Viu os seus primeiros poemas publicados no “Juvenil”, do “Diário de Lisboa”, aos 19 anos.
Autor de canções e músico, integrou o grupo Intróito, a partir de finais dos anos 60, que participou no programa Zip-Zip e no Festival RTP da Canção mas, principalmente nos primórdios do movimento "Canto Livre", de resistência à ditadura, actuando por todo o país e também em Espanha e Alemanha, antes e depois do 25 de Abril. [2][3]
Com uma larga experiência musical e de cantautor, são centenas as obras escritas e compostas para um vasto leque de artistas de renome das quais se destacam:
“Palavras Abertas”, letra de Ary dos Santos, música de Nuno Gomes dos Santos, intérprete "Intróito” (Festival RTP da Canção, 1971);
“Esta Festa das Cidades”, letra de Nuno Gomes dos Santos e José Jorge Letria, música de Nuno Nazareth Fernandes, intérprete João Henrique (Festival RTP da Canção, 1972);
“Canti-Lena”, letra, música e interpretação de Nuno Gomes dos Santos (não editada em disco);
“Notícia”, letra, música e interpretação de Nuno Gomes dos Santos (não editada em disco);
“Tabernáculo”, letra, música e interpretação de Nuno Gomes dos Santos (não editada em disco);
“Baila a Vida na Rodinha”,letra, música e interpretação de Nuno Gomes dos Santos (não editada em disco);
“Poema Pena” letra de Nuno Gomes dos Santos, música de Nuno Nazareth Fernandes, intérprete Tonicha, prémio para a melhor letra das Olimpíadas da Canção de Atenas;
“No Dia Seguinte”, letra de Nuno Gomes dos Santos, música de Jan Van Dijck, intérprete Paulo Brissos (Festival RTP da Canção, 1993);
“Quem Te Há-de Cantar”, letra de Nuno Gomes dos Santos, música de Jan Van Dijck, intérprete Pedro Miguéis;
“E Afinal Quem És Tu”, letra de Nuno Gomes dos Santos, música de José Calvário, intérprete Helena Isabel;
“Ainda Um Jardim Aqui”, letra de Nuno Gomes dos Santos, música de José Calvário, intérprete Samuel (Comemorações do dia 10 de Junho);
“Navegar”, letra de Nuno Gomes dos Santos, música e interpretação de Samuel (não editada em disco)
“A Alegria Vinha no Jornal”, letra de Nuno Gomes dos Santos, música de José Calvário, intérprete Samuel (“hino” dos jornalistas);
“Minha Lisboa de Mim”, letra de Nuno Gomes dos Santos, música de Silvestre Fonseca, intérprete Katia Guerreiro;
“Minha Vida, Meu Amor” - autor de todas as letras daquele que é considerado o melhor trabalho discográfico de Luísa Basto, com músicas de Nuno Nazareth Fernandes e Paulo de Carvalho e orquestrações de Samuel;
Percorreu diversos palcos em todo o país e várias cidades do mundo integrando os então "Cantos Livres" em centenas de espectáculos, inicialmente com o grupo Introito e, depois, como Cantautor, antes e depois do 25 de Abril de 1974.
Integrou ainda o célebre espectáculo de 29 de Março de 1974, no Coliseu dos Recreios, o Encontro da Canção Portuguesa, marcado pela forte presença da polícia política que impediu que Zeca Afonso cantasse a maior parte do seu repertório e, curiosamente, contribuindo para uma maior enfatização de "Grândola, Vila Morena" que viria a juntar inúmeros artistas em palco, incluindo os Introito.
Nuno Gomes dos Santos fez ainda parte integrante como cantor e produtor do espectáculo de homenagem póstuma à carreira musical e à intervenção humana e social de Pete Seeger, realizado no Cinema São Jorge a 5 de Março de 2014;
Outras Actividades
Nuno Gomes dos Santos é, ainda, um interveniente activo no âmbito do movimento cultural associativista tendo, desde muito cedo, integrado, como dirigente, muitas colectividades da margem sul, nomeadamente no Concelho de Almada que é conhecida como a "Capital do Associativismo".