O classicismo espalhou-se rapidamente pela Europa, com a criação da imprensa as informações eram divulgadas com maior rapidez. O classicismo ocorreu dentro de um grandioso momento histórico social, o Renascimento, como o próprio nome sugere, o Renascimento foi um período de renovação, momento de grandes transformações culturais, políticas e econômicas. A Europa saía da idade das trevas(visão depreciativa da idade média) como ficou conhecida a Idade Média, para encontrar-se com a luz, representada pelo conhecimento, que foi extremamente difundido no Renascimento, principalmente após a invenção da imprensa, que possibilitou a divulgação dos autores gregos e latinos.
Esse período foi marcado pelas grandes navegações, o desenvolvimento da matemática, o estudo das línguas e o surgimento das primeiras gramáticas, com isso, o homem passou a achar-se poderoso, o centro do universo, originando, assim, ao (homem em evidência), em substituição ao teocentrismo (Deus em evidência) da Idade Média.
O Classicismo è uma tendência artística que revitalizou a tradição clássica de afirmar a superioridade humana. Baseado no antropocentrismo, equilíbrio das composições, harmonia das formas e a idealização da realidade. Promoveu uma transformação radical no modelo medieval, valorizando o esforço individual e as conquistas humanas, buscando a felicidade terrena.
A Igreja Católica, antes absoluta, começou a perder espaço, o que aconteceu especialmente após a reforma protestante. A crise religiosa afetou a visão do homem, que não se desligou totalmente da religião, mas passou a enxergá-la de forma diferente, com mais equilíbrio. É uma literatura antiga que sofreu várias influências principalmente greco-latinas, devido à criação das primeiras universidades que surgiram nesta época, com isto disseminando outras culturas. Surgimento dos mecenas, que é uma troca de interesses entre burgueses e artistas.
Classicismo literário
Os escritores classicistas retomaram a ideia de que a arte deve fundamentar-se na razão, que controla a expressão das emoções. Por isso, buscavam o equilíbrio entre os sentimentos e a razão, procurando assim alcançar uma representação universal da realidade, desprezando o que fosse puramente ocasional ou particular. Os versos deixam de ser escritos em redondilhas (cinco ou sete sílabas poéticas) – que passa a ser chamada medida velha – e passam a ser escritos em decassílabos (dez sílabas poéticas) – que recebeu a denominação de medida nova. Introduz-se o soneto, 14 versos decassilábicos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. Que tem como exemplo uns dos nossos grandes poetas Luís de Camões.
Literatura portuguesa classicista
Em 1527, quando Francisco Sá de Miranda(Ele marca o momento inicial do classicismo em Portugal) retornava a Portugal( educado com uma mentalidade medieva,l), vindo da Itália, trazendo o doce estilo novo (soneto + medida nova).
Clóvis Monteiro assinala que o classicismo em Portugal durou três séculos de atividades literárias: iniciado em 1527 e encerrado em 1825, quando da publicação do poema Camões, de Almeida Garrett.[1] Esse longo tempo pode ser dividido em três períodos: o primeiro, encerrado em 1580, quando a literatura do país recebeu influências da Itália e da França; o período Cultista, até 1756, data da fundação da Arcádia Lusitana, influenciado por Petrarca e com influência de Gôngora e Quevedo, na Espanha, e Marini, na Itália; e o último período, encerrado com o advento do romantismo no país.
No Brasil Colônia, o classicismo português do período cultista também influenciou a literatura, como por exemplo na obra Prosopopéia de Bento Teixeira, que imitava os versos de Camões, até meados do século XVIII, quando surgiria uma literatura nacional ou brasileira.
Características gerais
Imitação dos autores clássicos gregos e romanos da antiguidade
Uso da mitologia dos deuses e o uso de musas como inspiração
Racionalismo: Predomínio da razão sobre os sentimentos
Universalismo: Abordagem de temas universais como, por exemplo, os sentimento humanos.
Antropocentrismo: o homem como o centro do Universo
Perfeição formal (rigor em busca da pureza formal)