Lu Alckmin foi primeira-dama do estado de São Paulo por quatro vezes,[3] durante os quais liderou o Fundo Social de São Paulo (FUSSP) entre 2001 e 2006 e de 2011 a 2018.[4] Em sua atuação, desenvolveu e apoiou programas de capacitação profissional e inclusão social, impactando positivamente diversas comunidades paulistas. Lu é também a única segunda-dama do Brasil que já ocupou essa posição em uma unidade federativa, tendo sido segunda-dama do estado de São Paulo de 1995 a 2001.[5] Sua experiência e dedicação às causas sociais marcaram seu período no FUSSP, onde focou em projetos voltados para a educação, qualificação profissional e geração de renda.
Início de vida, educação e família
Maria Lúcia Guimarães Ribeiro Alckmin nasceu em São Paulo, porém deixou a cidade natal aos quatro anos para viver em Pindamonhangaba, a 156 km da capital paulista. No município, cursou a Escola Normal, que preparava professores para o antigo curso primário, e conheceu o marido enquanto ele estudava na Faculdade de Medicina de Taubaté.[6]
Lu Alckmin é casada com Geraldo Alckmin desde 16 de março de 1979, quando este ainda exercia mandato de prefeito de Pindamonhangaba.[7] Eles têm três filhos: Sophia, Geraldo e Thomaz (falecido em 2015).[8]
Na década de 1970, quando foi primeira-dama de Pindamonhangaba, Lu Alckmin começou a se dedicar a trabalhos sociais. Iniciou campanhas de arrecadação de fundos e promoveu ações em comunidades carentes da região.[9]
Tornou-se primeira-dama de São Paulo em 2001 após o seu marido assumir o governo do estado devido a morte do então governador Mário Covas. Com a reeleição de Geraldo Alckmin em 2002,[10] Lu continuou como primeira-dama do estado até o dia 31 de março de 2006, quando Alckmin renunciou ao mandato para se candidatar à presidência da república.[11]
Com a posse de Geraldo como governador em 2001, Lu assumiu a presidência do Fundo Social e deu continuidade aos projetos de dona Lila, a quem chamava de “minha professora”. À frente da instituição, priorizou projetos de qualificação profissional e geração de renda.
Um dos projetos mais importantes de sua autoria foi o Padaria Artesanal, que implantou mais de 9.000 unidades no estado e capacitou cerca de 20 mil pessoas.[9]
Em 2010, voltou a ser a primeira-dama do estado devido à eleição do marido como governador.[12] Geraldo foi reeleito em 2014 para o mesmo posto. Reassumindo a presidência do fundo, manteve o foco na qualificação profissional. Criou a Escola de Qualificação Profissional, com as Escolas de Moda, Beleza e Construção Civil, além de retomar o projeto da Padaria Artesanal.[9]
Lu permaneceu como anfitriã do Palácio dos Bandeirantes até 2018, quando seu marido renuncia novamente ao mandato para se candidatar à presidência da república.[13]
Segunda-dama do Brasil
Em abril de 2022, Lu Alckmin se filiou ao PSB, acompanhando a recente mudança partidária de seu marido, Geraldo Alckmin. Sua filiação ocorreu no Congresso Municipal do PSB em São Paulo, onde ela foi fotografada ao lado de figuras políticas como a deputada federal Tabata Amaral e o deputado estadual Caio França, filho de Márcio França, que foi vice-governador de São Paulo durante o mandato de Alckmin. O evento marcou seu apoio à nova trajetória política do marido, consolidando a associação da família Alckmin ao PSB em um momento de renovação nas alianças políticas no Brasil.[9]
Após anos buscando a presidência da República — e, em uma dessas tentativas, disputando contra Luiz Inácio Lula da Silva —, Geraldo Alckmin foi escolhido como candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula para as eleições de 2022.[14] A oficialização da candidatura ocorreu em Brasília pelo PSB, marcando uma significativa aliança política entre PT e PSB. A chapa foi vitoriosa no segundo turno, obtendo 50,9% dos votos válidos e consolidando o retorno de Lula à presidência, com Alckmin assumindo como vice-presidente.[15]
Assim, Lu Alckmin assumiu a função de segunda-dama do Brasil em 1º de janeiro de 2023. Desde então, sinalizou que pretende atuar em parceria com as primeiras-damas dos estados brasileiros, com o objetivo de fortalecer iniciativas de trabalho social e promover programas voltados ao apoio de populações vulneráveis em todo o país.[16] Lu destaca-se pelo projeto Padaria Artesanal,[17] uma iniciativa inovadora que oferece capacitação em panificação e promove autonomia financeira em comunidades. O projeto ensina técnicas de panificação e usa agentes multiplicadores para que os participantes transmitam o conhecimento em suas próprias localidades, fomentando o empreendedorismo. Em parceria com a Arquidiocese de Brasília e o setor privado, a Padaria Artesanal estabelece um modelo sustentável de geração de renda e independência financeira, sem a necessidade de verbas públicas, contribuindo para o fortalecimento social das comunidades envolvidas.[18]