Viajou até Neuburgo, local de nascimento de sua mãe, onde iniciou um romance com o príncipe Michał Kazimierz "Rybeńko" Radziwiłł,[2] um futuro Grande Hetman do Grão Ducado da Lituânia. Ela queria casar-se com ele mas o seu pai não permitiu. Deprimida, Charlotte quis abandonar a corte e ingressar num convento mas Carlos VI, Sacro Imperador Romano-Germânico (outro primo direito), tomou a seu cargo arranjar-lhe um marido adequado.
Na corte francesa, os La Tour de Auvérnia eram classificados como Príncipes Estrangeiros, o que lhe dava direito a usar o tratamento de Alteza. Assim, antes de se tornar Duquesa de Bulhão, Charlotte era tratada como Sua Alteza, a Princesa de Turenne.
Frederico Maurício Casimiro morreu em Estrasburgo no dia 1 de outubro de 1723 deixando Charlotte viúva, tendo sido casada por 14 dias. Sete meses mais tarde, ela casou com o irmão mais novo do seu falecido marido, Carlos Godofredo que se tornara príncipe de Turenne e herdeiro de Bulhão. O casamento realizou-se a 2 de abril de 1724 em Paris. Deste casamento nasceram dois filhos: uma menina (Maria Luísa); e um rapaz (Godofredo) herdeiro do património do pai.
O casamento não foi feliz e o casal acabou por se divorciar. Charlotte mudou-se primeiro para a Silésia e, depois, para Żółkiew, no leste da Polónia (hoje na Ucrânia), onde ela passou os seus últimos anos tentando proteger o património do pai do qual se tornara herdeira em 1737. Com a morte de seu pai ela herdou o Ducado de Oława onde nascera.[3]
Antes de falecer, designou o seu antigo amante, Michał Kazimierz "Rybeńko" Radziwiłł, como herdeiro. Parte da sua biblioteca foi doada e incluída na famosa Biblioteca Załuski (Biblioteka Załuskich), antecessora da atual Biblioteca Nacional da Polónia (Polska biblioteka narodowa w Warszawie).
Foi acusada de envenenar a famosa atriz Adrienne Lecouvreur, sua rival, embora viesse a ser provado que a atriz morrera de causas naturais.
Charlotte foi sepultada na Igreja de S, Casimiro de Varsóvia (Kościół św. Kazimierza w Warszawie). O seu coração foi embalsamado e colocado na igreja paroquial de Żółkiew. A sua pedra tumular foi desenhada em 1747 pelo seu anterior amante. Mostra uma fartura indicando a extinção da Família Sobieski da qual era foi a última representante.
O seu marido sobreviveu-lhe, vindo a falecer em 1771. O seu filho morreu em 1792 e a sua filha foi executada durante o período do Terror da Revolução Francesa.
Descendência
Do seu segundo (e infeliz) casamento com o Duque Carlos Godofredo de La Tour de Auvérnia, teve dois filhos:
Maria Luísa (Marie Louise) (15 de agosto de 1725–1793), que veio a casar com Jules Hercule Mériadec de Rohan, Príncipe de Guéméné, com geração; do seu romance com o seu primo direito, Carlos Eduardo Stuart, teve um filho secreto;