Naftali Bennett (em hebraico: נַפְתָּלִי בֶּנֶט; nascido em 25 de março de 1972) é um políticoisraelense que serviu como Primeiro-ministro de Israel de junho de 2021 até o final de junho de 2022.[1] Também serviu como Ministro de Assuntos da Diáspora de 2013 a 2019 e Ministro da Defesa de 2019 a 2020. Bennett chefia o partido Nova Direita (HaYamin HeHadash) desde 2018, tendo ainda, anteriormente, de 2012 a 2018, liderado o movimento Lar Judaico.[2]
Nascido e criado em Haifa, filho de imigrantes dos Estados Unidos, Bennett serviu nas forças especiais do exército israelense (o Sayeret Matkal e Maglan), onde comandou operações de combate, e depois se tornou um empresário no setor de informática. Em 1999, ele co-fundou a empresa Cyota, focada em operações antifraude e de segurança online.[3] Em 2005 a companhia foi vendida por US$ 145 milhões de dólares. Bennett serviu ainda como CEO da Soluto, um serviço de computação em nuvem israelense, vendido em 2013 por US$ 100–130 milhões.[4]
Bennett entrou na carreira política em 2006, servindo como Chefe de Gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu até 2008. Em 2011, junto com Ayelet Shaked, ele confundou o movimento extra-parlamentar Yisra'el Sheli ("Meu Israel").[5] Em 2012, Bennett foi eleito como líder do partido Lar Judaico. Nas eleições para o Knesset em 2013, seu partido ganhou doze assentos no parlamento.[6] Ele serviu no governo de Netanyahu ministro das pastas da Economia e de Serviços Religiosos de 2013 a 2015 e, de 2015 a 2019, foi ainda ministro da Educação. Em dezembro de 2018, Bennett deixou o Lar Judeu para formar o movimento Nova Direita para fazer oposição a Netanyahu.[7]
Em 2 de junho de 2021, Bennett assinou um acordo para formar um governo rotacional com Yair Lapid, onde Bennett seria o primeiro-ministro até 2023, com Lapid assumindo em seguida por mais dois anos.[8] Bennett foi empossado no parlamento israelense como chefe de governo em 13 de junho de 2021. Ele é apenas o segundo primeiro-ministro de Israel (junto com Netanyahu) que nasceu após a fundação do país.
Biografia
Bennett, nascido em Haifa, é um dos três filhos de Jim e Myrna Bennett, judeus americanos que emigraram para Israel, após terem se mudado para San Francisco após o Guerra dos Seis Dias. Frequentou a Yeshivá Yawne em Haifa. Embora os seus pais não fossem muito religiosos, envolveu-se numa organização juvenil sionista religiosa, a Bnei Akiva.[9]
Durante o período em que serviu nas Forças Armadas de Israel, integrou as unidades Sayeret Matkal e Maglan como comandante de companhia e continua a servir na reserva, no posto de Major. Em 1996, participou na ofensiva israelita contra o Hezbollah no Líbano. Em 18 de Abril, enquanto a sua unidade estava sob fogo de morteiro, apoio aéreo, que resulta no bombardeio da aldeia de Qana, que albergava um edifício das Nações Unidas e muitos refugiados, matando 102 civis e 4 capacetes azuis.
Após o serviço militar, Bennett formou-se em Direito na Universidade Hebraica de Jerusalém. Mudou-se para o Upper East Side, em Nova York para construir uma carreira como empresário de software.[10] Em 1999, ele foi um dos fundadores da "Cyota", uma empresa de software antifraude, e tornou-se seu CEO. A empresa foi vendida em 2005 para RSA Security por 250 milhões de dólares.[11]
Assim que se desfez de sua empresa de software, Bennett voltou a Israel e casou-se com Gilat, secularista que trabalhou como chef de pastelaria profissional. O casal tem quatro filhos e vive em Ra'anana.[10][12][12] Bennett é religioso praticante.[13][14][15]
Em 2012, apresentou um projecto denominado "Iniciativa para a Estabilidade de Israel", no qual defendeu a anexação imediata da Área C da Cisjordânia, que representa 63% do seu território. Em 2018, defendeu a anexação de todos os territórios palestinianos.
Opõe-se a uma solução de dois Estados. Apoiou em 2018 a aprovação da Lei da Nação-Estado Nacional do Povo Judeu.