O município se situa na margem direita do rio Mucajaí (um dos afluentes do rio Branco), por este motivo, acabou recebendo este nome que é originário da língua indígena tupi.
A palavra "mucajaí" significa "Coco Pequeno" sendo formado pelas palavras "Mucaja" (Coco) e "í" ("Pequeno").[4]
História
A cidade sede do município é originária da antiga colôniaagrícola de Mucajaí, fundada em 1951, nomeada de Colônia Agrícola Fernando Costa.[4]
Ele foi criado pela Lei Federal Nº 7.009, em julho de 1982, com terras desmembradas da Capital do Estado.[4]
Durante o primeiro governo de Getúlio Vargas, o país estabeleceu as bases de uma política de Integração Nacional da Amazônia, buscando ampliar suas áreas de colonização sob o pretexto de preservação de sua soberania. Nesse período foi criado, através de Decreto-Lei nº. 5.812, o Território Federal do Rio Branco (que viria a se converter no Estado de Roraima), desmembrando terras do Estado do Amazonas, no dia 13 de Setembro de 1943.[carece de fontes?]
O primeiro Governador do Território Federal do Rio Branco, Ene Garcez Reis, visava promover um verdadeiro desenvolvimento agrícola. Durante uma dessas tentativas surge (na região do atual Município de Mucajaí) o nucleamento das famílias de emigrantes nordestinos, dando origem em 1951 a Colônia Agrícola Fernando Costa, atual Município de Mucajaí.[4]
Pode-se dividir a história da colonização do município em três fases:
Primeira Fase (De 1943 a 1946) – Período em que não houve apoio efetivo por parte do governo do território, é do período de experiências.
No fim de 1943, foram criadas duas colônias agrícolas destinadas ao abastecimento dos mercados da Capital de Boa Vista, a Braz de Aguiar e Fernando Costa.[carece de fontes?]
Os colonos, cerca de oito famílias (Raimundo Germiniano de Almeida, Joaquim Estevão de Araújo, Chagas “Pintor”, José Rufino de Souza (pai de Genésio), Lindolpho Braga Pires, Firmino – Primeiro enfermeiro e Caboclo “Rancho”), foram levados de barco através dos rio Branco e Mucajaí e deixados à margem direita do Rio Mucajaí, pouco acima de onde está construída a ponte sobre a BR-174.[carece de fontes?]
Com a missão de produzir gêneros agrícolas suficientes para abastecer o mercado de Boa Vista,os colonos recebiam uma área de vinte hectares. Com a finalidade de manter os colonos na localidade e fazê-los produzir os alimentos que a Capital necessitava, no dia 17 de Março de 1945, os agricultores foram indicados a assinarem um Termo de Acordo celebrado entre o Governo do Território Federal do Rio Branco, representado pela Divisão de Produção, tendo como diretor geral o senhor Valério Caldas Magalhães e o diretor da comissão daquela divisão, o senhor Joaquim Cardoso Corrêa de Miranda. Tendo em vista que uma vez por mês o Governo mandava entregar os alimentos, remédios e materiais necessários, providos pela Secretaria de Produção. Todo o material era trazido alternadamente pelos senhores Francisco Câncio da Rocha e Armando.[carece de fontes?]
O processo de colonização começou na década de 50, com a criação de três colônias agrícolas oficiais, Fernando Costa (Mucajaí), Braz de Aguiar (Cantá) e Coronel Mota (Taiano), chegando a quarenta no início de 1980. Nessas colônias desenvolvia-se uma agricultura de subsistência, itinerante e rudimentar.[carece de fontes?]
Segunda Fase (De 1946 a 1951) – É o período em que o Governo do Território dá certo apoio as famílias da colônia, traz mais famílias dando a essas, um auxilio financeiro, assentando-as no local onde hoje está localizada a sede do município.[carece de fontes?]
Mesmo com a ajuda financeira do governo, as novas famílias continuavam em sua maioria a se retirar, entre 1947 e 1948 foram trazidos mais agricultores, no entanto, todos eles abandonavam a colônia. No ano de 1949, o governo voltou a trazer colonos, desta vez apenas seis famílias permaneceram na região. De março a novembro de 1950, a colônia tinha como residentes apenas às famílias do senhor Raimundo Germiniano de Almeida e as dos recém-chegados: Leonília, José Firmino Azevedo (Congo), as dos irmãos Pedro e Aniceto Barros.[carece de fontes?]
Durante esse período é nomeado o senhor Francisco Câncio da Rocha como administrador da Colônia, e é iniciada a abra de construção da BR-174, tendo em vista a ligação da Capital com o Porto de Caracaraí.[carece de fontes?]
Terceira Fase (De 1951 a 1953) – Fase em que o governo investe ainda mais, na tentativa de concretizar de uma vez por todas, a colonização na região, onde em um curto período de tempo são trazidas 140 famílias para a colônia. É construído o grupo escolar Coelho Neto.[carece de fontes?]
Uma das bem vistas façanhas, foi a construção de prédios destinados a administração, posto medico, e estação radiotelegráfica. A conclusão da BR-174 foi o fator que mais contribuiu para a colonização da região, pois a partir daí a colônia Fernando Costa passa a funcionar realmente.[carece de fontes?]
A terceira colonização, aconteceu no governo pernambucano de Gerocílio Gueiros, sob a responsabilidade dos também migrantes: Domingos Reis, José Firmino de Azevedo e Pedro Crente. A aventura de colonização da nova terra foi de predominância masculina. A maioria dos homens, que vinham trazidos pelo governo, nos projetos de assentamento, vinham sozinhos, deixavam suas famílias em seus lugares de origem e só depois de se situarem na região é que voltavam para buscá-las.[carece de fontes?]
A vila Fernando Costa desenvolve suas atividades agrícolas de primeira necessidade para a cidade de Boa Vista e o Território Federal do Rio Branco passa de importador de produtos agrícolas para exportador, vendendo produtos como: Arroz, Milho, Farinha e Banana para a Capital do Estado do Amazonas.[carece de fontes?]
É possível notar que no início de 1953, cerca de 350 pessoas já residiam na colônia. Muitas famílias já estavam devidamente instaladas e assentadas, dentre as quais pode-se destacar as famílias de Raimundo Germiniano de Almeida, pilar da Colônia; a de Joaquim Estevão de Araújo; a de José Firmino Azevedo (Congo); a de Genésio Rufino; a de Salomão Dantas; a de Nemésio Simeão Vieira; a dos irmãos Pedro e Aniceto Vieira Barros; a de Luiz (Toco); a do ”Pemba”; a do “Caboclo Firme”; a do Chico “Amazonense”; a de Martinzinho; a do Caboclo “Chagas”; a de José Batista Garcia, cunhado de Raimundo e algumas outras não citadas, e nem por isso, menos importantes.[carece de fontes?]
Geografia
A sede municipal de Mucajaí se liga à Boa Vista, a uma distância de 58 km pela BR-174. Ela também se conecta com a Vila Iracema no sentido sul (Manaus) e ainda com o município do Alto Alegre, passando pelo interior do município, por meio da RR-325.
Subdivisão administrativa
Segue uma relação de das principais localidades não-índigenas do município e suas respectivas populações segundo o Censo de 2010.[5]
8.934 habitantes - Mucajaí (sede)
663 habitantes - Vila do Apiaú
Tamandaré - Subdividida em: Canta Galo(Serra Dourada), Lago do Manoel e Perdidos;
Samaúma - Subdividida em: Região do 'T' e Vila Nova.
Cachoeirinha.
Problemas socioambientais
Devido aos altos índices de devastação florestal, em 9 de novembro de 2023, o município de Mucajaí foi incluído na relação de municípios situados no bioma Amazônia considerados prioritários pelo governo federal para ações de prevenção, controle e redução dos desmatamentos e degradação florestal.[6]
FREITAS, Aimberê (1998). Estudos Sociais - RORAIMA. Geografia e História 1 ed. São Paulo: Corprint Gráfica e Editora Ltda. 83 páginas. ISBN34523432 Verifique |isbn= (ajuda)
DANTAS, Ernandes. A gênese de Mucajaí. [S.l.: s.n.]