Lauril éter sulfato de sódio, ou laureth sulfato de sódio (SLES), é um detergente e surfactante que faz parte de muitos produtos de higiene (sabonetes, shampoos, cremes dentais, etc.). É um desengordurante muito eficaz e barato.
A sua fórmula química é CH3(CH2)10CH2(OCH2CH2)nOSO3Na. Por vezes o número "n" é incluído no nome, por exemplo lauriléter-2 sulfato de sódio. O produto comercial é heterogéneo, tanto no comprimento da cadeia álcali (12 sendo a moda do número de átomos de carbono), como no número de grupos etoxila, onde n é a mediana. Tem-se que n=3 é comum nos produtos comerciais. SLES pode ser derivado por etoxilação de SDS.
Dodecil sulfato de sódio (Lauril sulfato de sódio) (também conhecido como SDS) e lauril sulfato de amónio (ALS) são alternativas comuns ao SLES em produtos comerciais.[1]
Enquanto o SLS é um conhecido irritante,[2][3] algumas evidências e pesquisa sugerem que SLES pode também causar irritação após exposição prolongada.[4][5]
Efeitos na pele sensível
Produtos contendo essas substâncias podem afetar quem tenha propensão a eczemas e outras irritações. Essas substâncias ajudam na produção elevada de espuma nesses produtos, permitindo uma melhor distribuição do produto durante a lavagem do cabelo, pele ou dentes. Quando enxaguado, o produto terá lavado a área mas, em contrapartida, terá também removido a humidade das camadas superiores da derme. Em pessoas com pele sensível (dadas a dermatites, acne, eczema, psoríase e sensibilidade química), as propriedades hidrófilas desse tipo de detergentes podem causar o ressurgir de problemas de pele ou piorar condições já existentes.[4][5]
Preocupações de saúde
A Cosmetic, Toiletry, and Fragrance Association (CTFA) e a American Cancer Society dizem que a possibilidade de o LSS ser cancerígeno é uma lenda urbana.[6]
Contudo, o Environmental Working Group disse no seu Skin Deep Report que o LSS pode possivelmente estar contaminado com 1,4-dioxano.[7] SLES e SLS sabe-se que tenham sido contaminados com 1,4-dioxano.[8] A U.S. Environmental Protection Agency considera o 1,4-dioxano como um possível cancerígeno.[9] A U.S. Food and Drug Administration encoraja as empresas a remover este contaminante, tal ainda não é imposto por lei.[10]
Nomes alternativos
- Steol-130, 230, 270, 330, 370 or 460
- Stepanol
- Alkyl Ether Sulfate
- Sodium POE(2) Lauryl Ether Sulfate
- Sodium Diethylene glycol Lauryl Ether Sulfate
- Sodium Lauryl Ether Sulfate
- Surfax EVE
- ALKOPON
- Innoless LE-70
Referências
- ↑ Sodium Laureth Sulfate POE(2). Chemical Land 21, Seoul, Korea. Product Identification
- ↑ Agner T. Susceptibilidade em pacientes de dermatite atópica a dermatite irritante causada por Lauril Sulfato de Sódio. Acta Derm Venereol. 1991;71(4):296-300. Abstract
- ↑ A. Nassif, S. C. Chan, F. J. Storrs and J. M. Hanifin. Abstract: Abnormal skin irritancy in atopic dermatitis and in atopy without dermatitis. Arch Dermatol. November 1994;130(11):1402. Abstract
- ↑ a b Magnusson B, Gilje O. Allergic contact dermatitis from a dish-washing liquid containing lauryl ether sulphate. Acta Derm Venereol. 1973;53(2):136-40. Abstract
- ↑ a b Van Haute N, Dooms-Goossens A. Shampoo dermatitis due to cocobetaine and sodium lauryl ether sulphate. Contact Dermatitis. 1983 Mar;9(2):169. Abstract
- ↑ Rumor: Sodium Lauryl Sulfate Causes Cancer. The Cosmetic, Toiletry, and Fragrance Association. 13, October 2000. Consumer Information
- ↑ Skin Deep Report. Environmental Working Group. Revised October 1995. SLES Rating
- ↑
Roderick E. Black, Fred J. Hurley, Donald C. Havery. Occurrence of 1,4-Dioxane in Cosmetic Raw Materials and Finished Cosmetic Products.
Journal of AOAC International.2001 May;84(3):666-670. Abstract[ligação inativa]
- ↑ 1,4-Dioxane (1,4-Diethyleneoxide). Hazard Summary. U.S. Environmental Protection Agency. Created in April 1992; Revised in January 2000. Fact Sheet
- ↑ FDA/CFSAN--Cosmetics Handbook Part 3: Cosmetic Product-Related Regulatory Requirements and Health Hazard Issues. Prohibited Ingredients and other Hazardous Substances: 9. Dioxane
Ligações externas
Ver também