Mapa do Império Romano em 125, na época do imperador Adriano, mostrando a LEGIO I ITALICA acampada às margens do rio Danúbio, em Nova (moderna Svishtov, na Bulgária), na província da Mésia Inferior, entre 70 até pelo menos o século V.
Legio prima Italica ou Legio I Italica ("Primeira legião Italiana") foi uma legião do exército imperial romano fundada pelo imperador romanoNero em 22 de setembro de 66 (uma data atestada numa inscrição).[1] Seu cognome é uma referência à origem italiana de seus primeiros recrutas. Segundo a Notitia Dignitatum, a I Italica ainda guardava a fronteira do Danúbio.
Durante as Guerras Dácias de Trajano, a I Italica foi a responsável pela construção da ponte sobre o Danúbio, uma das especialidades da legião. Por volta de 140, um de seus centuriões foi o responsável pela construção de uma seção da Muralha Antonina.
No reinado de Marco Aurélio, a I Italica quase certamente esteve envolvida nas guerras contra as tribos germânicas que ameaçavam cruzar o Danúbio. Depois de uma longa guerra, os romanos conquistaram a maior parte do território na margem esquerda do Danúbio. Marco Aurélio pretendia criar ali uma nova província sob a liderança do governador Aulo Júlio Pompílio Piso, comandante da I Italica e IV Flavia Felix, mas a revolta da Avídio Cássio no oriente impediu qualquer ação neste sentido.
No século III, durante o reinado de Caracala, a I Italica participou da construção da Fronteira Transalutana (Limes Transalutanus), uma muralha defensiva ao longo do Danúbio que iniciava perto de Nova. Sob Alexandre Severo, algumas de suas vexillationes se mudaram para Salona (Salonae) para guardar a costa da Dalmácia.