O Palácio Beloselsky-Belozersky teve as suas origens numa casa setecentista pertencente à Princesa Beloselskaya-Belozerskaya. Em 1799, esta contratou o arquiteto Fyodor Demertsov para renovar a estrutura numa expressão neoclássica. Depois do falecimento do seu filho, o palácio passou para a viúva deste, que prontamente voltou a casar com o Príncipe Vassili Kochubey, filho do Conde Viktor Kochubey.
É dito aos turistas que Kochubey desejou que o seu palácio rivalizasse com o Palácio Stroganov, desenhado por Bartolomeo Rastrelli para aquela família no outro lado da rua. Contratou, então, o arquiteto Andreas Stackensneider e David Jensen para que estes produzissem uma réplica daquele palácio. Depois das renovações principais ocorridas entre 1847 e 1848, o palácio — completado com piano nobile, sala de concertos, pinturas de Charles-Amédée-Philippe van Loo, e igreja palaciana — adquiriu uma deslumbrante aparência rococó, o que contribuiu para que fosse comprado, em 1883, pelo Grão Duque Sérgio Alexandrovich da Rússia, filho do czarAlexandre II da Rússia, para servir de sua residência principal.
Depois do assassinato de Sérgio Alexandrovich da Rússia, em 1905, a sua viúva, Isabel Feodorovna, tomou o véu e ofereceu o palácio ao seu sobrinho, Demétrio Pavlovich da Rússia. Durante a Primeira Guerra Mundial o palácio alojou o Hospital Anglo-Russo. O Príncipe Dmitry vendeu-o nas vésperas da Revolução Russa de 1917; dois anos depois foi nacionalizado e passou a alojar um Soviet regional até 1991, quando foi designado como um centro cultural municipal. Os interiores rococó sofreram danos consideráveis durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido restaurados para o seu formato original em 1954; atualmente acolhem concertos de câmara para pequenas audiências.
Referências
Tselyadt M.P. - Dvorets Beloselskikh-Belozerskikh. São Petersburgo, 1996.