Criação da Zona de Esmirna, uma dependência de Grécia em 30 de julho de 1922, que após a derrota militar em 9 de setembro de 1922 é devolvida à República da Turquia
A ocupação foi considerada por muitos como um dos catalisadores do Movimento Nacional Turco;[1] o processo foi muito controverso, já que a principal intenção dos Aliados era contrabalançar a expansão italiana na Anatólia, antes do desembarque italiano na costa sul.[2] A expansão grega na província era consistente com a Megáli Idea ("Grande Ideia") e aos poucos estabeleceu-se localmente um movimento nacionalista turco, que acabaria por evoluir para a criação da Grande Assembleia Nacional, alinhada com a Itália.[3]
A ocupação grega de Esmirna foi um evento que teve um significado muito maior que apenas a sua importância militar. As concessões territoriais ocorridas durante este período com os cristãos gregos da Turquia foi apontada como a principal motivação para a inclusão no Tratado de Lausanne da cláusula que regulamentava a troca de populações entre os dois países, visando criar estados etnicamente homogêneos.
Notas
↑Discurso de Mustafa Kemal em Ancara, em novembro de 1919, de "Soylev ve demecler"
↑O repúdio italiano e anglo-francês ao Acordo de Saint-Jean-de-Maurienne, de 26 de abril de 1917, significou na prática que os interesses da Itália foram anulados pela ocupação grega, já que Esmirna fazia parte de um território prometido anteriormente à Itália; antes da ocupação, a delegação italiana enviada à [[Conferência de Paz de Paris (1919)|]] de 1919, furiosa com a possibilidade de ocupação grega da Anatólia ocidental, abandonou a conferência, só retornando no dia 5 de maio. Esta ausência temporária da delegação italiana acabou facilitando os esforços que visavam persuadir a França e os Estados Unidos a favorecer a Grécia e prevenir operações italianas na região.
↑Os acordos entre a Itália e os revolucionários turcos.