No local onde se ergueu a antiga cidade há numerosos vestígios de estruturas antigas, túmulos e mármores partidos, bem como um imenso arco de um aqueduto, através do qual a água atravessava um vale profundo por meio de uma grande canal de mármore.
Lictos na mitologia
Segundo Hesíodo,[2]Reia deu á luz Zeus numa caverna do monte Egeu, perto de Licto. A caverna foi identificada no século XIX como a caverna de Psicro. Os habitantes desta antiga cidade dórica chamavam-se a si próprios colonos de Esparta[3] e aparentemente o culto de Apolo prevaleceu na cidade.[4]
História
Em 344 a.C., Faleco, o fócida, apoiou Cnossos contra a sua vizinha e rival Lictos, na chamada Guerra Estrangeira, tomando esta cidade, da qual foi repelido depois por Arquídamo III, rei de Esparta.[5] A cidade envolveu-se frequentemente em hostilidades com Cnossos em ocasiões posteriores, e logrou formar uma aliança formidável na ilha contra a sua rival. Em 220 a.C., durante a chamada Guerra de Licto, os cnossianos, tirando partido da ausência dos cidadãos de Licto numa expedição em terras distantes, atacaram a cidade de surpresa obtendo uma vitória esmagadora. Os cidadãos de Licto, ao voltarem, abandonaram a sua cidade e refugiaram-se junto da cidade aliada de Lapa (também conhecida como Lampa). Políbio testemunha do elevado caráter dos lictios comparativamente com os seus compatriotas.[6] mais tarde reconquistaram a sua cidade com a ajuda dos gortinenses, que lhes ofereceram um lugar chamado Diatónio que tinham tomado aos cnossianos.[7]
A cidade de Arsínoe (que se situaria onde está atualmente Retimno ou nas proximidades) e o porto de Chersoneso (atual Chersonissos) pertenciam a Licto. As moedas da cidade apresentam geralmente uma água a voar com a epígrafeΛΥΤΤΙΩΝ (LYTTION).[8]
Durante a invasão de Creta pelos romanos. Licto foi saqueada por Quinto Cecílio Metelo Crético(m. 55 a.C.)[9] mas ainda existia no tempo de Estrabão(63 a.C.–24 d.C.),[10]"a uma distância de 80 estádios do mar da Líbia".[11] O local onde se encontram os restos da cidade ainda hoje se chama Lytto.[12] No século XVI, os manuscritos venezianos descrevem as muralhas da antiga cidade, com bastiões circulares e outras fortificações, situadas numa montanha elevada praticamente no centro da ilha.
Notas e referências
Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Lyctus», especificamente desta versão.