A livraria funciona desde 1956 num subsolo no Centro do Rio de Janeiro
A Livraria Leonardo da Vinci é considerada uma das mais tradicionais do Rio de Janeiro , segundo a Associação Nacional de Livrarias [ 1] . Fundada em 1952 pela italiana Vanna Piraccini e seu marido, o advogado romeno Andrei Duchiade, chegou a ser homenageada por Carlos Drummond de Andrade num de seus poemas.
História
O casal fundou a loja ao chegar ao Brasil, em 1952. Seu primeiro endereço foi uma sala do EdifÃcio Delamare, na Avenida Presidente Vargas , no Centro do Rio de Janeiro . Quatro anos depois, como o espaço era pequeno, a livraria mudou-se para o subsolo do EdifÃcio Marquês do Herval, na Avenida Rio Branco , também no Centro[ 2] .
Em 1965, Andrei Duchiade morreu. Vanna Piraccini assumiu sozinha a administração da empresa, que estava em concordata após uma tentativa mal-sucedida de editar livros infantis. Só em 1996, aos 70 anos, a livreira passou a dividir o trabalho com a filha, a médica Milena Duchiade[ 3] .
Nos primeiros anos, a loja vendia apenas livros franceses . Mais tarde passou a importar também de outros paÃses europeus e dos Estados Unidos . Durante décadas foi frequentada por escritores, intelectuais e juristas. Com o tempo, passou a oferecer também obras brasileiras. Em 2004, inaugurou uma filial, a Piccola Da Vinci, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro . Outra inovação recente foi a abertura do Baú do Leonardo, uma seção de pontas de estoque e livros usados, que serve também para exposições[ 4] .
No dia 9 de janeiro de 2022 faleceu Vanna Piraccini aos 96 anos.[ 5]
Poemas
O poeta Carlos Drummond de Andrade, um dos frequentadores ilustres, incluiu no seu livro As impurezas do branco (1973 ) o Poema em homenagem à Livraria Leonardo da Vinci .
Os versos de Drummond descrevem o caminho para chegar à livraria ("Ao termo da espiral/que disfarça o caminho/com espadanas de fonte,/e ao peso do concreto/de vinte pavimentos") e celebram a atmosfera do lugar ("A vida chega aqui/filtrada em pensamento/que não fere; no enlevo/tátil-visual de idéias")[ 6] .
Outro poeta que menciona a Da Vinci é Antônio CÃcero . O seu poema A cidade e os livros (do livro homônimo, de 2002) é dedicado a Vanna Piraccini, e recorda a adolescência no Centro do Rio, citando "travessas, avenidas, galerias,/cinemas, livrarias: Leonardo/da Vinci Larga Rex/Central Colombo"[ 7] .
Ver também
Ligações externas
Referências