O Museu da Diversidade Sexual (MDS) é um museu de arte brasileiro. Foi criado em 2012, pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, com o intuito de difundir e salvaguardar a memória e cultura da população LGBTQIA+ no Brasil. O museu conta com exposições de curta e média duração, com itens variados entre objetos e documentos históricos, pinturas, fotografias, vídeos e outras produções da comunidade LGBTQIA+.[3]
Recentemente, teve seu espaço físico ampliado e conta com mais de 500m² dentro da estação República da linha 3-Vermelha do Metrô de São Paulo.[4] É um dos três únicos museus com temática LGBT do mundo, juntamente com o Schwules Museum, em Berlim, na Alemanha, e o The GLBT History Museum, em San Francisco, nos Estados Unidos.[5]Além disso, disponibiliza exposições virtuais que podem ser acessadas de qualquer lugar do mundo gratuitamente pelo Google Arts and Culture.
Em 2020, quando os museus de São Paulo passaram a disponibilizar seus acervos de maneira virtual devido à pandemia de Covid-19, o MDS foi o segundo mais visitado com 2,3 milhões de acessos.[2]
História
O museu foi criado em 25 de maio de 2012, a partir do decreto 58.075 da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo como Centro de Cultura, Memória e Estudos da Diversidade Sexual do Estado de São Paulo,[6] localizado no Metrô República. É o primeiro museu na América Latina e em todo o hemisfério sul com essa temática.[7] O objetivo do museu é preservar a história e cultura da comunidade LGBT, bem como valorizar a importância da diversidade sexual na construção social e cultural no Brasil.[8] O museu foca em abrir espaço para artistas que discutem essa temática, junto ao ativismo político e legado sociocultural[9] e preservar e dilvugar a memória da cultura LGBT. Com exposições itinerantes, o museu também promove e divulga exposições em outra cidades do Estado de São Paulo e trabalha em parceria com organizações que promovem discussão contra a homofobia, como na exposição "Homofobia Fora de Moda", feita em parceria com a Casa de Criadores e a exposição "O T da Questão", em comemoração ao Dia da Visibilidade Trans, em parceria com a Secretaria da Defesa e da Justiça da Cidadania.[10]
Acervo
Seu acervo está localizado no Metrô República. É uma Organização Social que apresenta vínculo com a Assessoria de cultura para Gêneros e Etnias da secretaria da cultura de São Paulo. Foi criado com o objetivo de preservar o patrimônio sócio, político e cultural da comunidade LGBT do Brasil. Apresenta referências materiais e imateriais sobre a trajetória LGBT. Tenta passar para o público uma conscientização sobre a importância do respeito e a valorização da diversidade sexual. Suas exposições são temporárias e muito dinâmicas[11] ,já passaram por lá exposições como, "As representações LGBT na música brasileira" que foi exposta nos dias 08 e 15 de outubro de 2016,relacionando MPB e diversidade sexual.[12] "Caio Mon Amour" ,criada em homenagem aos 20 anos da morte do escritor Caio Fernando Abreu,com a importância de se reforçar a existência de autores homossexuais consagrados na literatura.[13]
- O T da Questão (30 de janeiro a 7 de abril de 2013):[14] fotos de Eduardo Moraes, sobre a cultura dos travestis, transexuais e transgêneros do Estado de São Paulo;
- Crisálidas (30 de maio a 29 de setembro de 2013):[15] fotografias por Madalena Schwartz (1921-1993), composta por retratos de transformistas, travestis e personagens do teatro underground paulista durante os anos 1970;
- Moda e Diversidade (29 de novembro de 2013 a 24 de maio de 2014):[16] a exposição explorou temas universais como o amor, representado pelas relações entre casais, heterossexuais e homossexuais, transexualidade, retratada pela modelo internacional Lea T;
- Diversidade Futebol Clube (11 de junho a 2 de novembro de 2014):[17] a exposição fala sobre a diversidade sexual dentro do futebol, os problemas que já houve com homofobia, e seu apoio hoje em dia pela diversidade;
- Darcy Penteado, o Observador Humano (29 de janeiro a 8 de maio de 2016):[18] a exposição conta a história de Darcy Penteado, sua dificuldade ao assumir sua sexualidade na época e seu orgulho por isso.
- Sonhar o Mundo (17 de maio a 27 de agosto de 2016):[19] celebra o reconhecimento da diversidade sexual e de gênero como parte dos Direitos Humanos e as lutas por igualdade ao redor do mundo;
- CAIO mon amor (11 de setembro de 2016 a 28 de janeiro de 2017):[13] a exposição fala sobre a trajetória do autor Caio Fernando de Abreu durante a sua carreira, conta suas dificuldades enfrentadas por ser um autor homossexual e do seu grande reconhecimento na área mesmo sendo uns dos únicos assumidos;
- Será que el_ é? (18 de fevereiro de 2017 a 27 de maio de 2017):[20] exposição inspirada no carnaval que faz relação histórica entre a comunidade LGBT e a maior manifestação cultural do Brasil. A ideia do nome surgiu com a letra da famosa marchinha de carnaval que foi referencia nos bailes carnavalescos dos anos 60. O objetivo da exposição aponta a importância da diversidade na construção do carnaval,uma época do ano onde muitos se sentiam a vontade para expor suas escolhas muitas vezes oprimidas durante o ano ,sem medo da opressão;[21]
- Mostra Solidão (10 de outubro de 2017 a 13 de janeiro de 2018):[22] exposição curada por Duilio Ferronato e Eduardo Besen e tendo como tema a exclusão social experienciada por jovens e idosos LGBT;[23]
- Exposição Tarja Preta (24 de janeiro de 2018 a 5 de maio de 2018):[24] exposição de fotos dos anos 1970 a 1990, com foco em artistas LGBT da época;
- Com Muito Orgulho (25 de maio de 2018 a 1º de setembro de 2018):[25] exposição de fotos da Parada do Orgulho LGBT de vários países;
- Textão (6 de novembro de 2018 a 12 de janeiro de 2019):[26] exposição de vários textos em diferentes línguas explorando a ideia do poder que a palavra tem na sociedade para elicitar mudança;
- Plural 24h (24 de janeiro de 2019 a 11 de maio de 2019):[27] mostra que aborda a vida cotidiana das pessoas LGBT, através de fotografias e desenhos;
- Devassos no Paraíso: o Brasil mostra sua cara (8 de junho de 2019 a 23 de setembro de 2019):[28] exposição em homenagem a obra homônima de João Silvério Trevisan;
Mostra Diversa
A Mostra Diversa é uma exposição que acontece a cada dois anos e dá destaque a novos artistas com a exposição de obras que exploram a ideia de diversidade sexual e de gênero.[29] A Primeira Mostra Diversa ocorreu entre 17 de junho e 20 de dezembro de 2015 e contou com um mural de fotos da série Doces Barbas, além de poesias, pinturas e outras obras sobre o tema.[30] Entre junho e setembro de 2017 ocorreu a Segunda Mostra Diversa,[31] que teve 70 obras inscritas para participação, sendo que destas, 17 foram selecionadas, incluindo ensaio da cartunista Laerte Coutinho.[29]
A Terceira Mostra Diversa ocorreu entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, e contou com 19 projetos, selecionados entre mais de cem inscrições.[32] Um dos temas principais desta Mostra foi a discriminação e violência sofrida pelo público LGBT.
Queerentena
Em 9 de abril de 2020, devido à quarentena em vigor em razão do COVID-19, o Museu da Diversidade Sexual anunciou, através de postagem no Instagram, sua primeira exibição virtual, chamada "Queerentena".[33] A chamada para inscrição ficou aberta até dia 15 de abril de 2020.[34]
A Diversidade e a Política
Apesar de existirem somente dois museus semelhantes no mundo, apenas 4% do público do seu público é composto por turistas estrangeiros.[35]
O espaço destinado à exposição da memória e da arte LGBT é importante para a disseminação da cultura, pois o tema encontra dificuldades em espaços mais tradicionais[3] e também pelo acesso tardio da cultura LGBT dentro do cenário brasileiro.[36]
Planos de expansão do Museu
Em 2014, a Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo durante a gestão do governador Geraldo Alckmin criou uma concorrência no PROAC para transferir o museu para a Residência de Franco de Melo, localizada na Avenida Paulista, a partir do Concurso de Apoio a Projetos para Restauração de Imóveis Tombados pelo Condephaat.[37][38] O projeto contemplaria área para o acervo, administrativo, café, teatro e espaço para eventos. O imóvel se encontra em condições de desgaste, sem o investimento necessário para sua manutenção, por isso o projeto precisou de revisão do escritório Hereñu + Ferroni Arquitetos, empresa que ganhou a concorrência.[39] O imóvel se encontra em litígio na justiça pelo tombamento do imóvel impossibilitou a implantação do museu neste endereço.[40] Atualmente, o imóvel ainda continua como residência particular[41] e a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo promoveu um abaixo assinado para que a Prefeitura de São Paulo desse continuidade neste projeto.[42] Todavia, o governo estadual desistiu de transferir o Museu da Diversidade Sexual para o casarão e prometeu ceder o local à um museu de gastronomia.[43]
Em dezembro de 2021, o governo do estado anunciou novos planos de expansão do museu. Dessa vez, a área na Estação República do Metrô, que atualmente é de 100 m², deverá ser ampliada para 540 m² com o investimento de R$ 9 milhões para as obras. A inauguração está prevista para julho de 2022.[4][44]
No dia 12 de abril de 2022, uma decisão da justiça de São Paulo suspendeu um contrato de cerca de R$ 30 milhões entre o governo do estado e o Instituto Odeon para a expansão do museu, anunciada pelo estado em dezembro de 2021.[45]
No dia 30 de abril de 2022, o museu foi fechado por tempo indeterminado pelo acatamento judicial de uma denúncia feita pelo deputado Gil Diniz (PL) por supostas irregularidades envolvendo a organização social que gerencia o local. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo divulgou nota dizendo que vai recorrer na justiça.[46]
Em 29 de fevereiro de 2024, o museu demitiu 12 dos 30 funcionários, deixando as áreas de educação e museologia ficaram sem nenhum profissional.[47]
Galeria
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Exposição "Será Que El_ É?"
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Acervo Museu da Diversidade Sexual
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Fachada do Museu da Diversidade Sexual
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Vitrine do Museu da Diversidade Sexual
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Acervo Museu da Diversidade Sexual
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Acervo Museu da Diversidade Sexual
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Acervo e painel explicativo
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Acervo do Museu da Diversidade Sexual
Referências
- ↑ «Museu da Diversidade Sexual em São Paulo já recebeu mais de 150 mil visitantes». 2015. Consultado em 10 de junho de 2017
- ↑ a b «Museu da Diversidade Sexual vira fenômeno de público em 2020». Veja. Consultado em 20 de dezembro de 2021
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