Laranjeiro é uma povoação portuguesa do Município de Almada que foi sede da extinta Freguesia de Laranjeiro, freguesia que tinha 3,88 km² de área e 20 988 habitantes (2011), e, por isso, uma densidade populacional de 5 409,3 hab/km². Fazia parte da cidade de Almada.
A Freguesia de Laranjeiro foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à Freguesia de Feijó para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Laranjeiro e Feijó da qual é sede.[1]
Criada pela Lei n.º 126/85, de 4 de Outubro, com lugares desanexados da freguesia de Cova da Piedade. Com lugares desta freguesia foi criada a freguesia do Feijó ( Lei n.º 17-B/93, de 11 de Junho)
Distribuição da População por Grupos Etários
Ano
0-14 Anos
15-24 Anos
25-64 Anos
> 65 Anos
0-14 Anos
15-24 Anos
25-64 Anos
> 65 Anos
2001
3 186
3 056
11 837
3 096
15,0%
14,4%
55,9%
14,6%
2011
3 094
2 481
11 410
4 003
14,7%
11,8%
54,4%
19,1%
Economia
As principais actividades económicas desta localidade são o comércio e os serviços (sector terciário).
História
Nos seus primórdios o Laranjeiro era conhecido sobretudo como lugar de passagem, ligando o sul do concelho a Cacilhas à vila de Almada, através da estrada que passa pelas Barrocas e Cova da Piedade e conduzia à Mutela.
Nessa época mais antiga, o Laranjeiro não era mais que um espaço rural onde existiam várias quintas com as respectivas casas senhoriais, entre as quais se destacam a Quinta dos Espadeiros, designação apontada por alguns historiadores, por nelas haver permanecido, em finais do século XVII, um foreiro da Albergaria de S. Lázaro, de nome Manuel Ribeiro, fabricante de espadas; a da Quinta de Santa Ana, edifício do mesmo século, propriedade do Marquês de Sabugos, mas aforada a Agostinho de Rosales Santana; a da Quinta do Secretário, edifício do século XVIII, cujo nome vem do seu proprietário, D. Gil Eanes da Costa, ser na época, secretário de estado; e a Quinta de Santo Amaro (século XIX), onde a câmara municipal de Almada instalou um centro de actividades culturais e em torno do qual se aponta ter dado origem ao topónimo Laranjeiro.
Contudo esta opinião não é unânime, certos historiadores defendem a tese segundo a qual a origem do topónimo se deve à alcunha pelo qual era conhecido o habitante de Cacilhas, José Rodrigues (O Laranjeiro), proprietário da Quinta de São Amaro, situada naquele perímetro, generalizando o aludido topónimo entre as gentes da época.
Toda a área que se estende do Caramujo à foz do Rio Judeu, é pertença do Alfeite, propriedade da Ordem de Santiago, através da doação de D. Sancho I, em consequência da doação de Almada à referida ordem militar, em 1186. Voltou à posse da coroa com D. Dinis, em 1298. A partir de então, passou a pertencer ao dote das rainhas e D. Leonor Teles doou e vendeu-o ao judeu David Negro.
Com a conquista da independência, D.João I incluiu na doação a Nuno Álvares Pereira que por sua vez, o doou à Ordem do Carmo ficando, pouco a pouco alienado em fracções.
Em 1641, D. João IV confiscou a fracção que pertencia ao duque de Caminha e em 1654 criou a Casa do Infantado, doando-a ao infante D. Pedro. Até 1834, data da extinção da referida casa, os vários reis foram adquirindo diversas fracções concentrando-as no referido património. De tal forma, que o Alfeite chegou a compreender as Quintas da Penha, da Piedade, do Outeiro, da Romeira, do Antelmo e da Bomba. nele estavam incluídos, os pinhais de Corroios, e do Cabral na margem do Rio Judeu, os moinhos do Galvão, da Passagem, do capitão e da Torre, hoje pertencentes ao actual concelho do Seixal.
A Freguesia de Laranjeiro foi constituída em 4 de Outubro de 1985, em consequência da aprovação, por parte da Assembleia da República do Decreto-Lei 126/85.
Arruamentos
A freguesia do Laranjeiro compreendia 126 arruamentos.[3] São eles: