Um carro coupé desloca-se a toda velocidade. Duas patrulhas de polícia e um carro da DEA os perseguem e lhes dão ordens para pararem. A bordo do carro, a angustiada Lucia Durán suplica a Pedro Morales que renda-se.
"Lucha" intui o pior, para ela, para o homem que sentado ao seu lado e para o filho que leva no seu ventre. Mais Pedro não está disposto a render-se: antes morto que preso numa cadeia.
O narcotraficante cai abatido diante dos olhos de Lucha. E então, uma bala atinge-a na barriga e uma mancha de sangue que lhe confirmam que seu pior temor se fez realidade.
De um momento para outro Lucha perdeu tudo: o homem que amava, o filho que não chegou a nascer, sua liberdade, e fica incapaz para ser mãe pelo resto da vida.
Agora enfrenta o castigo de uma prisão nos Estados Unidos, onde passará os próximos onze anos de sua vida. Nesse lugar aprenderá a sobreviver, a defender-se e a ganhar o respeito das outras pessoas, inclusive das presas mais violentas.
Também na prisão conhece a solidariedade e o melhor que aflora no ser humano. Em seu leito de morte, sua amiga Rosalía Pèrez, uma mulher de enorme coração, que sofre de um câncer terminal, que pede a Lucha que busque a sua filha Roxanita, que lhe cuide e a ame como se fosse sua.
"Te presenteio a minha filhinha pelo filho que mataram", lhe diz, entre lágrimas, antes de fechar seus olhos para sempre.
Lucha jura: quando saia em liberdade buscará a menina e a levará a viver com ela.