Paula Moreno Paro Belmonte (São Paulo, 23 de junho de 1973) é uma empresária e política brasileira filiada ao Cidadania.[2] Atualmente exerce o mandato de deputada distrital pelo Distrito Federal. Foi Deputada Federal[3] de 2019 a 2022, quando chegou a ocupar a vice-liderança da bancada. Ela foi membro das Frentes Parlamentares Evangélica (FPE), Agropecuarista (FPA),Ambientalista e Contra a Legalização do Aborto. Também foi vice-presidente da CPI do BNDES e seu desempenho chamou a atenção da grande imprensa. Integrou a Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária, que deu início à discussão do tema.
Paula é casada, mãe de seis filhos e cristã. Sua entrada na política foi motivada pela tragédia pessoal de 2014, quando seu filho de dois anos sofreu um acidente fatal. Em homenagem a ele, Paula e seu marido fundaram um instituto voltado para oferecer oportunidades a crianças, promovendo o desenvolvimento nas áreas de artes, música e computação.[4]
Atualmente, o Instituto AMPB atende em duas localidades em Brasília: na Vila Planalto, a apenas 3 km do Congresso Nacional, e na região administrativa do Sol Nascente, a maior favela horizontal da América Latina. Desde sua chegada à política, Paula tem se dedicado à defesa de três pilares fundamentais: a proteção de crianças e adolescentes, a geração de empregos por meio da liberdade econômica e o combate à corrupção.[5]
Seu trabalho no Congresso Nacional a destacou como uma das principais parlamentares entre 2019 e 2022. Entre suas conquistas, está a aprovação de diversas leis em defesa das crianças, o que lhe rendeu a Medalha do Amigo da Primeira Infância, concedida pela Câmara Federal. Esta foi a primeira vez na história que um parlamentar recebeu essa honraria, que normalmente é destinada a entidades e indivíduos que atuam em prol da causa infantil.
Paula Belmonte se destaca como uma das parlamentares que mais investe em educação no Distrito Federal. Em 2024, o Complexo da Primeira Infância na Universidade de Brasília (UnB), foi inaugurado com recursos de emendas parlamentares do seu mandato federal e distrital.
O Complexo da Primeira Infância da UnB compreende o Centro de Educação Infantil(Cei/creche) do campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB), inaugurada em 2024; a Unidade da Criança e do Adolescente (UCA) do Hospital Universitário (HUB), também inaugurada em 2024; e o Centro de Pesquisa para estudantes dos cursos de Ciências da Saúde, que está em construção.
Paula Belmonte se declara como uma parlamentar independente e faz oposição ao GDF e ao governo federal, podendo apoiar ou não iniciativas de ambos, conforme seu entendimento. Em 2022, não concorreu à reeleição como deputada federal e sim à representação na Câmara Legislativa do Distrito Federal, elegendo-se deputada distrital (o que corresponde a um Deputado Estadual, em relação aos demais estados federativos do Brasil).
Política
Paula Belmonte se candidatou pela primeira vez a um cargo público nas eleições de 2018 e com 46.069 votos foi uma das oito pessoas eleitas para a Câmara de Deputados pelo Distrito Federal.[5]
Dentre as principais votações no congresso, Paula votou a favor nas seguintes pautas: na MP 867 (que segundo ambientalistas alteraria o Código Florestal anistiando desmatadores);[2] na MP 910 (conhecida como MP da Grilagem);[6] criminalização de responsáveis pelo rompimento de barragens;[7] PEC da Reforma da Previdência[3][8] (e também para que professores não estivessem incluídos nas novas regras da mesma);[9] PL 3723 que regulamenta a prática de atiradores e caçadores;[10] "Pacote Anti-crime" de Sergio Moro;[11] Novo Marco Legal do Saneamento;[12] o congelamento de salário de servidores públicos (2020)[13] e a autonomia do Banco Central.[14]
Paula também votou, sintonizada com o Cidadania, contra o aumento do Fundo Partidário[15] e a possibilidade de alteração[16] ou diminuição do Fundo Eleitoral.[17] Na regulamentação do novo Fundeb, Paula primeiramente votou para que a destinação das verbas fosse apenas para o ensino público,[18] mas, num segundo momento, foi a única de sua bancada a votar para que houvesse a possibilidade de que se destinassem verbas para a educação privada.[19]
Em abril de 2020, Paula criou um projeto de lei para autorizar o uso da ozonioterapia como tratamento complementar para Covid-19, mesmo sem comprovações científicas de eficácia. Marido da Paula, Luís Felipe e Jair Bolsonaro são coordenadores do Aliança pelo Brasil, partido político ainda não legalizado.[20] Após o ocorrido, Paula protestou no plenário da Câmara usando uma venda nos olhos.[21]
Em janeiro de 2021, após a executiva nacional do Cidadania declarar ser a favor do impeachment de Bolsonaro[22] e a favor da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara, Paula se reuniu com o outro candidato Arthur Lira (PP-AL), manifestando que ela não é obrigada a seguir a linha do partido e que não concorda com impeachment.[23] Em 19 de fevereiro, Paula e Josias da Vitória (ES) não seguiram a orientação da bancada do partido e votaram contra a prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL/RJ).[24]
Desempenho eleitoral
Referências
Ligações externas
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