Esta página ou se(c)ção precisa de correção ortográfico-gramatical. Pode conter incorreções textuais e ainda necessitar de melhoria em termos de vocabulário ou coesão para atingir um nível de qualidade superior, conforme o livro de estilo. Ajude a melhorar a redação.
Estudou no conservatório da capital, do qual mais tarde veio a ser docente, tendo como professores, entre outros, Dmitri Shostakovitch e Serguei Prokofiev.
Estreou diversas obras para violoncelo dos principais compositores contemporâneos, como a Sinfonia concertante em mi menor, opus 125, de Serguei Prokofiev, os dois concertos para violoncelo de Dmitri Shostakovich, a Sinfonia para violoncelo e a Sonata para violoncelo e piano, de Benjamin Britten.
Exílio
Rostropovitch lutou por uma arte sem fronteiras e pela liberdade de expressão, o que lhe causou uma série de constrangimentos por parte do regime soviético. Em fevereiro de 1948, era aluno de Shostakovich no Conservatório de Moscovo, quando o seu mestre foi acusado de "formalismo" e destituído das funções docentes, por decreto do governo. Em protesto contra este ato, o jovem Rostropovich abandonou o conservatório.[2] Mais tarde, em 1970, deu abrigo em sua casa ao escritor dissidenteAleksandr Solzhenitsyn. Ainda no início dos anos 70, Shostakovich caiu em desgraça por ter apoiado dissidentes soviéticos.
Juntamente com a mulher, a sopranoGalina Vishnevskaya, começaram a ter dificuldade em realizar apresentações no exterior.[3] Em 1974, o casal e os seus filhos deixaram a União Soviética, instalando-se nos Estados Unidos. Em 1978, Rostropovich viu revogada a sua cidadania na União Soviética e foi banido de todos os conjuntos que integrava na URSS, devido à sua oposição pública à política cultural do regime. Só regressaria ao seu país em 1990, quando a sua cidadania foi recuperada, durante a abertura promovida por Mikhail Gorbachov.
Em novembro de 1989, surpreendeu e encantou os berlinenses quando, à maneira de um humilde músico de rua, tocou uma das Suítes para Violoncelo de Bach, junto ao já semidestruído muro.[5][6]
A partir de 1990, Rostropovich passou a ser novamente bem-vindo nos círculos oficiais da Federação Russa, chegando mesmo a participar de alguns dos momentos mais atribulados da conjuntura política do país. Em 1991, ao ser informado de que os tanques estavam nas ruas de Moscovo, Rostropovich reagiu ao seu estilo: comprou uma passagem aérea para o Japão, num voo com escala na capital russa. Durante a escala, saiu do aeroporto e foi ao encontro de Boris Yeltsin, na esperança de o ajudar a pacificar os ânimos. Em 1993, apoiou novamente Yeltsin e, no auge da crise constitucional, regeu a National Symphony Orchestra em plena Praça Vermelha.[7][8]
Final da vida
A saúde de Rostropovitch começou a deteriorar-se rapidamente a partir de 2006. Embora morasse em Paris, o maestro mantinha residências também em Moscovo, São Petersburgo, Londres, Lausanne e em Jordanville, no estado de New York. Depois de ser internado num hospital de Paris, no fim de janeiro de 2007, decidiu ir para Moscou, onde anteriormente havia sido tratado.[9] Dia 6 de fevereiro do mesmo ano, foi internado num hospital de Moscou. A natureza de sua doença não foi revelada.[10] Foi internado no Centro N. N. Blokhin de Pesquisas sobre o cancro a 7 de abril, para ser tratado a um cancro intestinal, vindo a falecer a 27 de abril.[11][12]
No dia seguinte, o seu corpo foi velado no Conservatório de Moscovo[13] e foi posteriormente transladado para a Catedral de Cristo Salvador, em Moscovo. Milhares de pessoas compareceram ao velório e ao funeral, incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a rainha Sofia da Espanha, a primeira-dama da França, Bernadette Chirac, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, e Naina Eltsina, a viúva de Boris Yeltsin. Rostropovich foi sepultado a 29 de abril, no cemitério Novodevichy, o mesmo onde fora enterrado o corpo do amigo Boris Yeltsin, falecido quatro dias antes.[14]
Até pouco tempo antes de sua morte, Rostropovitch trabalhava na organização de um festival internacional de música, a ser realizado em sua terra natal, Baku. O projeto foi concretizado em dezembro do mesmo ano, pela sua filha mais velha, Olga, criadora da Fundação Mstislav Rostropovitch, que patrocina, juntamente com a Fundação Heydar Aliyev e o Ministério da Cultura e Turismo do Azerbaidjão, o Festival Internacional de Música Mstislav Rostropovitch, realizado todos os anos, em Baku.[15][16]