Foi a rainha soberana da Dinamarca mesmo não sendo costume para época uma mulher reinar. Seu título na Dinamarca deve-se ao seu pai Valdemar IV. Na Noruega e Suécia ela tornou-se rainha por seu casamento com Haakon VI.
[7]
Rainha reinante
A Dinamarca não tinha a tradição de permitir às mulheres reinarem e por isso quando o filho dela morreu, ela foi rebatizada de "Senhora do Reino da Dinamarca". Ela teve o seu próprio tratamento de "Rainha da Dinamarca", durante o ano de 1375. Normalmente Margarida era referida como "Margarida, pela graça de Deus, filha de Valdemar da Dinamarca" e "Legítima herdeira da Dinamarca" quando se refere à sua posição na Dinamarca. Outros simplesmente referem-na como a "Senhora Rainha". O Papa Bonifácio IX escreveu para ela como "Rainha da Dinamarca" ou "Rainha da Dinamarca, Noruega e Suécia".
No que se refere à Noruega, ela era conhecida como Rainha (rainha-consorte, então rainha viúva) e regente. Na Suécia, ela era Rainha viúva e Regente geral. Quando ela casou com Haakon, em 1363, ele foi ainda co-rei da Suécia a rainha Margarida, e apesar de ser deposta, nunca abandonou o título. Quando os suecos expulsaram Alberto da Suécia, em 1389, em teoria, Margarida simplesmente retomou a sua posição original.
Morte
Margarida faleceu subitamente a bordo de seu navio em Flensburgo, em 28 de outubro de 1412. Seu sarcófago feito pelo escultor Lübeck Johannes Junge (1423) fica atrás do altar-mor da Catedral de Roskilde, perto de Copenhaga. Ela deixou a propriedade para a catedral, na condição de se celebrar regularmente missas à sua alma. A Reforma (1536) interrompeu este ritual, no entanto, nesse dia um sino especial toca duas vezes em homenagem à Rainha.
↑SABOYA, André Nassim de (2014). «Ascensão e queda da União de Kalmar». História e Cultura (v. 3 n. 1). p. 356. ISSN2238-6270. Consultado em 4 de fevereiro de 2024. Margarete I permaneceu preponderante na condução da política no âmbito da União de Kalmar, mesmo após a coroação de seu filho Érico, até sua morte, em 1412... Antes da união oficial em 1397, a Rainha Margarete já havia consolidado seu poder nos três reinos.
↑Carlos Augusto Trojaner de Sá (2010). «As relações entre a Dinamarca e a Liga Hanseática». Revista Historiador (1). 118 páginas. ISSN2176-1116. Consultado em 6 de fevereiro de 2024. Em 1387 deu-se o inicio de uma união pessoal da Dinamarca e da Noruega. Dois anos depois, à Suécia se uniu à união, no ano de 1397, a Dinamarca formou a União de Kalmar, juntamente com a Suécia e a Noruega, uma união pessoal das coroas dos três países (HENKE, 2007, p.3), que mantinham, porém, uma existência nominalmente independente. Essa união, articulada por Margarete I da Dinamarca, tinha o objetivo de tentar novamente deter o avanço da Liga Hanseática.
↑Lagerqvist, Lars O. (1976). «Medeltiden (ca 1060-1521)». Sverige och dess regenter under 1000 år (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 88, 102-104. 399 páginas. ISBN91-0-075007-7. Margareta – Regerande drottning 1389-1396 (-1412)
↑Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Margareta». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 613. 1143 páginas. ISBN91-0-011462-6A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)
↑«Margareta». Bonniers Compact Lexikon (em sueco). Estocolmo: Bonnier lexikon. 1999. p. 686. 1301 páginas. ISBN 91-632-0161-5
↑Mauro da Silva Hoffmann (2011). «O domínio ideológico da Igreja durante a Alta Idade Média Ocidental». Revista Historiador (Especial). 161 páginas. ISSN2176-1116. Consultado em 6 de março de 2024. Essa união, articulada por Margarete I da Dinamarca, tinha o objetivo … união de Kalmar e elegeu o soberano Gustavo I, líder da luta anti-dinamarquesa.
↑Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Margareta». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 613. 1143 páginas. ISBN91-0-011462-6A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)