ao invés o pavão-branco possui uma condição genética chamada de leucismo.[3]
↑van Grouw, H. & Dekkers, W. 2023. The taxonomic history of Black-shouldered Peafowl; with Darwin’s help downgraded from species to variation. Bulletin of the British Ornithologists' Club, 143(1): 111–121. https://doi.org/10.25226/bboc.v143i1.2023.a7