"Jornalistas não podem se intimidar com o berro de um general, agressões de policiais ou de quem quer que seja, mesmo que vindo de um presidente dos Estados Unidos (...) Todo jornalismo é investigativo, ou não é jornalismo. Donde se conclui que o que lemos, ouvimos e vemos todos os dias na imprensa não é jornalismo."[4]
Em maio de 2005, foi lançado o programa de rádio diário, transmitido em emissoras públicas e educacionais. Os áudios dos programas estão disponíveis no site do Observatório da Imprensa no formato de podcasts. Em fevereiro de 2016 foi ao ar o último programa inédito com entrevista a Anita Leocádia. Até março ainda foi possível assistir algumas reprises. E, depois disso, o programa não mais voltou,devido ao afastamento de Alberto Dines por motivos de saúde e nenhum substituto foi chamado.[8] Pela TV Cultura, o último programa foi ao ar em 29 de Abril de 2008, e o primeiro, em 05 de Maio de 1998. Em 2016 lançou uma campanha pedindo doações para se manter no ar, após cortes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, decisão tomada em junho pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Também foi cancelado o contrato com a Empresa Brasil de Comunicação, da TV Brasil.[9]
O Observatório defende-se dizendo que é um veículo sem pauta ou proprietário, aberto a contribuições de jornalistas, professores, executivos e empresários de comunicação de todas as tendências políticas e ideológicas[11][12], inclusive a críticos de seu suposto posicionamento ideológico[13][14].
Caso Novo Jornal
Em 2008 o Observatório da Imprensa sugeriu que o Novo Jornal sofreu empastelamento "virtual", com uso da justiça de Minas Gerais, a fim de omitir notícias negativas sobre Aécio Neves e outros políticos do estado,[15] configurado não somente pela retirada do ar do site que publicara a Lista de Furnas e prisão de seu editor, como pelo desaparecimento de seus arquivos após apreensão pela polícia civil com anuência do Ministério Público estadual.[16] A Vice investigou o caso e entrevistou diversos jornalistas em 2017, que comentaram sobre a censura em Minas Gerais.[17]