Linha Hindenburg

A Linha Hindenburg em Bullecourt, vista do céu em 1920.

A Linha Hindenburg foi um vasto sistema de defesa ao nordeste da França durante a Primeira Guerra Mundial, construído pelos alemães durante o inverno de 1916 para 1917. A linha estendia-se de Lens a Verdun.

Visão Geral

A decisão de se construir a linha partiu do Marechal de campo Paul von Hindenburg e do General Erich Ludendorff, os quais estavam à frente do esforço de guerra alemão, em agosto de 1916, durante o estágio final da Batalha de Somme. A linha cruzava as rochas salientes da frente alemã, e então, abrigando-se nessas fortificações o exército alemão estaria resumindo à sua frente. O tamanho total do front foi reduzido em 50 km possibilitando aos alemães liberar 13 divisões para serviço na reserva.[1] O entrincheiramento da linha começou em fevereiro de 1917, e o território entre o velho front e a nova linha foi devastado pela tática alemã terra queimada.

Descrição

Perspectiva aérea no mapa mostrando os vários sistemas.

As fortificações incluem bunkers de concreto e metralhadoras fixas, pesadas malhas de arame farpado, túneis para tropas, profundas trincheiras, clareiras e postos de comando. Numa distância de 1 km do front das fortificações, era uma magra linha de postos avançados, que servem com propósitos comparáveis aos de escaramuçadores: tornando lento e rompendo o avanço inimigo. Além disso, vilarejos no front dos postos foram por vezes fortificados e usados como reforços para as defesas principais.

A linha foi subdividida em cinco áreas, nomeadas de norte a sul:[2]

(Nota: Havia uma extensão de "Linha Hunding" do sul para Verdun para Metz, chamado o "Linha Michel".)

Dessas áreas, a Linha Hindenburg foi considerada a mais forte.

O comando alemão acreditou que a nova linha era intransponível. Entretanto, foi temporariamente quebrada pela Batalha de Cambrai (1917) pelas forças Britânicas e Canadenses, incluindo tanques, e foi quebrada várias vezes durante a ofensiva dos 100 dias em setembro de 1918.

O fim

Uma sequência de ofensivas aliadas começou com ataques dos exércitos norte-americano e francês em 26 de setembro de 1918 de Rheims ao Meuse, dois exércitos britânicos em Cambrai em 27 de setembro, exércitos britânicos, belgas e franceses em Flandres em 28 de setembro; em 29 de setembro, o Quarto Exército britânico (incluindo o II Corpo de Exército dos EUA) atacou a Linha Hindenburg de Holnon ao norte até Vendhuille, enquanto o Primeiro Exército francês atacou a área de St Quentin ao sul. O Terceiro Exército britânico atacou mais ao norte e cruzou o Canal du Nord em Masnières. Em nove dias, as forças britânicas, francesas e americanas cruzaram o Canal du Nord, romperam a Linha Hindenburg e fizeram 36 000 prisioneiros e 380 armas.[3] As tropas alemãs estavam com falta de comida, tinham roupas e botas gastas e a retirada de volta para a Linha Hindenburg minou terminalmente seu moral.[4] Os Aliados atacaram com esmagadora superioridade material, usando táticas de armas combinadas, com um método operacional unificado e atingiram um ritmo elevado.

Em 4 de outubro, o governo alemão solicitou um armistício e, em 8 de outubro, os exércitos alemães receberam ordens de se retirar do restante da Siegfriedstellung (Linha Hindenburg).[5]

Referências

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  1. Gilbert, Martin. The First World War (1994), chapter 16: "The intensification of the war".
  2. Herwig, Holger H. The First World War: German and Austria-Hungary 1914-1918 (1999), pages 250 to 251.
  3. Boraston, JH (1920) [1919]. Despachos de Sir Douglas Haig (2ª ed.). Londres: Dent. OCLC  633614212
  4. Philpott, W. (2009). Bloody Victory: The Sacrifice on the Somme and the Making of the Twentieth Century (1st ed.). London: Little, Brown. ISBN 978-1-4087-0108-9
  5. Edmonds, J. E.; Maxwell-Hyslop, R. (1993) [1947]. Military Operations France and Belgium 1918: 26th September – 11th November, The Advance to Victory. History of the Great War Based on Official Documents by Direction of the Historical Section of the Committee of Imperial Defence. Vol. V (Imperial War Museum & Battery Press ed.). London: HMSO. ISBN 978-0-89839-192-3
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Hindenburg Line».