Veio morar em definitivo no Brasil em 1956, onde passou a desenhar e pintar pelo Ceará, Pernambuco e Bahia.[5] Participou da 5ª Bienal em São Paulo, onde ganhou o prêmio de melhor capa pelo livro, As Palavras, de Jean-Paul Sartre. Realizou várias exposições, individuais e coletivas, em Paris, São Paulo, Olinda, Rio de Janeiro e outras cidades.[6] Também executou esculturas, vitrais e relevos para edifícios públicos e residências particulares, em grandes cidades do Brasil, especialmente São Paulo, Brasília e Recife, e países da Europa, principalmente França e Itália.[5]
Brasília
Oscar Niemeyer conheceu o trabalho dela já no Brasil, em um vitral feito para a arquiteta Janete Costa, ele a convidou para participar de seus projetos. A partir de então, passou a se concentrar mais nessa arte.[5]
Sobre a construção da capital nacional ela afirma, “Era tudo de repente e tudo muito rápido, porque a cidade estava sendo inventada e tínhamos de nos adaptar a esse ritmo, de fazer o melhor em pouco tempo”. O primeiro vitral foi o da capela do Palácio do Jaburu.[4]
“Me emocionava vê-la durante meses debruçada a desenhar os vitrais. Eram centenas de folhas de papel vegetal que coladas representavam um gomo da catedral”.[4] Marianne Peretti é uma artista de excepcional talento, os vitrais maravilhosos que criou para a Catedral de Brasília, são comparáveis pelo seu valor e esforço físico as obras da renascença. Sua preocupação invariável é inventar novas coisas, influir com seu trabalho no campo das artes plásticas.[6]
— Oscar Niemeyer
Controvérsia
Em 2016, o jornal O Estado de S. Paulo denunciou que a principal obra da artista então situada no Senado Federal, um painel doado por ela em 1978, com mais de 200 peças de vidro, chamado "Alumbramento", havia sido desmontada e abandonada no depósito do Senado nos anos 1990, onde teria ficado por duas décadas esquecida e só agora voltava a ficar exposta. A artista teria dito que, “Estava jogado no chão, como num ferro-velho. Quem fez isso não tem a sensibilidade necessária, deveriam buscar saber quem foi o responsável”[7].
A iniciativa de restaurar a obra teria partido de uma empresa de produção cultural privada (B52 Desenvolvimento Cultural, de Recife). O Senado teria aceitado ceder os restos da estrutura para uma exposição, com a condição de que a produtora pagasse todos os custos e devolvesse a obra pronta.[7]
O Senado emitiu nota, negando com veemência o suposto descaso praticado com Marianne Peretti, declarando que a obra sofreu danos com os anos e precisava de restauração, por iniciativa única da instituição a restauração foi possível, com concordância da artista e solicitação de uso posterior da B52 Desenvolvimento Cultural.[8] Em 8 de novembro de 2016 a obra pôde ser reinaugurada pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.[9]